O que me alegra é a saberque muito em breve não haveráousadia em seu rostinho.Alma DemiseQuando despertei não havia mesa, praia, casa, nada do cenário de segundos atrás. Pelo menos acho que foi segundos.Olhei para os lados e vi minha família e meus amigos. Estávamos em um lugar cheio de pilastras onde predominava a cor branca no chão e nas construções. Parecia a ruina de algo.— O que houve? Que lugar é esse? — perguntei sem direcionar a alguém em específico. Só estava confusa.— Estamos no Olimpo. Em uma parte destruída há muito tempo. — Foi meu pai quem respondeu, ao mesmo tempo em que segurava com força a mão da minha mãe.Christopher agarrou minha cintura. Como se a menção ao lugar fosse fazer surgir perigos instantâneos.— Fiquem atentos. Não estamos aqui por acaso.Mal meu pai terminou de falar, um raio surgiu no horizonte e caiu em nossa frente. Dele surgiu um homem branco, porém um pouco brilhante, como se houvessem espalhado ouro em sua pele estrategicamente, barba branc
Minha menina correupara o imbecil e desmaiou em seus braços,voltando ao seu normal.Alma DemiseO raio veio em minha direção. Esperei a minha destruição, ou ao menos o impacto mais forte que o anterior. Não veio. O meu corpo absorveu o raio completamente.Meu corpo todo estremeceu como se correntes elétricas o percorressem. Olhei para os meus braços e os vi como se minhas veias fossem feitas de raios. Não só no braço. Todo o meu corpo exalava o poder que vinha daqueles raios, que agora iluminavam o céu.— Alma... — Christopher me olhava incrédulo. Em outra ocasião, ele estaria possesso por eu ter me colocado em perigo. Mas no momento estava curioso sobre aquilo.Olhei para os meus pais. Eles estavam paralisados como se vissem uma coisa de outro mundo, assim como nossos amigos, assim como Zeus e seus seguidores.Um vento suave espalhou meus cabelos. Tudo parecia em câmera lenta. Com o vento pude notar uma mecha do meu cabelo. Ele estava branco. Segurei a mecha e olhei para o meu mar
Não me interessa o que aconteceu.Ela é minha filha, só minha.Alma DemiseAcordei de um sonho estranho onde eu estava parada em um lugar onde não havia nada além de trevas, depois me via entre nuvens repletas de raios e por fim não havia nada além do sentimento de paz e plenitude.A primeira coisa que vi foi o rosto do meu amor. Ele me olhava entre preocupado e aliviado.— Minha filha, você está bem?Estranhei que essa pergunta partiu de Zeus. Ele e meu pai se acotovelavam para ver quem se aproximava mais. Uma cena ridícula. Era como se eu estivesse assistindo uma das comédias que os humanos produziam sobre os deuses.Olhei ao redor. Havia tanta gente que pensei se tratar do meu velório. Só isso explicaria eu achar que Zeus me chamou de filha.— Não me interessa o que aconteceu. Ela é minha filha, só minha. — Meu pai declarou.— Não foi o que eu vi. Ao que parece você protegeu a minha filha de mim esse tempo todo.Eles começaram a discutir de forma violenta. Zeus com um raio pronto p
Realmente estou me tornando igualzinho ao seu pai.Christopher VilardNão consigo nem mensurar a alegria que senti ao ouvir aquele ser estranho afirmando que nada no mundo mataria a mulher que amo. Somente eu tenho esse poder, o que significa que ela nunca vai morrer e que tenho que cuidar mais de mim, afinal literalmente somos ligados.Depois que saímos do Olimpo, Hera e Hades nos deixaram na casa onde estávamos antes. Bella, Allan, Lin, Luke e nossos filhos optaram por voltarem para a cidade. Sem mais ameaças a vida deles, Alma me convenceu a deixá-los ir. Não fiquei muito feliz. Pedi a Nicolas para ficar de olho no humano, mas já percebi que ele fica cego quando a Lin aparece. Como culpá-lo?— Sei o que está pensando. E não adianta lutar contra. — Alma me abraçou apertado logo que eles se foram.— Realmente estou me tornando igualzinho ao seu pai — resmungou.— Fiquei sabendo que praticamente todos os homens são assim com suas crias.— E soube alguma cura para um pai deixar seus f
Eu não vou aceitar.Depois de todos os beijos,de tudo que ele me fez sentir.Ele não pode fazer isso comigo.Samara VilardFui uma das pessoas que insistiu em retornar para casa. Apesar de toda a confusão com deuses e dois avôs, eu era egoísta o bastante para estar ansiosa pelo tal luau que Luke me convidou. O que acabou não acontecendo.— Samara, você deve estar exausta com tudo o que aconteceu. — Luke segurava as minhas mãos, logo que chegamos na minha casa. — E apesar de ter sido curado pelo poder daqueles deuses, também estou.Adeus luau.— Deveria ir para sua casa descansar. — Beijei seu rosto. Não dava para insistir se ele não estava a fim. — Vá. Farei o mesmo.Pura mentira. Eu queria era ficar com ele, queria que seus amigos nos vissem juntos, então, para não parecer uma louca obsessiva, não mencionei o que seria nosso primeiro encontro como namorados. Haveria outras oportunidades.Mais tarde, Nicolas também se foi. Não sem antes me perturbar.— Você está parecendo um zumbi pe
Não posso perdê-lo.Alma Demise— Se vocês sorrirem mais vão acabar com a cara torta. — Nicolas disse rindo da irmã que estava grudada a um Luke que ficou muito bem como vampiro.Estávamos na casa de Luke. Ele convidou a todos porque queria pedir a permissão para se casar com Samara.Claro que fiquei sabendo antes. Samara me contou para amaciar seu pai. Ele fez seu showzinho de sempre, mas acabou aceitando não matar ninguém. Perderíamos nossos dois filhos praticamente ao mesmo tempo, pois Nicolas informou que muito em breve partiria para conhecer o mundo ao lado de Lin. E apesar de saber que isso já era esperado, tive vontade de agarrá-los e não soltar.— Cala a boca! — Samara jogou uma almofada no irmão.Nossa reunião era uma cena linda de se ver. Bella não cabia em si de felicidade por seu filho ter deixado de ser um humano frágil.Christopher podia até negar, mas éramos um exemplo em questão de união quando se trata de família e amigos, tirando as surpresas recentes e os erros de u
“Minha amada deusa.Dona de tudo em mim.”Alma DemiseTudo em mim era desespero. Sequer sabia qual rua era aquela pela qual corria. E nem reagi quando braços me envolveram.— O que está acontecendo, minha filha?Levantei a cabeça e me deparei com o rosto de Zeus. Ele sentiu a minha dor? Como? Preferia que fosse meus pais, mas não tive força para me afastar daquele abraço.— Alma? — mãos tocaram minhas costas e me vi entre minha mãe e meus dois pais.— Ele está sofrendo. Eu sinto. Me ajudem, por favor. — Minha voz saia afetada pelo choro incontrolável.— Calma. Vamos cuidar de tudo. Vai para casa com sua mãe, que Hades e eu cuidaremos...— Não. — O interrompi. — Eu vou com vocês.Uma angustia me fez levar a mão ao peito e quase ceder diante da moleza em minhas pernas.— Alma? — eles falaram ao mesmo tempo.— Vamos de uma vez. Ou será tarde demais. — Zeus declarou.O termo tarde demais parece que os despertaram para a realidade de que a filha deles estava prestes a deixar de existir. Nã
Era uma vez um príncipe cruele uma princesa teimosa...Bella— Era uma vez um príncipe cruel e uma princesa teimosa... — comecei a história, mas fui interrompida.— A princesa era bonita, vovó? — a voz infantil e sonolenta questionou.— Era linda. A mais linda entre todas as princesas.— E o príncipe?— Também era lindo.— Mas ele era mau. Por que ele era mau?— Porque ainda não havia encontrado a princesa. A vovó vai contar a história toda, gatinha.— Tá bom. Quero que ele encontre a princesa e seja bonzinho.Sorri vendo minha netinha se aconchegando com seu cobertor cor de rosa com desenhos de pequenos morcegos brancos. Ela era o milagre que brigávamos para dividir. Meio vampira, como a mãe. Concebida na primeira noite de Luke e Samara, antes que ela o transformasse e acabasse a chance de terem filhos.Em uma versão infantil, contei a ela a história de amor eterno de Alma e Christopher, com a qual convivi.A pequena Sol tentava ao máximo se manter acordada, mas dormiu logo que o pr