Capítulo 72Max, sentado confortavelmente em uma poltrona de couro no escritório, olhando pela janela, observava o movimento do lado de fora. Ele havia decidido mostrar a Natasha a beleza da fazenda brasileira, algo que ele mesmo tinha orgulho em manter e expandir. Queria que ela visse o quanto aquele lugar significava para ele, assim como o Texas. Embora estivesse em recuperação, sentia-se cada vez mais forte, e a ideia de um passeio parecia perfeita para iniciar essa nova fase juntos.— João — ele chamou um dos empregados ao passar pela porta. — Leve o jipe para a frente da casa. Vamos dar uma volta pela propriedade. Quero mostrar o lugar para Natasha.— Claro, senhor Max, já vou preparar tudo — respondeu o funcionário, saindo rapidamente para organizar o veículo.Enquanto Max aguardava Natasha descer e o empregado se desocupar, seu pensamento voltou ao irmão. Tinha uma leve suspeita de que Jack ainda não sabia de tudo o que havia acontecido sobre o acidente. Era raro que não se fal
Capítulo 73Assim que chegaram na casa, Max se virou para Natasha com um olhar calmo.— Vou voltar ao escritório para revisar alguns papéis da fazenda. Gostaria que você ficasse comigo lá, se não se importar — disse ele, com um leve sorriso.Natasha adorou a ideia, não só porque queria passar mais tempo com ele, mas também porque a biblioteca ficava no escritório. Ela se animou com a possibilidade de encontrar algum livro interessante enquanto ele trabalhava. Eles foram até o escritório, onde Max voltou a ficar na poltrona de couro, mergulhando nos documentos da fazenda.Natasha, por sua vez, começou a explorar a estante de livros que cobria uma parede inteira do escritório. Havia tantas opções que ela mal sabia por onde começar. Cada título que via despertava sua curiosidade. Pegava alguns livros, lia as sinopses e, de vez em quando, lançava um olhar rápido para Max, que estava focado em seus papéis.Max, por um instante, levantou o olhar e a observou com carinho. Ela estava tão conc
Capítulo 74Max sorriu ao ver a expressão concentrada de Natasha, completamente imersa na leitura. Ele se espreguiçou, sentindo o peso de um dia produtivo, e olhou para ela, percebendo o leve rubor em seu rosto.— Já anoiteceu e acho que é hora de fazermos algo mais interessante do que papéis e livros.Natasha fechou o livro, sorrindo ao perceber a intenção por trás das palavras dele.— O que tem em mente? — ela perguntou, seus olhos brilhando de curiosidade e expectativa.— Que tal jantarmos algo especial e depois aproveitarmos a noite juntos? — Max sugeriu, com um tom sedutor.Natasha assentiu, sentindo um calor crescente ao pensar no que aquela noite ainda poderia reservar.***Max sorriu para Natasha, sentindo-se grato pelo cuidado dela. Ele entrou no banheiro e começou a se despir lentamente. Natasha, com um olhar atento e carinhoso, entrou logo em seguida para ajudá-lo.— Posso te ajudar com isso? — ela perguntou, a preocupação evidente em sua voz.— Claro, querida — Max respond
Capítulo 75No dia seguinte, Max acordou sozinho na imensa cama, o silêncio preenchendo o quarto. Embora ainda sentisse sono, algo o impulsionava a se mover. Tirou as cobertas, colocando lentamente as pernas para fora da cama, os pés tocando o chão frio. Com um impulso ainda movido pelo sono, ele tentou se erguer. As pernas, ainda frágeis, vacilaram e ele precisou se segurar na beira da cama para não cair. O susto foi suficiente para espantá-lo do sono restante, e seu coração acelerou.— Mas... Como...? — ele murmurou, surpreso, olhando para as próprias pernas. Estava realmente se levantando sozinho.Max respirou fundo, sentindo o coração acelerar com a possibilidade de dar o próximo passo. Com um esforço tremendo, moveu uma das pernas, sentindo o peso do corpo se transferir, forçando os músculos a trabalhar. O passo foi curto, inseguro, mas foi o suficiente para aumentar sua confiança. Tentou mais uma vez, desta vez, um pouco mais firme.Ainda segurando a cama com uma mão, ele se erg
Capítulo 76Natasha respirou fundo, tentando encontrar forças que mal sabia onde estavam. Seu coração acelerava a cada passo que dava em direção à piscina, e, apesar de sua determinação, por dentro ela tremia de medo. Cada cena que poderia imaginar possível passava pela sua mente, mas o que mais a perturbava era como Max reagiria se ela realmente estivesse grávida.Uma gravidez com qualquer outra pessoa talvez não fosse um grande problema para ele, mas se fosse do filho dele, a situação mudava completamente. Isso a estava destruindo por dentro, e ela sabia que não poderia esperar mais.Com a decisão tomada, Natasha atravessou a casa a passos largos, focada em chegar até ele antes que sua coragem acabasse. Quando finalmente o encontrou, Max estava de bermuda, perto da piscina, usando uma bengala para se equilibrar. Seus movimentos, embora ainda lentos, estavam cada vez mais firmes e decididos. Ela ficou feliz ao vê-lo assim, sentindo orgulho de como ele estava recuperando suas forças.
Capítulo 77Max acariciou o rosto de Natasha com delicadeza, sentindo a maciez de sua pele enquanto se acomodava ao lado dela no sofá. Sua respiração ainda estava ofegante, e ele a olhou com desejo nos olhos, mas também com uma leve frustração.- Ainda não estou completamente recuperado - disse com a voz rouca e um sorriso no canto dos lábios. - Mas acredito que você seja uma excelente amazona.Natasha hesitou por um momento, o corpo ainda sensível das carícias, tentando processar o pedido dele.- Amazona? - ela murmurou, enquanto ele sorria, puxando-a mais para perto, encorajando-a com as mãos firmes em seu quadril.- Isso mesmo, senta aqui - ele repetiu com uma voz rouca, o desejo transparecendo em seus olhos.Mas antes que ela pudesse fazer qualquer movimento, os dois ouviram passos do lado de fora da porta. Natasha congelou e Max imediatamente ficou atento. - Onde está o patrão? Preciso falar com ele urgente - uma voz masculina ressoou do outro lado da porta.Max suspirou, claram
Capítulo 78Natasha ficou parada, segurando a maçaneta da porta, sem saber o que fazer. O coração dela batia descompassado, e, apesar do medo e da incerteza, tomou coragem para ir até Max. Enquanto se aproximava, o telefone dele tocou, interrompendo qualquer possibilidade de diálogo.— O quê? Espera um pouco... Como assim o Daniel vendeu o helicóptero? De um dia para o outro? Por que ninguém me disse nada? — Max apertava o telefone contra o ouvido, visivelmente irritado. — Eu sei que deixei uma parte dos meus bens no nome dele, mas isso não significa que ele pode agir assim sem me consultar! (...) Amanhã eu volto.Desligando o telefone com um gesto brusco, Max passou a mão pelo rosto, sentindo a raiva e o cansaço o consumirem. Ele estava à beira de explodir, com todos os problemas surgindo de uma só vez. Quando finalmente olhou em direção à porta, viu Natasha ali, parada, ainda vestindo aquele biquíni minúsculo que o deixava à beira da loucura. Ele sentiu a garganta se fechar e virou-
Capítulo 79Natasha segurou a pequena mala com tanta força que seus dedos doeram, mas a dor física parecia insignificante comparada ao que estava sentindo por dentro. Com passos hesitantes, caminhou até a porta e saiu da casa de Max. Seu coração pesava, o mundo ao seu redor parecia desmoronar. A felicidade que sentira ao estar com ele havia se desfeito tão rapidamente quanto havia começado, e agora ela se via envolta em uma tristeza sufocante.O funcionário, que estava de prontidão, percebeu o estado transtornado de Natasha e, com um olhar solidário, abriu a porta do carro. Sem dizer uma palavra, ele a ajudou a entrar e colocou a mala no porta-malas. O silêncio entre os dois era quase ensurdecedor. Ele também parecia triste, talvez por entender que a situação entre ela e Max estava longe de ser resolvida.Assim que o carro deu partida, Natasha encostou a cabeça no vidro, sentindo as lágrimas escorrerem pelo rosto. Três longas horas depois, o carro parou em frente ao seu prédio. O func