BENJAMINMENSAGEM DE TEXTO RECEBIDA"ALARME DISPARADO""O quê?"Quando passo pela porta principal, continuo caminhando até a minha BMW, observando o jardim e o seu redor."Não vejo nada de estranho..."Quanto mais moderna a máquina for mais cansativa ela é. Incrível como os anos trouxeram beleza e potência, deixando muitas coisas importantes para trás.— Daria tudo para ter um De Dion Runabout 1884, de novo! —sou irônico.Me curvo para ver através das janelas, buscando o motivo de somente ele ter disparado. Tem seis carros estacionados e cinco estão em silêncio. Somente o meu resolveu se irritar com o som dos grilos.MENSAGEM DE TEXTO RECEBIDAMeu celular vibra dentro do bolso e eu o pego com uma faísca de expectativa de ser qualquer coisa sobre a Rainha."Greta: Boa noite, senhor!""Droga!" —bufo me encostando no carro, decepcionado."Eu: Olá, Sra. Lunner!""Greta: Conseguiu conferir o código de localização?""Eu: Infelizmente não tive tempo de testar.""Greta: 6667DNLL""Eu: Certo.
BENJAMIN A dor era insuportável e eu sabia disso, mas me olhar daquela forma me fez querer morrer naquele exato instante. "Se ela sobreviver, com certeza vai me odiar por toda a eternidade!" Aquela era a última chance que eu tinha para concluir a transformação. Removi minha mão fazendo seus olhos se encherem de lágrimas e de novo dei apoio a suas costas, reparando que suas vistas tremiam de pavor quanto mais eu me aproximava. Acolhi seu corpo perfurado, colando-o com o meu e afastei seu cabelo do pescoço, deixando suas veias disponíveis para mim. Se ela pudesse se mover, ou sequer falar, estaria se debatendo, me implorando para que eu a deixasse morrer em paz, só que ao invés disso me aproveitei da situação, tirando dela todo o poder de uma escolha. "A forma como ela me olha, me fez odiar a mim mesmo por talvez, no fundo, ser um animal." Atravesso meus dentes na sua carne, deixando meu veneno tomar conta do seu corpo. À medida que seu sangue doce vai preenchendo minha boca, me
BENJAMIN Isso se chama estar no controle. Ordem. "No final é só uma armadura coberta de amor-próprio que para ser adquirida, infelizmente precisa-se de um enorme trauma." — Eu preciso que você acorde... —sussurro entristecido. -Não consigo seguir a minha vida com você aqui...desse jeito. Eu precisava lidar com as minhas coisas, Mila estava tomando muito do meu tempo e aquilo estava me causando sérios problemas em casa. Ela era minha cria, mas não era a minha mulher. Pensei que o problema seria resolvido transformando-a, entretanto sinto que estou mais envolvido do que gostaria. — Por que você tem que ser assim? —levo minha mão até o seu rosto, deslizando meus dedos pelas suas bochechas. -Como o Thomas conseguiu encontrar alguém como você... Eu já sabia que quando chegasse a hora, Thomas seria bem exigente em relação a aparência da sua futura mulher e Rainha, mas sinceramente, acho que ninguém esperava que ela fosse do tipo "indomável" e "irresistível". Não era só pela inteligênc
— Para...para... Vicente- Senhora! Uma mão estranha me toca, enquanto grito com a Rainha dos meus sonhos. — Por favor...não...não... —resmungo. Vicente- Mila! Eu estou no hospital, no mesmo quarto que me vi quando acordei ao lado do Benjamin. Não entendo porque não consigo me mover, na verdade, não entendo nem como estou conseguindo me ver. Se fosse um reflexo eu saberia e se aquela parada na frente da enfermeira não fosse eu, também reconheceria. Quero muito ir para casa, quero abraçar o Peter e pedir perdão ao meu marido. "Por que não consigo me mexer?" Nunca tinha me visto assim, como uma pessoa de carne e osso frente a frente. — E-espera... "O que está acontecendo?" "Eu agarrei o pulso daquela moça. Por que estou fazendo isso?" Aquela sensação de ter alguém nos olhando, cresce a cada minuto como se não estivéssemos sozinhas na sala. E eu não estou. Tem duas de mim, por algum motivo tem duas Rainhas, duas Milas. Eu consigo ver o quarto todo do alto enquanto o outro eu, a
"Kokio?" Me calo para pensar por cinco segundos e imediatamente, Benjamin fica todo incomodado cerrando seus olhos intuitivos em mim. — Para! —falou cheio de suposições. -Eu sei o que você está pensando! — Kokio e fogo... —repito. -Kokio é aquela árvore raríssima com flores vermelhas, certo? De repente, ele muda a cor dos seus olhos para um vermelho, tomando o meu braço com seu punho forte e impiedoso. “CARALHO, QUE PORRA É ESSA?” — Você não vai fazer isso! —disse como um protetor, cara a cara comigo. — S-seus olhos... —fico boquiaberta. — Você - — Espera! —de novo meus sentidos apitam. Bastou sentir seu toque mais uma vez que aquela mesma energia se reconectou ao meu corpo. — O que foi dessa vez? —perguntou nervoso, soltando o meu braço. — É, é o...o seu coração! —finalmente entendo. -Você é a segunda pessoa! — Por que você sempre fala em enigmas? Vicent- Não são enigmas, senhor. Ela só não sabe sobre você ainda! "Agora eu que estou confusa!" — Ah! — Se nós somos igu
— Você não precisa saber disso, não vai querer esse peso na sua vida! — Não pareceu ter sido tão difícil para você! —debocho. — Novamente, eu salvei a sua vida! — E se um dia eu precisar salvar alguém? —peso a sua consciência. Benjamin "Por que ela tem que ser tão teimosa?" — Okay! —ele cede. -Para transformar um humano, primeiramente ele precisa estar vivo. Não tem como a transição acontecer se ele estiver morto, ou coisa do tipo. É crucial que ele tome o seu sangue antes de injetarmos o nosso veneno - — Veneno? —o atrapalho. — Sim, mas como eu disse, com o tempo você vai aprender a controlá-lo! — Mas isso não te impede de me explicar! —debato. — Todos os vampiros possuem um veneno na mordida, ele serve tanto para matar, como para transformar também. E com um bom treinamento você aprenderá a se alimentar sem liberar esse veneno, usando-o somente para se defender. É por isso que - — A médica que matei... —vou direto no que tenho mais interesse. -Foi por causa desse veneno?
— Majestade, estou entrando! —ele anuncia atrás da porta, sem esperar que eu permitisse. — O-oi! —sorrio, tentando disfarçar o que eu estava sentindo. — A equipe já chegou! — O-obrigada, James! — Precisa de alguma coisa? —perguntou desconfiado. — Não, não! —respondo escondendo meu braço direito atrás das costas. Por algum motivo, meu braço está doendo bem mais que o restante do corpo. — Okay, qualquer coisa é só me chamar! Assim que meu mordomo sai do quarto, peço que a equipe entre e me ajude a chegar no que tinha em mente. Tinha decidido cortar meu cabelo nos ombros, deixando-o leve e repicado. Certamente, aquilo causaria um grande impacto junto a roupa que tinha escolhido. ------------------------------- — Majestade? —dois toques na porta me tiram dos meus pensamentos. A festa começou e eu podia ver no jardim a quantidade de pessoas chegando. O acidente com o sol não saia da minha cabeça, ele ficava me infernizando durante todo o tempo que me arrumava. — Pode entrar! —
Aquela não era a hora e nem a ocasião para se falar dos pais do Thomas. Era um assunto mundialmente conhecido, mas que até mesmo eu evitava perguntar. Qualquer coisa tirava a paciência dele, pequenos detalhes já eram aptos a deixá-lo extremamente irritado, por isso falar sobre Dastan Clifford e Serena Clifford, era praticamente impossível. Thomas guardava uma saudade muito grande dos pais e para piorar, a sua posição de Rei o fazia se lembrar todos os dias que ele assumiu o lugar daquele que não pode se despedir. Nenhuma pessoa espera que uma criança de só cinco anos precise assumir um trono, mas ele assumiu poucos dias depois que seus pais foram assassinados e levados misteriosamente. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, todos foram pegos desprevenidos quando anunciaram o sumiço dos corpos e a coroação do único filho. O que sabemos, é que desde que Dalnallia foi construída, somente os Clifford's governaram e quando chegou a hora do Thomas, o primogênito do Dastan e Serena, ele era