Subi as escadas com a mesma rapidez de antes, batendo na porta do quarto. De costas, aguardei ansiosamente que ele a abrisse. Ouvindo o clique da fechadura, permaneci imóvel, mas antes que pudesse me virar, senti suas mãos firmes me puxando para perto, ainda de costas. Ele iniciou uma série de beijos ousados e apaixonados em meu pescoço, fazendo-me perder o fôlego. Senti-me completamente dominada por ele, que não esperou sequer que eu adentrasse o quarto por completo. À medida que nossos corpos se entrelaçavam naquela dança de paixão e desejo, uma nova sensação me surpreendeu. Ao encostar em seu torso, percebi que ele já estava sem camisa. Sua pele quente e lisa contra a minha enviou um arrepio pela minha espinha, intensificando a atmosfera carregada de desejo que nos cercava. Com um movimento rápido, ele me puxou para dentro, virou-me e beijou meus lábios suavemente. No entanto, seu beijo tornou-se voraz e sedento. Num gesto audacioso, me lançou sobre a cama.— Ai, meu Deus... — excl
LucasA ansiedade que sentia sentado na poltrona daquele quarto era quase palpável, uma mistura de expectativa e incerteza que me consumia por dentro. Enquanto mantinha o contato de Nicole na tela do celular. Parte de mim estava dividida, indeciso entre ir embora para estar com ela ou esperar por minha deusa anônima. A intensidade da minha ansiedade era algo que nunca havia experimentado antes, um turbilhão de emoções que me mantinha em um estado de alerta constante.Então, as batidas sutis na porta soaram como um despertar, uma virada de chave que me trouxe de volta à realidade. Quando a vi de costas para mim, algo dentro de mim se acendeu. Não queria esperar que ela se virasse; a euforia que ainda pulsava em meu corpo, graças às memórias daquela diabinha que sempre conseguia me revirar de cabeça para baixo, me impulsionou a agir.Movido por um impulso, aproximei-me dela sem anunciar minha presença, desejando surpreendê-la. A excita'ção da espera e a antecipação do nosso encontro me
Após me aliviar dentro dela, não senti culpa. Já havia feito isso antes com outras mulheres, e não tivemos problemas, por mais que tenha sido raro eu me esquecer da prevenção. Permaneci deitado sobre seu corpo, beijando seus lábios com uma ternura que refletia a conexão profunda que sentia naquele momento. Estava completamente imerso na experiência, distante da minha realidade usual.— Tem uma bebida para me servir? — ela perguntou, um leve sorriso delineando seus lábios.— Não tem como não ter sede depois disso, mas dessa vez não vou me embebedar. Quero lembrar de cada traço do seu rosto — respondi, observando-a sentar-se no colchão. Levantei-me, envolvendo meu corpo numa toalha, e caminhei até a pequena geladeira para servir vinho para nós dois. Enquanto ela se distraía, minha atenção se voltou para detalhes nela que, na última vez, haviam passado despercebidos por conta da bebida. Observei-a com mais atenção, notando pequenas características que antes me eram invisíveis. Talvez fos
NicoleA noite passou rapidamente, como um lampejo de luz. Desta vez, Lucas não se deixou levar pela bebida e estava mais lúcido e presente do que nunca. Eu sabia que não poderia simplesmente sair e deixá-lo dormindo, pois parecia que ele não cairia no sono tão cedo. Já eram quatro horas da madrugada, e os ponteiros do relógio de parede confirmavam isso. Deitados juntos sobre os lençóis, eu sentia a urgência de partir, ciente de que precisava chegar em casa antes que ele acordasse.— Preciso ir embora, não posso ficar muito mais — eu disse, enquanto minha mão deslizava suavemente sobre o seu peito, refletindo sobre como havíamos aproveitado bem a noite. Sentia-me completamente exausta, mas, ao mesmo tempo, profundamente satisfeita.— Por que não dorme aqui comigo? Juro que te deixo próximo à sua casa e não vou te seguir para saber onde mora — ele propôs, com um tom de voz que misturava esperança e compreensão.— Já está arquitetando tudo em sua mente, não é? — brinquei, erguendo meu t
Passei praticamente a manhã inteira dormindo, recuperando-me dos muitos acontecimentos recentes e da falta de sono. O domingo foi um dia dedicado ao descanso.Quando acordei, guardei a roupa e a máscara cuidadosamente na caixa, colocando junto o anel que Lucas me dera. Troquei de roupa e saí em direção à cozinha, pois estava faminta. De lá, pude ver Lucas na piscina, exibindo um sorriso radiante enquanto conversava com alguém que, a princípio, eu não conseguia identificar. Ao me aproximar, reconheci a voz da sua mãe.— Nicole, meu Deus, que linda você está! Maravilhosa, como mudou! — exclamou ela, aproximando-se com um sorriso caloroso. Lucas, por sua vez, pareceu me ignorar e mergulhou na piscina.— Oi, como a senhora está? — cumprimentei, tentando manter a naturalidade.— Estou bem… Como sua avó ficaria feliz em te ver tão bem, menina. Você está cuidando bem dela, não é, Lucas? — ela se voltou para o filho, buscando sua confirmação.— Estou, mãe, estou — respondeu Lucas, de costas p
A mãe do Lucas partiu após passar a tarde conosco. Ela mencionou muito minha avó, relembrando as conversas que tinham juntas. Senti como se minha avó estivesse ali, pois sempre que via a mãe de Lucas, lembrava da presença constante dela ao lado da minha avó. Sentia um vazio ao vê-la, sem a minha avó não estando mais ali para sorrir e conversar animadamente com ela.Estava sentada no sofá da sala quando Lucas acompanhou seus pais até o portão. Ao retornar, trazia uma expressão carrancuda, e seu olhar era curioso. Eu não conseguia decifrar o que se passava.— Por que está me olhando assim? — Perguntei intrigada, pois desde que me viu, ele só vinha me provocando.— Nada. — Ele disse, ainda me fitando, aumentando ainda mais minha curiosidade. — Aliás, você não sossega mesmo, não é? — Comentou, apoiando-se na parede à minha frente. Várias questões rondavam minha mente: Será que ele me descobriu como anônima? Eu me sentia um pouco deslocada, mas decidi responder, ciente de que eventualmente
Eu não queria acreditar que Lucas estava agindo daquela maneira. Sempre tive uma imagem dele como alguém distante, um pouco arrogante, despojado e conquistador, mas nunca imaginei que pudesse agir com maldade. Naquela situação, percebi que suas ações não eram direcionadas contra Carlos, mas sim uma tentativa de me atingir.Essa revelação foi um choque. Ver Lucas, uma pessoa que eu considerava de uma forma, agindo de maneira tão diferente do que esperava, mexeu comigo. Era difícil assimilar que suas intenções pudessem ser tão calculadas para me afetar diretamente.— Você não está falando sério? — perguntei, incrédula, enquanto ele assentia, confirmando.Me aproximei, pedindo:— Lucas, você não pode fazer isso. Foi um mal-entendido, Carlos estava tentando me proteger. — tentei argumentar, esperando que ele compreendesse a situação. — Por favor, pense bem no que está fazendo. Isso vai afetar a vida dele, o trabalho dele. Foi uma reação no calor do momento — insisti, tentando apelar para
LucasApós o encontro e voltar para casa, tudo começou a desandar. Desde que cheguei, notei a ausência da Nicole, ao ir até o quarto dela, e para minha surpresa, estava destrancado. Minha raiva se intensificou, e acabei praguejando contra Lara antes de sair para procurá-la, convencido de que ela estaria na casa da Cássia. Esperei até de manhã, na expectativa de pegá-la no flagra, mas ela não apareceu. Decidi então ir até a casa da Cássia, e ao me aproximar, avistei um carro saindo da garagem. Carlos estava ao volante. Esperei para evitar um encontro direto com ele, mas fiquei surpreso ao ver Nicole fechando o portão e entrando no carro. Nesse momento, a magia da bela noite que tive foi esquecida, substituída por uma raiva intensa, um sentimento que sempre detestei, mas que agora parecia ser uma visita constante em minha vida.Não me dei ao trabalho de seguir o carro, estava certo de que iriam para minha casa. Mas sabia que, se fosse para casa e lidasse com ela naquele estado, a discus