Castelo ChaseHelena observou o macho ao seu lado. Seu peito subia e descia rápido demais, o suor em sua testa havia se tornado algo comum todas as noites.Ela já desistira de tentar acorda-lo, ele tinha seus pesadelos e tudo se tornava pior quando ela tentava acorda-lo.Helena sabia que a situação com Ayla e o sequestro cometido por Henry Taylor, o estava matando por dentro. Era uma ameaça de guerra por parte dos clãs de Blackburn. E o fato de Ayla ter se casado com o filho de Lance. Ele movia a cabeça de um lado a outro, os lábios estavam entreabertos, sua testa franzida.Seus cabelos negros estavam mais curtos, mas alguns fios se grudavam em seu rosto.Helena tentou tocar seu rosto, quando ele abriu os olhos de obsidiana de repente.— Helena... — ele arfou o seu nome.O quarto estava mergulhado em uma escuridão parcial, sendo iluminado apenas por uma ou duas velas nos candelabros.— Os pesadelos estão piorando.John imediatamente se sentou e como sempre, mentiu.— Eu
Todo o corpo de Ayla estremeceu ao ouvir as palavras de Shade. Ele dizia que conseguia ver que as duas personalidades de Xander a amavam, e uma parte de Ayla também sentia isso toda vez que estava com ele. Mesmo Xander sendo grosseiro, olhando para trás, ela poderia diferenciar os dois? O que era aquilo em seu coração? A loba colocou uma mão sobre seu coração, que batia mais forte a cada segundo, enquanto os pensamentos se atropelavam em sua mente. — Você precisa decidir, princesa. Não vou obrigá-la a retornar comigo para o seu companheiro, mas saiba que se for até o comandante, haverá uma rebelião. Xander e os que o seguem, vão lutar. Agora todos sabem quem ele é, não duvide que haverá muitos que vão estar ao lado dele, mesmo sendo filho de Lance. — Declarou Shade. — Se ela retornar, ele vai matar o bebê dentro dela. Ele não irá querer fortalecer a linhagem do comandante, quando se casou com ela, jurou que seu primeiro filho com Ayla seria o herdeiro do comandante. — Boyd interrom
Ayla abriu os olhos e não precisou perguntar sobre o que os dois machos falavam, no instante que sentiu o cheiro no ar, ela sabia que a violência estava pairando ao redor dos dois lobos. Darion estava com o olhar firme, fixo em cada movimento de Shade, que parecia estar calmo, mas firme.A loba ainda se sentia fraca, mas levantou a cabeça, sua voz saiu fraca demais até para si mesma. Ela estava congelando, mesmo com a fogueira. Seria por causa da gravidez? A única coisa que ela sabia era que seu coração parecia estar ardendo de repente.— O que estão fazendo?Os dois machos se voltaram para ela, mas o olhar mais significativo foi o de Darion.O que havia de errado com ele, afinal? Ele estava parecendo tão preocupado com ela, quando todos os dias que passaram juntos ele parecia querer manter uma distância dela, mas parecia diferente desde a revelação sobre Xander. Estava concordando por vontade própria de ir até o comandante.Darion diminuiu a distância entre os dois e se agachou ao la
Draven a observava com atenção, e de modo ousado puxou suas mãos como se quisesse verificar se ela estava realmente bem.Gracie se sentiu sufocada com aquela atenção repentina, e puxou as mãos dele.— Estou perfeitamente bem, Sr. Long.O macho sorriu, e Catherine olhou de um para outro.— Ah! Vocês já se conhecem?Draven explicou brevemente a situação em que se encontraram, e Catherine assentiu.— Draven e seus primos e irmãos são convidados do meu pai, estão fechando alguns negócios juntos.— informou ela.Um silêncio constrangedor se instalou, enquanto Gracie estava na mira do olhar do macho.Ele queria algo dela, ela podia sentir.— Estávamos indo caminhar no jardim, o dia está bonito, quer vir conosco, Draven? — perguntou Catherine.Gracie começou a pensar em uma desculpa para não ir, quando Draven respondeu:— Eu adoraria.A loba sorriu sem graça e o trio seguiu para o belo jardim.Catherine mostrou as flores, as árvores, e como passou a infância brincando ali com os seus irmãos.
Gracie estava refém daqueles olhos.E a cada instante sendo segurada por aqueles braços, sendo envolvida naquele calor que emanava dele, era um segundo mais perto de perder sua sanidade, e junto a ela, sua dignidade.Era enlouquecedor estar diante do que tanto ansiou, imagine desejar tanto alguém, por tempo suficiente para acreditar que jamais o teria, e agora, estar em seus braços.E não havia qualquer garantia que aquele momento fosse se tornar algo a mais, e mais uma vez, ela viu como era fácil se iludir e imaginar uma vida com Henry.Bastava apenas ele a olhar com aqueles olhos verdes luminosos, e a segurar daquela forma, e então, tudo que ele dissesse, Gracie acreditaria, como uma tola.— Nunca mais beba daquele jeito se eu não estiver por perto. — A voz dele era ameaçadora, e ao mesmo tempo seus olhos pareciam vulneráveis.Uma verdadeira contradição. O tom de suas palavras poderia soar como uma ameaça, e talvez fosse, mas a loba não sentiu qualquer medo.Pelo contrário, aquilo a
Ayla sentiu o cheiro de mofo e ouviu ratos correndo pela estalagem assim que chegaram no próximo vilarejo. Era noite quando chegaram, uma fina chuva caia ao redor deles, Darion se colocava a frente enquanto entregava algumas moedas ao estalajadeiro. A loba olhou ao redor, para todos os machos que estavam bebendo e comendo na estalagem, seus olhares recaiam sobre ela vez ou outra, alguns mais insistentes que outros. Ela conseguia sentir a excitação vinda deles e um ímpeto de xingá-los quase a dominou. Suas roupas estavam molhadas e fedidas, seu cabelo estava ressecado e insosso e certamente seu rosto não devia estar em melhor aspecto, ainda assim, aqueles machos a olhavam. Apenas os deuses poderiam entender a natureza louca dos lobos, mesmo tendo sentidos tão aguçados, ainda se comportavam como loucos. Darion pegou a chave do macho a sua frente, que desviou seu olhar para a princesa ao seu lado, assim que as mãos do estalajadeiro tocaram as de Darion, o macho apertou a mão do dono da
Ayla sentiu que suas bochechas queimavam com tanta intensidade que não poderia ser possível. Afinal, ele não poderia ler seus pensamentos, mas pela sua reação e palavras era como se o desgraçado pudesse. De repente, Darion se sentou e a olhou, sua testa estava franzida e ele disse: — Você não vai nem sequer tenta negar? Havia uma certa indignação em seus olhos, mas ele a havia colocado contra a parede. Graças aos deuses, ou ao bebê, seu estomago roncou tão alto que ela colocou as mãos nele e Darion se levantou. Infelizmente, ele não teve a menor decência de segurar a manta ao redor da cintura. Ayla se virou novamente. — Será que poderia parar de fazer isso? — Você não precisa olhar. Ela ouviu o farfalhar das roupas úmidas sendo vestidas novamente, em seguida das botas. Quando teve a certeza de que ele estava vestido, ela se virou a tempo de vê-lo caminhar em direção a porta. — Aonde você vai? Sem se virar ou diminuir o ritmo, ele respondeu: — Alimentar esse pequeno lobinho
Gracie não conseguia parar de olhar para Henry, quando ele a colocou não tão delicadamente na cama, seu coração saltou diante da visão do macho. Henry tinha ombros largos, seus braços poderosos mesmo sobre a camisa. Seus músculos fortes e seu olhar verde intenso parecia a despir sem qualquer dificuldade. O lobo logo subiu na cama, suas mãos grandes e ásperas percorreram o corpo de Gracie, que estava ardendo de desejo, seus olhos dourados mais escuros, inebriados com a expectativa. As mãos de Henry agarraram um de seus seios, a fazendo arquejar, seu dedo brincando com a pérola rosada, sua outra mão descendo por seu ventre até encontrar sua cintura, ele a apertou ali, fazendo seu sangue correr mais rápido. O macho desceu mais, sua mão acariciando sua coxa direita enquanto subia lenta e dolorosamente o seu vestido. Ela não sabia dizer quantas vezes sonhou com aquele momento, quantas vezes acordou no meio da noite com lágrimas nos olhos ao perceber que havia sido apenas um sonho. Os d