Riqueza balançava o rabo irritado, mas voltou para sua casinha após o consolo suave de Sarah.Rafael, porém, não conseguia se acalmar e, incapaz de se conter, retornou ao banheiro.Sarah não pôde evitar um sorriso.Ela pegou uma toalha nova que ainda não havia sido usada e a colocou na porta, batendo suavemente:— Deixei uma toalha nova na porta para você.Rafael não mostrou reação, provavelmente ainda estava irritado, e logo depois Sarah ouviu o som de água corrente.Ela, cantarolando, se sentou no sofá para esperar, e logo ele saiu.Observando seu rosto um pouco mais sombrio que antes, Sarah receava que ele, agitado, decidisse partir, invalidando o contrato.Ela rapidamente preparou outro café e o entregou:— Presidente Rafael, por favor, não fique chateado, eu já repreendi Riqueza, e até guardei a toalha dele.A expressão de Rafael era fria, e ele a olhou de relance:— Você realmente precisa manter esse cachorro?Se fosse a Sarah de antes, certamente ela não manteria, porque amava R
Sarah não teve coragem de admitir, temendo que ele perdesse o controle, enfeitiçado por suas palavras.Após um impasse, Rafael finalmente soltou sua mão, mas em vez disso passou a acariciar suas sobrancelhas e olhos úmidos.Antes que ela pudesse relaxar, ele se inclinou para frente, e os traços definidos e frios de Rafael de repente se ampliaram diante de seus olhos.O coração de Sarah subitamente apertou.Antes que ela pudesse dizer algo, os lábios frios e quentes do homem tocaram os dela, voluptuosos e brilhantes, dominantes e indiferentes, seus lábios se tocando, fazendo seu coração tremer instantaneamente, a sensação se espalhando por todo o seu corpo.A disparidade de força entre os sexos ficou imediatamente evidente, ele parecia apressado, mas controlava a situação de maneira calma e dominadora.Ele casualmente saboreava a doçura de sua língua, sem movimentos excessivos com as mãos.Ela tinha os olhos brilhantes e sonhadores, como a superfície da água à noite refletindo um céu es
Ele riu profundamente, sua mão quente pressionada contra as costas dela, sentindo o corpo suave dela trazendo uma onda de amor avassalador.Todas as suas dúvidas e a relação fria foram cobertas e desapareceram sob o brilho intenso desse amor fervoroso.Como ela o amava!Sarah inclinou levemente a cabeça para cima, dando a ela um sorriso suave. A Sarah dócil e suave parecia capaz de levar metade de sua vida, e ele estava disposto a se perder nisso.Os olhos profundos e sombrios de Rafael se tornaram ainda mais profundos.Ele queria continuar aquele beijo, mas relutava em fazer isto, temendo perder o controle. Rafael respirou fundo lentamente, fechou os olhos e, ao abrir eles, pareciam mais claros.Ele pegou a mão dela, tirando o braço dela de seu pescoço:— Pare com isso, vá dormir.Seu tom continha um mimo e um dengo que nem mesmo ele percebeu.Sarah piscou."Veja, há realmente algo errado com o corpo dele, ele está tentando mudar o assunto e o foco."Ela levantou o queixo, fazendo bei
A noite estava escura e silenciosa.Sarah se virou na cama e, sonolenta, rolou para os braços de Rafael.Ele passou o braço ao redor de seus ombros, sua voz era quente e rouca na escuridão, como um sussurro constante, que a despertou instantaneamente:— Sarah, vamos falar sobre as coisas antes do nosso divórcio?"Ele está maluco?"O sono de Sarah se dissipou, e ela revirou os olhos em silêncio na escuridão da noite, uma pena que Rafael não pudesse ver ela.Ela preferiu continuar fingindo que estava dormindo.De repente, o celular de Rafael começou a tocar.Irritada, ela se virou novamente, agora em direção à borda de sua própria cama.Rafael não atendeu, desligou o telefone e então se sentou.A luz do abajur era fraca e, com a evaporação dos óleos essenciais, o quarto estava permeado por um aroma suave e delicado.Ele sabia que ela estava acordada e não tinha pressa, as coisas do passado, ouvidas de boca de outros, nunca são tão claras quanto ouvidas da própria pessoa, de forma objetiv
Ele foi empurrado para fora da porta, e esta se fechou com estrondo atrás dele.Ela não acreditava nas palavras dele, Rafael, antes da amnésia, se mostrava extremamente indiferente, seria possível esperar alguma mudança nele após a amnésia?A natureza de uma pessoa é muito difícil de mudar, e ela já não alimentava mais esperanças em relação a ele.Ouvindo os sons de choro contidos e abafados do interior, ele permanecia parado lá fora, sentindo o coração também tremular levemente, com uma dor densa no peito, como se pudesse sufocar a qualquer momento.Ele ficou parado lá fora por muito, muito tempo, até que finalmente se virou e voltou para a sala de estar.Fora do quarto principal, era o território de Riqueza, repleto de brinquedos de marca e roupas de luxo, onde o cão vivia quase melhor do que uma dama da alta sociedade.O pescoço de Rafael começava a coçar. Ele também não conseguia dormir porque as alergias haviam começado a causar erupções cutâneas. Ele procurou por todo o quarto, m
Sarah quase não o reconheceu. Ela recuou dois passos em choque, olhando para o cachorro à sua frente, e sua expressão mudou instantaneamente: — Riqueza, onde está o seu pelo? O cachorro diante dela, pelado e rechonchudo, mal podia ser chamado de cachorro. Completamente nu, sem um único pelo em sua cabeça canina. Seu orgulho, o pelo dourado brilhante e oleoso, havia sido completamente raspado. Seus olhos tristes ainda exibiam duas lágrimas pendentes. Seu pequeno corpo rechonchudo tremia ocasionalmente, ele chorava sem parar aos pés dela, Riqueza agora estava longe de ser adorável, parecendo mais lamentável. Sarah ainda não tinha reagido. Rafael já havia entrado, carregando uma sacola de coisas. Ele era alto e elegante, com uma presença imponente, mas seu rosto agora mostrava uma expressão mais amigável e... Cuidadosa. — Você já acordou? Gostou da comida? — Rafael falou com ela em um tom raramente suave. Sarah o encarou por alguns segundos, sua expressão não melhorou:
Sarah olhou para ele com um olhar limpo e suave, dizendo consideradamente:— Não tem problema, pode atender. Eu não vou fazer barulho, vai que é algo urgente? — Observando o semblante de Rafael subitamente se tornar sério, Sarah se levantou. — Quer que eu saia por um momento?Ela estava em sua própria casa e ainda tinha que se esquivar. Ela já tinha amaldiçoado esse homem desavergonhado milhares de vezes em sua mente, quem deveria estar saindo era ele.No entanto, ela ainda mostrava consideração e tolerância na superfície, com uma gentileza que misturava um ar de vulnerabilidade e um toque teatral. Rafael, observando ela, sentia um gosto amargo no coração, sem saber se era de irritação ou culpa.Ele respirou fundo, querendo perguntar se ela realmente não se importava ou não ficava irritada.Mas eles tinham acabado de se reconciliar, e ele não ousava dizer nada que pudesse estragar o momento.Ele gentilmente acariciou os cabelos longos dela, com um olhar sombrio:— Não precisa, não há
Joyce também não se atreveu a retornar a ligação. Sarah tinha acabado de terminar a sua tigela de canja. Riqueza, no seu colo, olhava para Rafael com um olhar triste e irritado. Lágrimas caíam de vez em quando. Rafael olhou para ela e sorriu levemente: — Você não está brava? Sarah hesitou, encontrando seu olhar, um tanto perdida: — Brava? Ela disse que eu estava louca? Você não mostrou a ela sua insatisfação? Fez bem, agora não estou mais brava. Ela explicou de forma seca, na verdade, ela pensava por que ficar brava? “Seria estranho ouvir Joyce dizendo algo bom sobre ela!” O que surpreendeu Sarah foi que Rafael também não demonstrava entusiasmo nem frieza em relação a Joyce, parecia que não tinha sentimentos envolvidos, o que facilitava ainda mais as coisas. "Fez bem? Ela só percebeu que foi insultada?" Rafael comprimiu os lábios, um sorriso tênue surgiu em seus olhos, a melancolia desapareceu completamente, ele olhou para Sarah com uma expressão resignada, sua vo