Ajuda bem vinda

Lizandra

Todo nervosismo de uma noite em claro, escondida entre algumas árvores frondosas de uma praça estavam agora cobrando o seu preço. Aproveitei a luz do dia para tentar descansar um pouco e me sentei em uma calçada. No meio fio, e para tentar não chamar a atenção, escolhi um lugar que não havia tantas pessoas transitando, apenas alguns carros estacionados.

Mas antes do que eu imaginava, senti as lágrimas caindo em meu colo, incontroláveis. Gostaria de não chorar nesse momento, mas aparentemente não sou tão forte. O sono, a fome, o cansaço trouxeram o desespero. Foi impossível contê-lo agora.

Chorei… chorei e continuei a chorar baixinho. E pensar que apenas alguns dias atrás eu estava sentada na praia chorando por causa do traidor do Samuel, algo que agora parece tão pequeno comparado a tudo que estou vivendo após aquele dia.

Lembrar do réveillon me trouxe também a lembrança do Heitor e as lágrimas pareciam ter se intensificado ainda mais.

— Eu não sou uma golpista…. — lamentei
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