Ayla abriu os olhos e não precisou perguntar sobre o que os dois machos falavam, no instante que sentiu o cheiro no ar, ela sabia que a violência estava pairando ao redor dos dois lobos. Darion estava com o olhar firme, fixo em cada movimento de Shade, que parecia estar calmo, mas firme.A loba ainda se sentia fraca, mas levantou a cabeça, sua voz saiu fraca demais até para si mesma. Ela estava congelando, mesmo com a fogueira. Seria por causa da gravidez? A única coisa que ela sabia era que seu coração parecia estar ardendo de repente.— O que estão fazendo?Os dois machos se voltaram para ela, mas o olhar mais significativo foi o de Darion.O que havia de errado com ele, afinal? Ele estava parecendo tão preocupado com ela, quando todos os dias que passaram juntos ele parecia querer manter uma distância dela, mas parecia diferente desde a revelação sobre Xander. Estava concordando por vontade própria de ir até o comandante.Darion diminuiu a distância entre os dois e se agachou ao la
Draven a observava com atenção, e de modo ousado puxou suas mãos como se quisesse verificar se ela estava realmente bem.Gracie se sentiu sufocada com aquela atenção repentina, e puxou as mãos dele.— Estou perfeitamente bem, Sr. Long.O macho sorriu, e Catherine olhou de um para outro.— Ah! Vocês já se conhecem?Draven explicou brevemente a situação em que se encontraram, e Catherine assentiu.— Draven e seus primos e irmãos são convidados do meu pai, estão fechando alguns negócios juntos.— informou ela.Um silêncio constrangedor se instalou, enquanto Gracie estava na mira do olhar do macho.Ele queria algo dela, ela podia sentir.— Estávamos indo caminhar no jardim, o dia está bonito, quer vir conosco, Draven? — perguntou Catherine.Gracie começou a pensar em uma desculpa para não ir, quando Draven respondeu:— Eu adoraria.A loba sorriu sem graça e o trio seguiu para o belo jardim.Catherine mostrou as flores, as árvores, e como passou a infância brincando ali com os seus irmãos.
Gracie estava refém daqueles olhos.E a cada instante sendo segurada por aqueles braços, sendo envolvida naquele calor que emanava dele, era um segundo mais perto de perder sua sanidade, e junto a ela, sua dignidade.Era enlouquecedor estar diante do que tanto ansiou, imagine desejar tanto alguém, por tempo suficiente para acreditar que jamais o teria, e agora, estar em seus braços.E não havia qualquer garantia que aquele momento fosse se tornar algo a mais, e mais uma vez, ela viu como era fácil se iludir e imaginar uma vida com Henry.Bastava apenas ele a olhar com aqueles olhos verdes luminosos, e a segurar daquela forma, e então, tudo que ele dissesse, Gracie acreditaria, como uma tola.— Nunca mais beba daquele jeito se eu não estiver por perto. — A voz dele era ameaçadora, e ao mesmo tempo seus olhos pareciam vulneráveis.Uma verdadeira contradição. O tom de suas palavras poderia soar como uma ameaça, e talvez fosse, mas a loba não sentiu qualquer medo.Pelo contrário, aquilo a
Ayla sentiu o cheiro de mofo e ouviu ratos correndo pela estalagem assim que chegaram no próximo vilarejo. Era noite quando chegaram, uma fina chuva caia ao redor deles, Darion se colocava a frente enquanto entregava algumas moedas ao estalajadeiro. A loba olhou ao redor, para todos os machos que estavam bebendo e comendo na estalagem, seus olhares recaiam sobre ela vez ou outra, alguns mais insistentes que outros. Ela conseguia sentir a excitação vinda deles e um ímpeto de xingá-los quase a dominou. Suas roupas estavam molhadas e fedidas, seu cabelo estava ressecado e insosso e certamente seu rosto não devia estar em melhor aspecto, ainda assim, aqueles machos a olhavam. Apenas os deuses poderiam entender a natureza louca dos lobos, mesmo tendo sentidos tão aguçados, ainda se comportavam como loucos. Darion pegou a chave do macho a sua frente, que desviou seu olhar para a princesa ao seu lado, assim que as mãos do estalajadeiro tocaram as de Darion, o macho apertou a mão do dono da
Ayla sentiu que suas bochechas queimavam com tanta intensidade que não poderia ser possível. Afinal, ele não poderia ler seus pensamentos, mas pela sua reação e palavras era como se o desgraçado pudesse. De repente, Darion se sentou e a olhou, sua testa estava franzida e ele disse: — Você não vai nem sequer tenta negar? Havia uma certa indignação em seus olhos, mas ele a havia colocado contra a parede. Graças aos deuses, ou ao bebê, seu estomago roncou tão alto que ela colocou as mãos nele e Darion se levantou. Infelizmente, ele não teve a menor decência de segurar a manta ao redor da cintura. Ayla se virou novamente. — Será que poderia parar de fazer isso? — Você não precisa olhar. Ela ouviu o farfalhar das roupas úmidas sendo vestidas novamente, em seguida das botas. Quando teve a certeza de que ele estava vestido, ela se virou a tempo de vê-lo caminhar em direção a porta. — Aonde você vai? Sem se virar ou diminuir o ritmo, ele respondeu: — Alimentar esse pequeno lobinho
Gracie não conseguia parar de olhar para Henry, quando ele a colocou não tão delicadamente na cama, seu coração saltou diante da visão do macho. Henry tinha ombros largos, seus braços poderosos mesmo sobre a camisa. Seus músculos fortes e seu olhar verde intenso parecia a despir sem qualquer dificuldade. O lobo logo subiu na cama, suas mãos grandes e ásperas percorreram o corpo de Gracie, que estava ardendo de desejo, seus olhos dourados mais escuros, inebriados com a expectativa. As mãos de Henry agarraram um de seus seios, a fazendo arquejar, seu dedo brincando com a pérola rosada, sua outra mão descendo por seu ventre até encontrar sua cintura, ele a apertou ali, fazendo seu sangue correr mais rápido. O macho desceu mais, sua mão acariciando sua coxa direita enquanto subia lenta e dolorosamente o seu vestido. Ela não sabia dizer quantas vezes sonhou com aquele momento, quantas vezes acordou no meio da noite com lágrimas nos olhos ao perceber que havia sido apenas um sonho. Os d
Henry sabia que em algum momento teria que responder aquela pergunta, apenas não esperava que fosse justamente no momento de maior felicidade de sua vida.Os olhos de Gracie estavam brilhando com as lágrimas e Henry sentiu uma dor profunda e vergonha pelo que iria contar. Era vergonhoso e ridículo.— Conte me, Henry. Se existi alguém em seu coração, diga, eu imploro. — Gracie segurou em suas mãos, seu olhar dourado estava mais escuro e seu rosto se contorcia de dor.Aquilo quase o matou, saber que ele era a causa de tanto sofrimento, de tanta angústia.Henry baixou o olhar para as suas mãos grandes e ásperas cobrindo as de Gracie, que eram graciosas e delicadas.— Quando a guerra acabou, muitos dos meus conselheiros tentaram arranjar um casamento para mim, por causa da morte do meu pai e de Derek. Eles temiam que não houvesse mais herdeiros e a linhagem Taylor se perdesse. — começou ele, sua voz era distante. — Eu recusei todas as fêmeas que me foram apresentadas. Também rejeitei
Helena ouviu os passos de John antes que ele abrisse a porta, seus instintos de Banshee a alertaram do perigo segundos antes.O comandante invadiu seus aposentos empurrando a porta com violência, ela se levantou da cama que estava deitada com o coração aos pulos. A expressão de John era de fúria, ela nunca o vira assim, tão possesso. Helena sabia que enviar a jovem Carol para seus aposentos era arriscado, mas ela não sabia mais o que poderia fazer para garantir que o filho de Lance não chegasse a ser tornar comandante. Ela não poderia deixar Ayla nas mãos do lobo mais poderoso da ilha. Helena não poderia morrer em paz, se soubesse que deixou sua filha nas mãos de alguém como Lance...Assim que o pensamento de Lance Chase cruzou sua mente, todo o seu corpo estremeceu.— Comandante, não devia estar ocupado agora? — ela perguntou.John bateu a porta com força.Ele atravessou o quarto em questão de segundos e a segurou pelo pescoço.Os olhos de Helena se arregalaram, ela segurou