A loba caminhou lado a lado com o macho, que parecia observava de canto de olho vez ou outra.Eles não falaram durante o trajeto pelo Forte até seus aposentos, e ela não se incomodou com o silencio dele.O que não saía de sua mente era o fato de ter visto a morte de Damian Callum. Sim, ela tinha certeza de que ele morreria em breve, e aquilo fazia seu coração ser comprimido em seu peito.Contudo, não estava pronta para ser vista como uma Banshee que via a morte, princesa ou não, ela não estava pronta para aquele destino.Sabia o que significava prever a morte de alguém, e o que seria cobrado dela. E se o seu companheiro tivesse a certeza disso e quisesse usar aquilo para conseguir terras e ouro? Ela iria querer viver uma vida onde teria que ver os piores momentos das pessoas?Guardaria suas visões para si, consequentemente, em algum momento talvez parasse. Ela não deveria estimular aquilo.Não queria viver em um mundo de sombras.Quando chegaram em seus aposentos, ela entrou e olhou p
Ela estava realmente falando sério? Aquela loba não iria tentar impedir a morte do próprio companheiro?— Eu sei que não deseja contrariá-lo, mas a senhora precisa ter coragem para isso, caso contrário irá perdê-lo. — Ayla insistiu, acreditando que a hesitação da outra era porque as lobas não gostavam de contrariar seus companheiros.Contudo, ela precisava preservar pela sua vida.Gracie sacudiu a cabeça e a olhou intensamente nos olhos.— Receio que você não tenha me compreendido. Eu não quero impedi-lo.Ayla abriu e fechou a boca, em seguida puxou suas mãos das da fêmea e se levantou.Seu rosto se contorceu em uma expressão de incredulidade e asco. Como ela poderia dizer aquelas coisas sobre seu companheiro?— Ele é seu companheiro!— Não faça nada. Jure que não contará isso ao seu companheiro, ou ele talvez tente avisá-lo. Jure! — A loba se levantou repentinamente e puxou suas mãos, as apertando.Seus olhos grandes e dourados estavam em súplica e sua expressão distante e f
Quando ela ouviu aquelas palavras, seu corpo congelou por um segundo, então, antes que pudesse negar tal coisa, a voz firme de Jornet veio.— Ayla, venha para o banquete. O macho havia parado de caminhar quando notou que ela não o acompanhava, seu olhar estava sobre ela e seu pai, que eventualmente se afastou.A loba assentiu e caminhou até ele, que para sua surpresa, tocou sua cintura e caminharam juntos até o salão principal.A alcateia de Jornet foi guiada para seus aposentos para se lavarem e comparecerem ao banquete feito para eles.Fazia alguns dias que Xander havia decidido não deixar mais Ayla cozinhar, e aquilo pareceu muito conveniente para ela. Já que ela já havia aprendido a maior parte das coisas com Aldara. Será que sua intenção era apenas ensiná-la e não a punir?Era óbvio para Ayla que a vida daquele macho havia sido muito diferente.Eles seguiram para o salão e ela se sentou perto dele.Algum tempo depois, os servos começaram a entrar com bandejas de comi
Os passos da fêmea eram irritados e ela não fez qualquer questão de ser suave ao deixar o salão. Seu olhar era insolente e ela não precisava dizer para que todos soubessem de sua opinião sobre ele.Quando as portas do salão foram fechadas e apenas a alcateia ficou, Xander suspirou profundamente de modo involuntário ao perceber que não poderia mais olhar para a fêmea, ou desejar seus lábios... — Não devia ser tão rude com ela, Xander. — a voz de Darion o trouxe de volta de seus devaneios e ele se voltou para o macho.Zandrik ajudava seu irmão a se levantar, e que agora limpava a boca em um pano que o irmão lhe ofereceu.Xander se sentou de volta ao seu lugar e disse para Darion:— Não se esqueçam da razão desse casamento. Não é amor, seus tolos. Suas palavras eram voltadas para todos, mas apenas Darion rebateu:— Isso não é razão para que você não desfrute. Afinal, ela é graciosa e seu sangue é quente...Xander imediatamente fechou os punhos de modo involuntário, e Darion n
Ao ouvir suas palavras tão suaves, ela tentou se concentrar em sua raiva. Era extremamente difícil sentir raiva do macho quando ele a olhava daquela forma tão suave e terna. Parecia outra pessoa. Ela quase podia acreditar que ele nutria sentimentos por ela, o que não acreditava que era o caso. Ela reuniu sua coragem e determinação e disse: — Eu preciso passear. Não é certo me manter isolada e querer que eu obedeça a suas ordens sem questionar, eu sou sua companheira, não uma escrava. Não permito que me trate assim. Ela esperou que o macho rebatesse, que interrompesse ou reclamasse. Xander Jornet não fez nenhuma dessas coisas, apenas assentiu levemente e disse: — Haverá um festival de inverno em um vilarejo não muito longe daqui. Quer vir comigo? Aquele convite a pegou totalmente de surpresa. Ela abriu a boca para responder, mas em seguida se calou. Porque ele estava sendo tão amável? O que ele queria? — Por quê? — ela perguntou. Ele pareceu confuso, e franziu o cenho. — Qu
O macho continuou beijando-a por mais alguns segundos, e lentamente seus beijos foram diminuindo, enquanto ele afastava seus lábios apenas o suficiente para sussurrar contra os lábios dela:— Eu sinto muito, minha preciosa.Ela abriu os olhos perplexa com o que o macho havia dito.Ele a havia chamado de “minha preciosa?”Ela olhou em seus olhos e não conseguiu acreditar em seus olhos e ouvidos.A expressão do macho era suave e apaixonada, e suas mãos estavam agora em seu rosto em concha, enquanto seu olhar permanecia constante nela.— Meu senhor... Eu não compreendo. Ela estava extremamente confusa com sua atitude, e ele estava se desculpando por alguma coisa, mas havia tantas coisas.Como ele poderia agir daquela forma tão estranha...Dorian Shade pigarreou, e só então ela se lembrou que o macho estava ali, observando toda a cena.Seu rosto queimou como fogo quando percebeu que estava se agarrando com Xander diante dos olhos do outro macho. Ela desviou o olhar para seus
TERRAS DO CLÃ CALLUM Gracie ainda ouvia as palavras da fêmea em sua cabeça. E embora os dias houvessem passado sem que Callum se decidisse sobre sua viagem para combater os vampiros, ela ainda tinha esperanças de que ele fosse. Por outro lado, em seu coração, ela se sentia dividida. Embora o odiasse e o macho apenas a fizesse mal, ela o deixaria morrer? A loba se deitou na cama e respirou fundo, de repente, a porta foi aberta e ela rapidamente se sentou. Diante dela estava Damian e sua expressão ao ver a jarra de vinho em sua mesa foi de fúria. O macho havia proibido que ela bebesse, já que todas as vezes que tinha que cumprir suas obrigações como companheira, estava com muito vinho em seu corpo. Isso a fazia não se lembrar de tudo... O macho caminhou até a mesa e pegou a jarra de vinho, então caminhou até ela na cama, e Gracie já suspeitava do que iria acontecer. A loba se levantou e se afastou da cama. O macho caminhou até ela e perguntou impaciente: — Por que me desobede
O vilarejo era repleto de calor, embora fosse o início do inverno, Ayla via o suor no rosto de algumas lobas enquanto faziam danças ousadas.Quando finalmente chegaram no local da enorme fogueira, Ayla ficou completamente deslumbrada com o que viu.Havia cerca de cinco fêmeas, todas usavam vestidos vermelho sangue, e seus cabelos estavam soltos e rebeldes.Elas dançavam como se fossem uma pluma, a mais alta delas tinha um corpo esguio e olhos penetrantes e castanhos.Seus cabelos eram de um tom de âmbar como o colar que Ayla usava, enquanto sua pele era de um tom intenso de oliva.Era como uma deusa, seu corpo se movia com sensualidade e espontaneidade, enquanto seus cabelos estavam esvoaçantes.Ela reluzia na luz da fogueira.Os movimentos das fêmeas eram graciosos, e Ayla ficou admirada quando outros machos se juntaram a ela em uma dança.Ela observou enquanto seus corpos se entrelaçam em uma dança mais erótica...As mãos de um dos machos percorrendo o corpo da fêmea de pele de oliv