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Capítulo 6: Noites Insones

Isabella não conseguia dormir. O quarto que Vittorio havia designado para ela era luxuoso, com uma cama enorme e lençóis de seda, mas ela se sentia inquieta. A conversa do jantar ainda ecoava em sua mente, junto com a imagem daqueles olhos escuros que pareciam ver através dela. Ela se virou na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o silêncio da mansão era opressivo.

Finalmente, ela desistiu. Levantou-se e vestiu um roupão de seda que havia encontrado no armário. Talvez um copo de leite morno a ajudasse a relaxar, como fazia quando era menina e não conseguia dormir. Descalça, ela desceu as escadas em silêncio, seguindo o corredor até a cozinha.

A mansão estava escura, com apenas algumas luzes fracas iluminando o caminho. Quando ela passou pelo escritório de Vittorio, notou uma fresta de luz saindo por debaixo da porta. Ele ainda estava acordado. Ela hesitou por um momento, mas a curiosidade foi mais forte. Aproximou-se da porta e espiou por uma pequena abertura.

Vittorio estava sentado em uma poltrona de couro, com um copo de uísque na mão. Ele parecia perdido em pensamentos, seus olhos fixos no vazio. A expressão dele era diferente daquela que ela estava acostumada a ver. Não havia frieza, nem cálculo. Ele parecia... humano. Vulnerável, até. Isabella sentiu uma pontada de compaixão, mas também de curiosidade. Quem era o homem por trás da máscara?

Foi então que ele falou, sem se virar.

— Se você vai ficar aí espiando, Isabella, pode pelo menos entrar.

Ela deu um salto, surpresa. Como ele sabia que ela estava ali? Hesitante, ela abriu a porta e entrou no escritório.

— Eu não estava espiando — ela mentiu, fechando a porta atrás de si.

— Claro que não — ele respondeu, com um sorriso irônico. — Você só estava... admirando a decoração.

Ela cruzou os braços, sentindo-se exposta.

— Eu não conseguia dormir. Estava indo para a cozinha pegar um copo de leite.

Ele levantou o copo de uísque.

— Eu prefiro algo mais forte. Quer um pouco?

Ela hesitou, mas acabou concordando com a cabeça. Vittorio levantou-se e serviu um copo para ela, entregando-o com uma leve inclinação da cabeça.

— Saúde — ele disse, brindando.

— Saúde — ela respondeu, tomando um gole. O líquido queimou sua garganta, mas ela gostou da sensação.

Ele observou-a por um momento, seus olhos escuros parecendo ler cada pensamento dela.

— Então, você está se sentindo... sozinha? — ele perguntou, sua voz suave, mas carregada de intenções.

Ela sentiu um calor subir em seu rosto.

— O que você quer dizer?

Ele deu um passo em sua direção, e ela sentiu o ar ficar mais pesado.

— Você sabe exatamente o que eu quero dizer. Se você está sentindo falta de alguém em sua cama, aliviando o stress e trazendo o sono... você pode resolver seu "problema".

Ela engoliu seco, sentindo um nó se formar na garganta.

— Você está se oferecendo? — ela perguntou, desafiando-o.

Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo sedutor e perigoso.

— Eu estou apenas dizendo que as regras têm exceções. Depende de você decidir se quer explorá-las.

Ela sentiu uma onda de desejo percorrer seu corpo, mas também de raiva. Ele estava brincando com ela, e ela sabia disso.

— Você acha que pode me manipular assim? — ela perguntou, sua voz um sussurro.

Ele deu mais um passo, reduzindo a distância entre eles.

— Eu não estou tentando manipular você, Isabella. Eu estou apenas... oferecendo uma solução.

Ela sentiu o calor do corpo dele, o cheiro de seu perfume envolvente. Ele estava tão perto que ela podia sentir a respiração dele em seu rosto.

— E se eu disser não? — ela perguntou, desafiando-o mais uma vez.

Ele inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e desejo.

— Então você vai continuar insone. A escolha é sua.

Antes que ela pudesse responder, ele fechou a distância entre eles, capturando seus lábios em um beijo que foi tudo menos gentil. Era possessivo, dominador, e fez seu corpo tremer de uma forma que ela nunca havia experimentado. Suas mãos deslizaram para o rosto dela, segurando-a com firmeza, enquanto ele a beijava com uma intensidade que a deixou sem fôlego.

Isabella tentou resistir, mas o corpo dela traiu-a. Suas mãos subiram até o peito dele, sentindo os músculos firmes sob a camisa. Ele a puxou mais perto, e ela sentiu o calor do corpo dele contra o seu. O beijo se aprofundou, e ela perdeu-se na sensação, esquecendo-se de tudo, exceto dele.

Quando ele finalmente a soltou, ela estava sem fôlego, seus olhos procurando os dele em busca de respostas.

— Isso não muda nada — ela sussurrou, tentando convencer a si mesma.

Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo sedutor e enigmático.

— Claro que não — ele respondeu, sua voz um sussurro. — Mas pelo menos agora você vai dormir melhor.

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