Capítulo 111Daniel acordou após ser puxado brutalmente para fora da cama, sua mente ainda confusa do sono. Os quatro homens da gangue o arrastavam sem compaixão, seus rostos marcados por cicatrizes e expressões de fúria. Ele tentava gritar, se debater, mas suas forças eram inúteis contra a brutalidade dos homens que o seguravam. Enquanto o arrastavam pelo corredor da prisão, ele conseguiu entender alguns dos murmúrios em italiano que trocavam entre si. O coração de Daniel acelerou ao ouvir a frase que o fez gelar:— O garoto deve morrer.— Não! — ele gritou, a voz embargada pelo pânico. — Esperem, eu posso explicar!Mas suas súplicas foram ignoradas. Eles o empurraram para dentro do banheiro, onde o cheiro forte de fumaça de charuto permeava o ar. Daniel viu um homem robusto, com um olhar intenso e ameaçador, sentado em um banco. O chefe da máfia, reconhecido por suas ações cruéis e por controlar tudo na prisão, tragava lentamente o charuto, observando Daniel com uma expressão de de
Capítulo 112No escritório, o detetive desligou o telefone com uma expressão séria no rosto. A notícia sobre Daniel Colt havia chegado rapidamente, e embora não fosse exatamente uma surpresa para ele, havia algo mais sombrio por trás da história que o incomodava. Carter esfregou a testa, tentando processar tudo.— Foi tarde... — murmurou para si mesmo. — Coitado do pai.Ele suspirou profundamente, sabendo que Max Colt agora teria que lidar com mais uma tragédia, além da tentativa de assassinato que quase tirou sua vida. Tudo apontava para um envolvimento de Daniel em algo muito maior.Carter observou a luz do telefone piscando novamente, mas ignorou por um momento. A situação exigia cautela. Ele sabia que precisaria informar a família Colt sobre o que havia acontecido com Daniel, mas aquilo exigia delicadeza.— Quanto mais fundo eu cavo, pior isso fica... — disse ele, em um tom resignado.Pegando o telefone novamente, ele digitou o número da Fashion Tech.Após alguns toques, a secretá
Capítulo 113O detetive John Carter sentia que estava se aproximando de uma revelação importante. O diretor do presídio, embora reticente, finalmente autorizou que Carter conversasse com Rico, mas sob a supervisão de policiais e na presença de um advogado, para garantir que tudo fosse feito dentro dos conformes. Rico era peça-chave para entender o que realmente aconteceu com Daniel Colt, e Carter sabia que precisava pressioná-lo para obter a verdade.No interrogatório, Rico foi conduzido à sala, claramente abalado. O homem suava e seus olhos vagavam inquietos pela sala, evitando o olhar direto de Carter. Ao ser informado de que, se não cooperasse, apodreceria na cadeia pelo envolvimento no crime, o medo finalmente tomou conta dele. O advogado presente trocou olhares rápidos com o detetive, sinalizando que era hora de começar.— Rico — começou Carter, sua voz firme, mas controlada —, você sabe o que está em jogo aqui. Daniel Colt está morto, e se você não colaborar, terá a morte dele e
Capítulo 114O detetive voltou ao seu escritório após uma manhã intensa no presídio. Com a confirmação da morte de Daniel Colt e as confissões de Rico, ele sabia que o próximo passo era preparar o funeral. Embora Daniel estivesse envolvido em atividades criminosas e tivesse traído sua família, Carter tinha que seguir o protocolo. Por mais sombria que fosse a situação, Daniel ainda era filho de Max Colt.Depois de revisar os papéis e verificar com o necrotério, Carter pegou o telefone e ligou para Natasha.— Natasha Colt? — Sua voz era grave, mas gentil. — Aqui é o detetive John Carter. Eu preciso informá-la sobre os preparativos para o enterro de Daniel.Natasha, do outro lado da linha, segurou o telefone com força. Estava sentada em uma cadeira ao lado do leito de Max, enquanto ele descansava. Ela suspirou, sabendo que esse momento inevitavelmente chegaria.— Sim, detetive, estou ouvindo — respondeu ela, tentando manter a calma.— O corpo de Daniel será liberado pelo necrotério amanh
Capítulo 115Jackson Colt, com seus dez anos, olhava para seu reflexo no espelho com olhos cheios de expectativa e orgulho. Ele ajeitava cuidadosamente o cabelo ruivo, cada fio colocado de forma precisa, tentando espelhar o estilo impecável de seu pai, Max Colt. Hoje era um dia especial para ele: seu primeiro dia na empresa com o pai. Queria estar tão apresentável quanto Max, um homem que ele admirava profundamente.Com a pasta nova em mãos, idêntica à de seu pai, Jackson desceu as escadas da mansão com um sorriso enorme no rosto. Ele estava ansioso para o café da manhã em família e, ainda mais, para o momento que viria depois, acompanhando Max ao trabalho pela primeira vez. Sentia-se como um adulto, pronto para aprender os negócios da família.Porém, ao se aproximar da porta da sala de jantar, seu sorriso desapareceu. Jackson parou no batente e ficou observando. Lá dentro, viu seu pai sentado à mesa, abraçado a sua mãe, Natasha. Max chorava silenciosamente, sua cabeça apoiada no ombr
Capítulo 116Foi nessa felicidade que Julia Colt nasceu, trazendo ainda mais alegria para a vida de Max. Ela era sua princesinha, e o fato de ter nascido no mesmo dia em que ele completava 57 anos fez com que ele se sentisse especialmente abençoado. Max não esperava mais ter filhos naquela fase da vida, mas a chegada de Julia renovou suas forças e seu amor pela família. A cada dia, ele se surpreendia com o quanto seu amor por Natasha, Jackson, e agora Julia, crescia. Ele se dedicava intensamente à família, e cada mês que passava, sentia-se mais realizado. Ver Jackson crescendo e Julia dando seus primeiros passos era como viver um sonho que nunca imaginou possível.Os anos se passaram, e Max se viu cercado de felicidade. Julia crescia saudável e esperta, encantando a todos com sua energia e curiosidade. Jackson, já um jovem adolescente, mostrava ser um reflexo do pai, tanto no caráter quanto na dedicação ao trabalho e à família.Max, olhando para tudo o que construiu, sabia que jamais
Capítulo 117Jackson olhou para a mulher à sua frente. Seus cabelos estavam sujos e desgrenhados, e o rosto exibia manchas de sujeira, assim como suas roupas, que rasgadas e maltratadas. Ele sentiu uma onda de compaixão ao perceber a situação em que ela se encontrava.— Você tem para onde ir? — perguntou, hesitando, mas acreditando que ela poderia ser uma moradora de rua.Ela apenas balançou a cabeça, negando. Lágrimas começaram a escorregar por seu rosto, criando um rastro de tristeza na sujeira que cobria sua pele. Jackson sentiu seu coração apertar ao ver aquela cena; a angústia dela era palpável, e ele sabia que, se a deixasse sozinha, o homem poderia voltar ou outros poderiam aparecer, e o destino dela se tornaria ainda mais sombrio.— Ei — disse ele, segurando suavemente o queixo dela e fazendo com que ela o encarasse. Quando seus olhos se encontraram, ele viu o profundo marrom de seus olhos, e algo naquele olhar o perturbou. Um arrepio percorreu sua espinha, como se uma conexão
Capítulo 118Após o jantar, Jackson e Sofia se acomodaram no sofá para assistir a um filme. Ele havia escolhido algo leve, uma comédia que deixou o clima descontraído. Enquanto as risadas ecoavam pela sala, ele se perdeu na presença dela. Sofia estava mais relaxada agora, sua risada leve e contagiante preenchia o ambiente.O filme continuou, mas, enquanto a história se desenrolava, Jackson começou a notar que Sofia havia se aninhado confortavelmente no sofá e, lentamente, seus olhos começaram a se fechar. Quando ele finalmente percebeu que ela havia adormecido, um sorriso suave apareceu em seu rosto. — Tão linda — ele murmurou, antes de cuidadosamente a levantar nos braços. Com todo o cuidado do mundo, ele a levou para o quarto e a deitou suavemente na cama. Observando-a por um momento, ficou surpreso com o quanto ela parecia tranquila agora, a expressão serena em seu rosto. Depois de garantir que ela estava confortável, Jackson decidiu que precisava trocar de roupa. Vestiu uma cami