17

Asterin

Dentro do quarto de hóspede que conheço muito bem, vou para perto de uma janela e no mesmo instante os meus olhos percorrem ávidos por cada extremidade na esperança de vê-lo voltar, mas isso não acontece e já tem horas.

— Que você esteja bem! — sussurro uma prece como um lamento, porque eu bem sei que tudo isso é culpa minha.

Se eu não tivesse fugido.

Se eu tivesse confiado nele.

Se eu não fosse tão burra, ele estaria seguro aqui e agora.

Uma batida na porta me faz despertar dos meus murmúrios angustiantes e um serviçal passa por ela carregando uma bandeja farta.

— O que é isso? — questiono, porém, ele não me responde. Contudo, Asterin entra no meu campo de visão logo em seguida.

— Pedi para servirem as suas refeições no seu quarto.

— Por quê?

— Porque não a quero transitando pela casa, Hazel. E menos ainda do lado de fora dela.

— Então eu sou sua prisioneira?

— Não, mas prometi protegê-la. E estamos com poucos membros da alcateia aqui. Portanto, não ouse sair desse cômodo! —
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