A festa na mansão de Vittorio estava em pleno andamento. A música suave da orquestra preenchia o ar, e os convidados dançavam, riam e conversavam, aproveitando a rara oportunidade de ver o chefe da máfia em um evento social. Isabella circulava pela sala, tentando parecer à vontade, mas por dentro, ela estava em tumulto. Vittorio a observava de longe, seus olhos escuros brilhando com uma mistura de desejo e irritação. Ele não gostava de vê-la cercada por tantos homens, mesmo que fossem apenas conversas inocentes.Foi então que a atenção de todos se voltou para a entrada do salão. Um homem alto e elegante, vestindo um terno impecável, adentrou o espaço com uma presença que imediatamente chamou a atenção. Ele tinha cabelos escuros e olhos verdes que pareciam capturar a luz do salão. Seu sorriso era fácil, quase despreocupado, mas havia uma inteligência afiada em seu olhar.— Quem é ele? — Isabella ouviu alguém sussurrar ao seu lado.— Lorenzo Moretti — respondeu outra voz. — Primo de Vit
- Que tal outra dança?Isabella hesitou por um momento, mas acabou colocando a mão na de Lorenzo. Ele a conduziu até o centro da pista de dança, onde a música suave da orquestra criava um clima íntimo e envolvente. Ele a puxou para perto, seus olhos verdes fixos nela com uma intensidade que a deixou sem fôlego.- Você sabe, Isabella - ele começou, sua voz suave, mas carregada de intenções. - Há algo em você que é... diferente. Algo que me faz querer saber mais.Ela sentiu um calor subir em seu rosto, mas manteve o olhar firme.- Diferente como? - ela perguntou, tentando manter a voz neutra.Lorenzo sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo sedutor e enigmático.- Você não é como as outras mulheres que frequentam esses eventos - ele respondeu, sua voz um sussurro. - Você não está aqui por status ou poder. Você está aqui porque... bem, porque Vittorio te trouxe. E isso me intriga.Ela sentiu um nó se formar na garganta. Lorenzo estava sendo sincero, e isso a deixava desconfortável.- Vi
O jardim estava silencioso, exceto pelo som distante da música da festa. Vittorio se aproximou de Isabella, seus olhos escuros brilhando com uma intensidade que a deixou sem fôlego. Ele parou a poucos centímetros dela, o calor do corpo dele quase a queimando.— Você quer saber o que eu posso te oferecer, Isabella? — ele perguntou, sua voz suave, mas carregada de intenções. — Eu posso te dar tudo. Prazer como você nunca experimentou. Tesão que vai te fazer esquecer de tudo, exceto do meu nome. E, sim, uma vida ao meu lado, como minha companheira. A mãe dos meus filhos.Ela sentiu um calor subir em seu rosto, mas manteve o olhar firme.— Prazer e filhos? — ela repetiu, sua voz um sussurro. — E o amor, Vittorio? Onde fica o amor nisso tudo?Ele sorriu, um sorriso lento e predatório.— Amor? — ele repetiu, como se a palavra fosse estranha em sua boca. — Eu fodo, Isabella. Eu não faço amor. Amor é para sonhadores, para virgens que acreditam em contos de fadas. Eu te ofereço algo real. Algo
Vittorio a empurrou suavemente contra uma das colunas cobertas por trepadeiras, longe dos olhares e dos holofotes do salão. A noite envolvia os dois como um manto cúmplice, e a música distante parecia desaparecer à medida que o mundo se estreitava — agora só existiam ele, ela... e o desejo que crescia entre seus corpos.Isabella arfava, o peito subindo e descendo rápido sob o vestido de seda preta. O olhar dele queimava. Quando Vittorio se aproximou, colando o corpo ao dela, ela sentiu a dureza da ereção pressionando sua coxa, e o calor subiu como um incêndio sob sua pele.Sem dizer uma palavra, ele deslizou as mãos pelas laterais do vestido, arrastando o tecido com calma. Subiu devagar, até encontrar a fenda lateral e... sem cerimônias, afastou a renda fina da calcinha.— Tão molhada por mim — ele murmurou rouco, com os lábios roçando o ouvido dela. — E eu mal encostei em você.Ela mordeu os lábios com força para não gemer. A ponta dos dedos dele encontrou seu centro quente e pulsant
O silêncio do quarto contrastava com o caos que rodopiava dentro dela.Isabella encarava o próprio reflexo no espelho, ainda com a pele marcada pelos toques de Vittorio. Era como se seu corpo já pertencesse àquele mundo, mas sua alma ainda resistisse. A lembrança da noite no jardim a assombrava — não como um trauma, mas como um sussurro viciante de algo que ela não podia mais fingir que não desejava.Mas desejar Vittorio... significava aceitar tudo o que vinha com ele?Ela fechou os olhos, tentando silenciar a voz que gritava dentro de si. A voz que lembrava que, ao dizer "sim", ela não estaria apenas se casando com um homem — estaria se unindo à máfia. Às regras não ditas. À fidelidade cega. Às sombras.Alguém bateu na porta.— Signorina Isabella? — a voz de Luca era sempre firme, mas havia nela um certo cuidado reservado só a ela. — Vittorio pediu que você desça para o café. Ele quer que você conheça um convidado especial.Ela assentiu, ainda sem dizer palavra. Convidado? Não era di
Vittorio voltou, mas havia algo diferente em sua postura. Ele estava mais tenso, com os ombros rígidos, como se carregasse um peso extra. Luca, ao seu lado, parecia ainda mais fechado do que o normal, o olhar calculista, sempre atento. O jantar seria o início de algo que ela mal compreendia, mas sentia que, de algum modo, sua vida nunca mais seria a mesma.Isabella estava nervosa. O beijo de Lorenzo ainda queimava em seus lábios, e a ideia de estar sendo observada com tantos olhos em cima dela a deixava ainda mais inquieta. Algo em seu interior a fez sentir um pequeno prazer no gesto de descontrole de Lorenzo, e esse fato a incomodava profundamente.Ela estava prestes a entrar na boca do lobo.Os empregados a conduziram até a mesa, uma grande mesa de jantar com mais de dez lugares. O ambiente era sóbrio, iluminado apenas por candelabros de cristal que lançavam sombras dançantes nas paredes.Os capos estavam ali, todos homens de aparência imponente, bem vestidos, mas com uma presença q
Ela o encarou, sem saber exatamente o que responder. Mas o silêncio entre eles era palpável, e logo Lorenzo se inclinou para frente, sua voz carregada de uma provocação irresistível.- Você sabe, Isabella, o jogo que estamos jogando não é só sobre o que Vittorio espera de você - disse ele, sua mão roçando levemente a dela sobre a mesa, o toque tão casual quanto perigoso. - É sobre o que você quer. O que você é capaz de querer. Não precisa se prender a ele. Você tem opções. Eu sou uma dessas opções. E você sabe que as coisas entre nós não são simples.O coração de Isabella disparou. Ela podia sentir a tensão no ar, como se o beijo de Lorenzo ainda estivesse queimando dentro dela, consumindo cada centímetro de sua mente. O calor de seu toque não a deixava. Não só o beijo, mas a sensação de ser desejada, de ser vista por alguém que não fosse Vittorio. Algo que ela jamais pensara ser tão atraente até aquele momento.O sorriso de Lorenzo se alargou, como se ele soubesse exatamente o que es
Isabella deu um passo para trás, sem saber o que fazer, o que dizer. Ela não queria que isso acontecesse, não dessa forma. O mal-entendido estava consumindo-a.— Vittorio, não é o que você pensa... — ela tentou dizer, mas foi interrompida pela voz cortante dele.— Não! — Ele deu um passo em direção a Lorenzo, seu tom agora explosivo. — Você. Você acha que pode me enganar? Me fazer de bobo diante de toda a minha família? Você acha que não vejo suas intenções? O que está acontecendo aqui não é um erro, é uma artimanha sua, Isabella. Eu quase caí na sua de amor, mas agora vejo.Vittorio se virou para ela, seu olhar gelado e cheio de raiva.— Então é isso que você quer? Não precisa fingir mais, Isabella. Você não está aqui para ser minha esposa. Você só queria brincar, queria foder, não é? E tudo isso, o tempo todo, foi só uma encenação.Isabella se sentiu atingida, a vergonha a envolvendo, mas algo em seu peito se rebelou contra as palavras dele. Era uma tortura emocional. Ele a estava f