Joyce também não se atreveu a retornar a ligação. Sarah tinha acabado de terminar a sua tigela de canja. Riqueza, no seu colo, olhava para Rafael com um olhar triste e irritado. Lágrimas caíam de vez em quando. Rafael olhou para ela e sorriu levemente: — Você não está brava? Sarah hesitou, encontrando seu olhar, um tanto perdida: — Brava? Ela disse que eu estava louca? Você não mostrou a ela sua insatisfação? Fez bem, agora não estou mais brava. Ela explicou de forma seca, na verdade, ela pensava por que ficar brava? “Seria estranho ouvir Joyce dizendo algo bom sobre ela!” O que surpreendeu Sarah foi que Rafael também não demonstrava entusiasmo nem frieza em relação a Joyce, parecia que não tinha sentimentos envolvidos, o que facilitava ainda mais as coisas. "Fez bem? Ela só percebeu que foi insultada?" Rafael comprimiu os lábios, um sorriso tênue surgiu em seus olhos, a melancolia desapareceu completamente, ele olhou para Sarah com uma expressão resignada, sua vo
Sarah hesitou por um momento, diante dela estava a linha da mandíbula dele, clara e definida, inexplicavelmente atraente em sua austeridade.Ela prontamente se adaptou, com um olhar confuso, porém contido, afinal, Rafael sofria de disfunção sexual, então alguns beijos não teriam grande importância.As respirações deles se entrelaçavam, um beijo suave e terno, longo e macio, cada segundo parecia infinitamente prolongado, uma manhã tão romântica e tranquila.Mas Riqueza, no colo de Sarah, insatisfeito, saltou para baixo e começou a latir alto para eles, num tom triste e lamentável.Ele interrompeu toda aquela atmosfera encantadora.Sarah pensou consigo mesma que Riqueza realmente era um bom cão e decidiu que deveria dar a ela uma refeição extra!Rafael não conseguiu continuar beijando, franzindo a testa enquanto olhava para Riqueza no chão, pensando em se zangar, mas sentiu que era um desperdício de emoções se irritar com um cão, especialmente na frente de Sarah.Ele se inclinou e pegou
Sarah observava fixamente Riqueza terminando a refeição, soluçando enquanto se deitava aos seus pés, repleto de tristeza e mágoa contida.Ela acariciou a cabeça lisa do animal com compaixão:— Riqueza, eu prometo que vou vingar você, aguente firme. Quando tiver a chance, vou raspar a cabeça dele, para ele sentir o mesmo que você!Riqueza soltou um arroto de satisfação, como se concordasse.Sarah segurava Riqueza com uma mão e um arquivo com a outra.A bolsa estava pendurada no pescoço de Riqueza, que caminhava orgulhosamente de cabeça erguida e peito estufado.Ela havia trocado por uma bolsa menor naquele dia, do tamanho de uma mão, que Riqueza adorava.Primeiro, ela foi à empresa para entregar os documentos assinados por Rafael, já que era melhor resolver as coisas do projeto logo, considerando os atrasos e a possibilidade de imprevistos.Clara chegou ao Grupo Dias logo após Sarah, conversando do lado de fora com alguns homens atraentes, deixando eles completamente encantados.Quando
Sarah prosseguiu:— Além disso, desde que Maia descobriu que sou filha de Ian, você acha que ela defenderia alguém?Clara balançou a cabeça, suspirando:— A posição de Joyce como noiva certamente não é estável?Sarah sorriu sutilmente, com uma frieza evidente.Não apenas instável, ela queria que Joyce vivesse com medo todos os dias, que ela perdesse as coisas mais importantes para ela e, então, que tivesse um fim miserável.Se afastando de seus pensamentos, ela se recordou de algo que Raquel tinha mencionado casualmente.— Você vai ficar noiva de Guilherme? — A expressão de Clara endureceu, e ela permaneceu em silêncio. — É verdade? Por quê?Sarah intuía que, dado o caráter de Clara, ela certamente não aceitaria de bom grado.Clara abaixou os olhos, sem muita reação, apenas sorriu ironicamente:— Você ainda não conhece nosso círculo? Quando os interesses se alinham, as pessoas se unem, quando se dissipam, se separam. — Clara fez uma pausa antes de continuar. — Minha mãe e a família Nas
Kelly se assustou por um momento e depois se recolheu atrás de Guilherme, como se temesse sua reação. Clara percebeu seu discreto gesto, conteve um sorriso e trocou um olhar com Sarah. Ambas compartilhavam o mesmo pensamento, Kelly realmente era uma mulher que se fazia de frágil e era extremamente afetada! Guilherme tossiu e se aproximou para cumprimentar: — Que coincidência, você e a Srta. Sarah estão tomando café aqui? Clara riu levemente: — Sim, afinal, meu noivo está acompanhando outra mulher, então só me resta estar com minha boa amiga. A expressão de Guilherme escureceu, mas ele explicou pacientemente: — Kelly veio realizar o procedimento de adoção de uma criança, eu estou apenas ajudando. Ele estava ciente da importância do casamento entre as duas famílias, sabia também que sua reputação não era das melhores. Se a mulher com quem ele se casasse tivesse um status social inferior ao de sua família, talvez ele se sentisse justificado. Porém, as famílias Ramos e
Clara ergueu o queixo e, com um sorriso, disse a Guilherme:— Vá atrás dela, ela está à sua espera. Se você não for, ela provavelmente ficará desapontada.Guilherme olhou para a mulher que o observava de não muito longe, franzindo ligeiramente a testa.Ele não se aproximou e falou com indiferença:— Qual pulseira você gostou? Eu posso te dar de presente?Parecia que ele queria mudar de assunto.Clara, com a bolsa nas costas, riu levemente, lançando um olhar desprezível para Kelly:— Não é necessário, não somos dessas que não podem comprar suas próprias coisas e precisam que um homem pague por elas.Ela sorriu abertamente e, em seguida, puxou Sarah para sair. As pulseiras que ela havia mencionado eram apenas uma mentira.As duas saíram diretamente pelo elevador.Dava para ver que ela estava chateada, e Sarah suspirou:— Se você realmente não quer, não se preocupe, a família Nascimento também não é nenhuma maravilha. A Sra. Dolores sempre te adorou, se você realmente não quiser casar com
Ao lado, no sofá, se sentavam as duas noras de Letícia, a esposa do filho mais velho, Heloísa Moreira, e a esposa do segundo filho, Lara Pereira.Elas pareciam ter uma diferença de idade similar à de Raquel, mas na realidade, eram quase vinte anos mais jovens.Heloísa, sempre vestida com esmero, era conhecida por sua habilidade em conversar e agradar os outros, nunca deixando de fazer isto em suas visitas.Lara parecia gentil e sólida, com uma aparência sincera, algo taciturna, e sempre muito nervosa em cada visita.Contudo, nunca deixavam a Mansão dos Dias de mãos abanando, o que lhes conferia a impressão de serem parentes valorizados.Sarah não tinha muitos sentimentos por elas, tratando elas apenas como visitantes comuns.No entanto, Sarah nutria um carinho especial por Letícia.Provavelmente porque Ian sempre mencionava que Letícia secretamente lhes enviava dinheiro e comida, tanto para ele quanto para Ethan.Nos momentos mais difíceis de Ian, quando ele mal tinha o que comer e pen
Heloísa disse:— Sarah é uma mulher, afinal, e não é saudável estar sempre trabalhando fora. Uma vez casada com Álvaro, ela deveria apenas desfrutar da tranquilidade do lar!Sarah olhou para Heloísa com avidez e sentiu um arrepio de repulsa atravessar seu corpo, era por isso que Ian raramente deixava os parentes visitarem. Alguns, de fato, já não mantinham mais contato.Raquel, com um sorriso frio no canto da boca, tomou um gole de água quente do elegante copo que tinha à frente e não pôde conter uma risada:— Se não me engano, seu filho não frequentou uma universidade de prestígio, mas sim uma de baixo nível, não é mesmo? Ele consegue encontrar um emprego?Heloísa, desmascarada, ficou visivelmente constrangida por um momento e tentou despistar com um sorriso:— Até quem se forma em universidades renomadas acaba por vezes em empregos simples, como vender carne de porco. O importante é que meu filho estuda muito. Ele se apaixonou por Sarah assim que viu uma foto dela.Raquel conteve o r