CAPITULO 3

Davi: Não fale de Deus comigo, garota. Peça a Ele para te salvar agora da morte.

Vitoria: por favor, moço, acredite em mim. Não tem ninguém aqui. Se quiser atirar, atire logo. Eu não ligo, se morrer, morrerei feliz por estar na presença de Deus.

Davi

Fizemos uma busca geral na igreja e não encontramos nada. Até que ouvi um dos vapores me chamar e dizer que encontrou uma moça.

Fui até ela e quando nossos olhos se encontraram, pareceu que estava vendo minha esposa. O jeito inocente e o olhar que transmitia paz.

Davi: Você acha que esse Deus que você segue vai te salvar da morte, garota? Deixe de ser burra.

Vitória: Eu sei que ele está comigo e se eu morrer hoje foi da vontade dele, para cada um ele tem um propósito, até mesmo para você, moço. Acredite.

Davi: Cala a boca, garota. Eu não acredito no seu Deus. Quando eu mais precisei, ele não estava lá.

Vamos embora e leve-a. Ela será nossa prisioneira até contar a verdade.

Vitória: Por favor, moço, eu não sei de nada. Eu juro que estou falando a verdade, acredite em mim, por favor.

Dei ordens para levarem a garota. Não tive coragem de matá-la, mas também não terei piedade dela.

Vitória

Estava com medo do que iria acontecer comigo quando aqueles homens me tiraram da igreja e me jogaram no carro. Não sei para onde eles iriam me levar, não sei o que eles queriam comigo.

O rapaz que parecia ser o chefe deles carrega uma grande tristeza, percebi pelo olhar dele.

Estou com medo, mas minha fé é mais forte que meus medos e meus traumas.

DAVI

Chegando ao morro, mando meus vapores deixarem a garota no quartinho e sigo para minha casa.

Não sei o que me deu em trazê-la para o meu morro, mas se ela souber algo sobre o desgraçado, eu a mato sem dó.

Subo para o meu quarto, deito e meus pensamentos vão direto para quando peguei minha menina pela primeira vez no colo. Foi uma sensação tão diferente que um bandido pode sentir. Como sinto falta das minhas meninas.

Num momento como esses que me dá vontade de atirar na minha própria cabeça e acabar com essa dor que nunca vai passar, os gritos delas, o desespero da minha menina, minha esposa me dizendo suas últimas palavras.

( Gritos)

Davi: maldito, maldito, elas não mereciam isso.

Vitória

O carro de repente para e não sei onde estou, um dos rapazes abre a porta do carro, me puxa pelo braço e me leva até um quarto que só tem uma cama e banheiro. Eles saem e fecham a porta sem dizer nada.

Eu me encolho na cama e, de repente, as lembranças da minha mãe sendo morta na minha frente e do meu padrasto abusando de mim surgem.

Começo a chorar desesperadamente e, de repente, a porta se abre e eu começo a gritar.

Vitória: Por favor, não me toque! Por favor, não, não! Eu te imploro, não me machuque. Por favor, não me toque, tire suas mãos de cima de mim, me larga, me solta, saia de cima de mim.

Davi

Não aguentei esperar até amanhã e fui buscar informações da garota.

Abri a porta e vi a garota encolhida na cama, de repente começou a gritar.

Fui até ela e comecei a sacudi-la, mas não adiantou, parecia que estava em choque.

Vitória: Me larga, por favor, não faça isso, eu imploro, não abuse de mim.

Davi: Que diabos foi isso? Essa garota já foi abusada.

Continuei sacudindo-a e ela não parava de gritar.

Davi: Garota, olhe para mim, não vou te machucar, porra garota, presta atenção nada disso e real.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo