Entramos e nos dirigimos diretamente ao meu escritório. Pedi à moça que estava substituindo Lourdes para nos servir um café. Lourdes, a quem todos nós apreciamos, tem enfrentado problemas de saúde, mas Nicole, com sua bondade inata, já estava ajudando-a sem que eu sequer soubesse. Esse gesto de Nicole me impressionava; ela é genuína, amável e, acima de tudo, possui um coração enorme. Não hesita em ajudar os outros, um traço que a destaca de maneira especial. Planejamos fazer uma visita a Dona Lourdes assim que essa tempestade em nossas vidas se acalmar.A reunião em minha casa estava tensa, mas necessária. Os detetives que contratamos para desvendar as tramoias de Lara se juntaram a nós, trazendo não apenas informações, mas também orientações sobre como proceder.A detetive, sempre com uma segurança notável em seu tom de voz, começou a nos orientar.— A primeira coisa que vocês precisam fazer é reunir evidências. Coletem tudo que puderem sobre as ações de Lara, incluindo gravações, me
Uma semana depois… Retorno de Lara a empresaLucasEstávamos em mais uma manhã, exatamente como gostávamos, nos entregando ao prazer e ao desejo que ambos sentíamos.— Ah, como eu te amo, minha diabinha. Como adoro te fo'der intensamente! — Confessei a Nicole, enquanto a observava deitada na cama, já entregue, suada com o seu corpo escultural me hipnotizando a cada segundo. Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso, despertando em mim um desejo incontrolável. Ela se tornou meu vício mais delicioso, uma mistura perfeita de alegria e rebeldia que revigorava meus dias e preenchia minha alma de paixão.Deslizando beijos ardentes por suas pernas, sua pele macia arrepiava sob meu toque, meus olhos não conseguiam desviar dos seus, repletos de fogo e luxúria. Abri suas pernas lentamente, provocando um ge'mido ansioso em seus lábios entreabertos.— Você quer? — Brinquei com um sorriso malicioso nos lábios.— Quero muito, adoro quando me chu'pa, — Disse com luxúria. Me entreguei às suas vo
Lara apresentava-se transformada: seus cabelos, agora tingidos de preto, e uma maquiagem cuidadosamente aplicada, ressaltavam os contornos do seu rosto e enfatizavam a intensidade de seus olhos. Embora incerto sobre suas intenções, esforcei-me para manter um tom sereno e controlado na conversa.— Bom dia, Lara. Parece que está bem, fico feliz por isso. Mas, por que trancou a porta? — indaguei, mantendo a cordialidade enquanto ela se aproximava e tomava assento à minha frente.— Gostou do meu novo visual? — ela inquiriu, claramente tentando provocar os elogios que eu costumava lhe oferecer no passado.— Você está muito bem, sim. Mas, não vai responder à minha pergunta? — perguntei, optando por uma abordagem direta, sem me desviar do assunto principal.Nesse momento, a voz de Nicole soou do outro lado da porta, carregada de urgência: "Lucas, abre a porta, por que ela está trancada?"— O que ela faz aqui? Por que Nicole está na empresa? — Lara questionou, surpresa e talvez um pouco alarm
— Do que você está falando, Lucas?— Você achou que eu permaneceria cego para sempre? Se as coisas continuassem como antes, talvez, mas agora vejo claramente o que você fez. Nunca houve verdadeira amizade da sua parte, Lara, sempre foi uma obsessão por mim, pela minha vida, não é? — Eu confrontei, finalmente colocando para fora anos de sentimentos reprimidos, buscando esclarecer a névoa de manipulação que, agora percebia, Lara tinha tecido ao redor de nossa relação.— Mentira, tudo mentira, o que inventaram sobre mim, Lucas. O que fizeram com você, meu amor? — Lara protestou, a desespero em sua voz se tornando evidente. Eu a olhei, incrédulo, diante de suas palavras. — Eu sempre te amei, Lucas, desde o início. Por favor, olhe para mim, — ela implorou, com uma sinceridade que antes me faria vacilar, mas agora não mas.— Não me toque! — reagi instintivamente, recuando para manter a distância entre nós.— Então, pelo menos, olhe para mim. Por favor! — Ela continuou, buscando algum tipo d
Eu e Nicole entramos para a minha sala, e pude notar imediatamente a irritação emanando dela.— Me dá um abraço? — pedi, tentando aliviar a tensão.— Abraço? Eu vou é te matar, Lucas! Por que não abriu para mim, hein? — Nicole me beliscou, claramente nervosa.— Eu não estava com a chave. Mas, além disso, precisava resolver isso, Nick. Você não faz ideia do quanto estava me corroendo por dentro saber que a Lara conspirava contra mim. Eu precisava confrontá-la pessoalmente. E não me arrependo, mesmo que talvez tenha passado dos limites, — expliquei, tentando transmitir minha angústia e justificar minhas ações.— Você me deixou nervosa, — ela disse, claramente ainda afetada pela situação.— Lucas, cadê a Lara? Já foi embora? — Humberto perguntou, olhando ao redor como se esperasse encontrá-la escondida em algum canto.— Foi, e não volta mais. Eu coloquei tudo em pratos limpos, e fo'da-se. Não vou me esconder, não vou bancar o covarde fingindo que não sei de nada, — respondi com uma mistu
Ao chegarmos à casa da mãe de Lucas, ela nos recebeu com um sorriso radiante, um gesto que imediatamente me fez sentir um pouco mais à vontade.— Nicole… seja bem vinda querida — Ela começou, suas mãos pausando involuntariamente, como se estivessem buscando as palavras certas — Meu filho, que surpresa boa você me trouxe. Esta menina é muito linda, um verdadeiro encanto, — disse a mãe de Lucas, com um brilho de aprovação nos olhos, dissipando imediatamente a atmosfera de tensão que se formara com a sua pergunta anterior.— Boa noite, mãe, — Lucas a cumprimentou com um longo abraço, e então entramos. Ele segurou minha mão firmemente e, ao perceber isso, sua mãe direcionou seu olhar para nossas mãos entrelaçadas.— Filho! — Ela exclamou, com um sorriso radiante e acolhedor.— Quero te apresentar oficialmente a minha namorada, a Nick, — Lucas disse, com um tom de voz cheio de orgulho.A mãe de Lucas nos olhou, inicialmente surpresa, mas no fundo, acredito que ela já suspeitava que minha p
Ao recobrar a consciência, o mundo ao meu redor parecia desfocado e distante, como se estivesse emergindo de um sono profundo. Aos poucos, os detalhes começaram a se tornar mais nítidos, e percebi que Lucas, em um ato de desespero e proteção, havia se jogado sobre mim durante o acidente. Ele não estava usando o cinto de segurança, o que fez com que absorvesse a maior parte do impacto durante as capotagens, protegendo-me com seu próprio corpo.Ouvi sirenes ao longe, e com movimentos lentos e cuidadosos, quase como se estivesse em câmera lenta, comecei a desafivelar o cinto de segurança. O silêncio era ensurdecedor, interrompido apenas pelas nossas respirações ofegantes e pelo ocasional tilintar de cacos de vidro. O carro havia parado de cabeça para baixo, mas, estranhamente, voltou a ficar com as rodas no chão após os tumultuados giros.Olhei para Lucas, que estava ao meu lado, imóvel, mas respirando – um sinal de vida que me encheu de um alívio desesperado. Virei-me então para verific
NicoleEnquanto eu tentava reunir meus pensamentos, um médico aproximou-se da minha cama para me examinar. Eu me sentia um caleidoscópio de sensações: havia dores latejantes na minha cabeça e uma leveza estranha, como se eu estivesse flutuando, intercalada com tonturas que faziam o quarto girar a cada movimento brusco. No entanto, nada disso se comparava ao tumulto emocional que eu estava sentindo por dentro. A preocupação por Lucas e Brian, misturada com a raiva impotente contra a responsável pelo acidente, tornava difícil me concentrar no que o médico estava dizendo.Observava suas expressões cuidadosas enquanto ele verificava os sinais vitais, sua testa franzida em concentração. Por um momento, senti a realidade do hospital se impor sobre mim, trazendo um vislumbre da seriedade da situação. Apesar da minha própria dor, a urgência de ver Lucas, de saber que ele estava vivo e respirando, superava qualquer desconforto físico.Minha sogra, que parecia ter formado uma amizade com o médi