Algo especial, te prepareiQue sei que vai surpreenderNesse aniversárioEu comerei seu coração.RBD - Feliz CumpleañosAlma DemiseO dia amanheceu ensolarado, em contraste com as nuvens e trovões sobre a minha cabeça. Já era ruim comemorar aniversário no meio da semana, pior era não comemorar. Christopher não falou nada sobre o assunto, mesmo após dormirmos agarradinhos, e eu não quis dar o braço a torcer.O miserável estava agindo como se fosse um dia comum. Nem piscou quando meu padrinho me desejou feliz aniversário ou quando Bella também o fez.“Não vou brigar com ele”. Esse foi o meu mantra a manhã inteira. Pois, apesar dessa pirraça ele foi muito gentil em cuidar de mim na noite em que pensei ter visto um homem no meu quarto. E o que foi aquele beijo? Sempre quando me lembrava, sentia meus lábios formigando de saudade.Balancei a cabeça para espantar a lembrança, hoje é dia de sentir raiva não desejo. Além de tudo isso, Lin estava com gripe e não estaria comigo. O colégio tenta
O som nos levou a uma praça. Havia uma banda com três rapazes tocando respectivamente bateria, guitarra e baixo. O do baixo também cantava. Perto deles um chapéu onde as pessoas colocavam dinheiro.Compramos sorvete, colocamos uma grana no chapéu e ficamos assistindo ao show.— Vou ali cumprimentar os caras, cuide das nossas coisas. — Nicolas disse, já se levantando.Fiquei olhando enquanto ele ia até os rapazes e conversava por alguns instantes. Ele voltou com um skate.— Já experimentou? — disse enquanto fazia algumas manobras.— Eu nunca pensei em suicídio — gracejei. Sabia que se colocasse o pé ali acabaria de cara no chão.— Vem! Hoje é dia de experimentar.Resmunguei um pouco, mas me deixei levar. Medo não era uma coisa boa para quem deseja novas descobertas.Foi muito bom, apesar de algumas quase quedas. No fim, consegui ficar em pé sobre o skate por quase um minuto.O som da banda começou novamente.— Galera, vamos tocar por mais alguns minutos antes de pegar a estrada. A prim
Passado – Parte 1Christopher VilardEu era um humano idiota que vivia para cuidar das poucas terras da minha família, tratar e alimentar animais de outros fazendeiros e aguardar o nascimento do meu herdeiro. Louise estava perto do momento do parto. Desde o momento em que se descobriu grávida, ela se resignou passando a viver em prol dessa criança. Parecia até feliz. E entendia que quanto mais me agradasse, menos castigos. Daria certo, se... Talvez essa fosse a vida perfeita para alguém, em algum lugar, só que essa pessoa não era eu. Constantemente discutia com Louise sobre qualquer coisa, a sorte dela era o meu medo de prejudicar a gravidez ou já estaria enterrada junto com a mãe.A vida se tornava cada vez mais inútil. E quando pensei que nada poderia mudar, em uma linda tarde, fui cotado como lanche por um vampiro. Isso mesmo. A existência de seres sobrenaturais há tempos deixou de ser apenas lendas, mas ainda acreditávamos que vampiros não apareciam no sol, por os ataques geralmen
Passado – Parte 2Usei pela primeira a velocidade dos vampiros. E é uma das melhores sensações. Pena que acabou rápido. Logo cheguei nos arredores da minha casa. Estava pensando em onde poderia ir com essa velocidade... quando vi.A cena que eu vi ao chegar em casa me levou a loucura. Ela estava sorridente como nunca, ao lado do pai que a abandonou. Eram como uma família feliz. Eles sorriam os sorrisos que deveriam ser meus, sentiam o amor que eu queria sentir desde que me entendo por gente, e cheguei a acreditar que nem existia. Sem pensar em nada, os ataquei. Não desejava mais sangue depois de drenar meus captores, por isso apenas destrocei seus corpos como um animal selvagem. Nada me fez parar, nem mesmo o bebê completamente formado e morto na barriga aberta de Louise. Só quando me vi diante da cena grotesca que entendi o quão vazio de sentimentos eu sou. Talvez seja por isso que ninguém nunca me amou. Como me amariam, se nem eu mesmo consigo me amar?Agora o meu destino já estava
Eu te amei ao ponto de mal conseguir respirarVocê me atingiu como uma flecha envenenada de amorEspalhando esse venenoMe nocauteandoMe deixando ao chãoAos seus pés.Christopher VilardDecepção é um sentimento agoniante. Ainda mais quando sei que eu não podia esperar nada de Alma. Ela não era obrigada a adivinhar que eu queria surpreendê-la. Mas era obrigada a me obedecer e cuidar da própria segurança. Foi por isso que ao vê-la com um estilo ridículo e me olhando com pena, perdi o controle.A mesa foi parar na parede e caiu fazendo barulho. Estava tudo no chão; flores, comida, bebida. A única coisa bela naquele cenário, estava destruída.— Christopher, eu...— Vai embora, Alma! Não estou com ânimo para as suas infantilidades. Hoje não. — Olhar para o seu cabelo rosa me deixava ainda mais irado.— Desculpe. — Foi tudo que ela disse, com uma voz que era quase um fio. Foi só nesse momento que percebi que ela estava chorando. A luz das vê-las não ajudava muito.Deixei minha parte lobo
Fui contra as correntes da minha maldiçãoQuero ser diferenteQuero sair da caixaVoar, amarSolidão nunca mais.Christopher VilardDeixei o carro na frente da luxuosa sede do Conselho.Ninguém tentou me parar enquanto eu seguia para a sala onde os membros costumavam se reunir exatamente nesse horário.Os seguranças me olharam.— Abra! — ordenei.— Precisamos anunciar a sua presença — um deles disse.Um sorriso de canto escapou dos meus lábios. Assim que ele piscou seu coração já estava em minha mão. Eu precisava matar alguém e ele teve o azar de se colocar no meu caminho.— De mau-humor, Vilard? — uma voz disse atrás de mim. Era Dougllas.Joguei o coração no chão, junto com o corpo que já havia caído. Me virei devagar lambendo os dedos sujos de sangue.— Apenas não gostei da atitude do seu segurança lobo. Devia colocar apenas híbridos ou vampiros, pois acho que ter um coração completamente vivo atrapalha — falei calmamente. Matar me fez bem. — E você, atrasado como sempre.— Vamos en
Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimasQuando você gritou eu lutei contra todos os seus medosEu segurei a sua mão por todos esses anosMas você ainda tem tudo de mimMy Immortal - EvanescenceAlma DemisePrecisei fugir daquela conversa, apesar de querer irritar Christopher. A minha existência causava muita confusão e mortes, e por bobagens. Sou apenas uma humana. Não sei o que todos esperam de mim. Às vezes me pego perguntando se o melhor seria simplesmente deixar de existir. Pensamentos que logo eram deixados de lado, pois nunca escolheria o caminho mais fácil, principalmente se esse caminho me levava para longe do meu híbrido idiota. Fala sério! Nunca imaginei que o amaria tanto. Ainda recordava do dia em que cheguei na mansão completamente apavorada com a possibilidade de ter sido entregue a um criminoso louco. Soa até irônico quando penso que falto me jogar sobre ele.Não estava tão irritada com ele, pelo que houve com Agatha, como demonstrava. Fiquei muito satisfe
Christopher VilardPassaram vários meses. Alma estava perto de completar vinte anos. Seguíamos tentando nos manter na linha. E estava cada vez mais difícil. Depois da primeira vez que provei o seu sangue, só o fiz mais uma vez. Eu não era tão bom em controle. E a sentia se derramar de prazer. Ou seja, seu sangue era algo que eu devia evitar se não quisesse esquecer tudo e me perder em suas curvas suaves, em seus lábios macios.A porra da profecia estava completamente errada. Vinte e um anos, um caralho! Eu a desejei durante dias, meses, anos... Parecia uma eternidade.E eu a quero agora. Tanto que tomei uma decisão. A teria no seu aniversário de vinte anos. Seria o meu presente para nós dois.Vinte é o novo vinte e um. Esse era o meu pensamento enquanto via Alma toda empolgada com os preparativos para a festa. Eu, Christopher Vilard, dando festas para humanos. O que essa garota fez comigo?O dia chegou. Tudo estava preparado. Reservei um chalé nas montanhas, para onde a levaria depois