Isabella Maziero Rossi Isabella sentia a água invadir suas narinas, preenchendo seus pulmões de forma sufocante enquanto era arrastada pela correnteza implacável. Cada tentativa de erguer a cabeça resultava em mais água, mais desespero. As mãos de PH, antes firmes em sua pele, soltaram-se, e ela percebeu, em meio ao caos, que estava completamente à mercê do mar. O pânico a dominou, seu corpo sendo levado sem resistência, como se fosse apenas um pedaço de madeira à deriva.Por um instante, o mundo ao seu redor parecia ter parado. Não havia mais som, apenas a sensação gélida da água e o vazio crescente que tomava conta de sua mente. Sua visão começou a escurecer, e Isabella sentiu que estava se afastando de tudo, afundando em um abismo sem fim.De repente, algo firme e quente a envolveu. Um braço forte, seguro, puxou seu corpo flácido para cima. Ela tentou abrir os olhos, mas a visão estava embaçada, a escuridão ainda a envolvendo. Um rosto familiar, desesperado, tomou forma à sua fren
Isabella Maziero Rossi Isabella ainda tentava organizar as memórias confusas das últimas horas em sua mente. A voz daquela mulher misteriosa continuava ecoando, cada palavra gravada na sua memória. Havia algo na entonação, um sotaque ou uma inflexão que parecia tão familiar, mas, por mais que tentasse, não conseguia lembrar de onde conhecia aquela voz.“Mas você não tem ideia de quem seja?” Marcos perguntou, a preocupação estampada em seus olhos.“Não, eu a ouvi conversando, mas não tenho ideia de quem seja,” respondeu Isabella, com um suspiro exausto.“Vamos descansar. Você deve estar exausta.”Ela adormeceu quase instantaneamente, o peso do cansaço finalmente vencendo as preocupações que ainda assombravam sua mente. O sono durou pela manhã e uma parte da tarde. Quando Isabella acordou, sentiu um vazio ao seu lado na cama. Sofia e a babá estavam em outro quarto, e Marcos não estava lá. Ela pegou o celular e ligou para ele.“Marcos, onde você está?” perguntou, com um toque de ansieda
Isabella Maziero Rossi A brisa do mar tocava suavemente a pele de Isabella enquanto ela caminhava ao lado de Marcos pela areia macia da praia. O som das ondas quebrando nas pedras, ritmado e constante, preenchia o ar com uma melodia tranquilizadora. A lua brilhava intensamente no céu, como uma guardiã silenciosa da noite, e as estrelas, pontilhadas em um fundo de veludo negro, pareciam vigiar os passos dos dois amantes.Marcos parou repentinamente, segurando a mão de Isabella com firmeza, e a puxou para mais perto. Seus olhos, escuros como o mar à noite, refletiam a luz da lua, e havia algo de urgente, quase primitivo, em seu olhar."Estou louco para fazer amor com você," ele murmurou, a voz baixa e rouca, carregada de desejo.Isabella sentiu o calor subir por seu corpo, sua respiração acelerou, e um arrepio percorreu sua espinha. Havia algo de proibido, de selvagem, naquela proposta. "Eu nunca fiz amor na praia," ela confessou, seus lábios entreabertos enquanto sentia o magnetismo d
Isabella Maziero Rossi Isabella estava exausta, mas a inquietação em seu coração não a deixava descansar completamente. A conversa que ouvira entre aquela mulher desconhecida, PH e Muriçoca não saía de sua mente. Ela sabia que aquilo tinha um significado profundo, mas a conexão permanecia um mistério. Ao compartilhar tudo com Marcos, ela percebeu a preocupação nos olhos dele.“Eu queria que você e Sofia aproveitassem mais a viagem e essa praia deliciosa, mas acho melhor voltarmos para casa. Lá, sei o que fazer é o meu território, aqui tenho aliados, mas eles podem mudar de lado a qualquer momento.”Isabella concordou, entendendo a gravidade da situação. “Se for para o bem da nossa filha, eu concordo com você.”Eles passaram uma noite aparentemente tranquila na ilha, mas a tensão estava no ar, como uma tempestade iminente. Quando o sol mal havia surgido no horizonte, o helicóptero já estava pronto para decolar. Marcos, sempre eficiente, não queria perder tempo. Era hora de voltar para
Isabella Maziero Rossi Isabella despertou devagar, a mente lutando para emergir da escuridão que a envolvia. Ela piscou algumas vezes, sentindo a maciez do sofá sob seu corpo, e logo reconheceu que estava na casa dos Maziero. O ambiente era familiar, mas o desconforto naquele lugar era visível. Ao lado dela, Marcos segurava sua mão com firmeza, os olhos verdes dele irradiando preocupação.“Você está bem, Isabella?” Marcos perguntou, a voz suave, mas carregada de tensão.Ela assentiu, tentando afastar a sensação de desorientação. “Estou bem, Marcos.”Ele não parecia convencido. “Vamos para casa. Vou chamar um médico. Estou preocupado com você.”Isabella estava prestes a concordar quando percebeu o olhar do tio fixo nela. Ele balançou a cabeça sutilmente, um sinal claro de que não a deixaria partir. A raiva cresceu dentro dela, um fogo alimentado pela frustração de estar nas mãos daquele homem desprezível.“Vamos ficar para o jantar, Marcos. Eu estou bem,” Isabella disse, tentando cont
Isabella ainda estava abalada depois da visita inesperada de Marta Ferrari e seu tio. A presença daquela mulher na mansão a deixou tensa, como se o mundo ao seu redor estivesse desmoronando. Quando a porta da sala se fechou, Isabella se encostou ali, o eco da ameaça de Marta ainda pairava no ar. O rosto de Sofia, confuso e assustado, fez Isabella sentir um peso enorme no peito. Ela sabia que tinha que proteger sua filha, custasse o que custasse."Vem, querida, vamos para dentro," disse Isabella, pegando Sofia pela mão e conduzindo-a para o interior da casa. Cada passo que dava parecia um lembrete da prisão invisível em que estava, uma onde sua própria família era tanto o carcereiro quanto o prisioneiro. "Por que aquela mulher quer me levar daqui, mamãe?", perguntou Sofia, sua voz pequena e cheia de medo.Isabella parou, agachando-se na altura da filha, e a abraçou com força. "Eu não sei, meu amor, mas eu prometo que não vou deixar ninguém te levar."O dia passou arrastado, e cada minu
Isabella Maziero Rossi Isabella ficou ao lado de Marcos durante toda a noite, mantendo-se alerta a cada movimento ao redor. Ela sabia que Marta poderia se aproximar a qualquer momento, e a expectativa de um confronto iminente a deixava em constante tensão. As risadas e conversas ao seu redor pareciam distantes, abafadas pelo turbilhão de pensamentos que rodopiavam em sua mente. A música suave, as luzes cintilantes e os sussurros entre os convidados mal a atingiam; ela estava presa em sua própria bolha de ansiedade. Os olhares daquela mulher estava em todos cantos.Eventualmente, Isabella decidiu se retirar por um instante, precisava de um momento a sós para reorganizar os pensamentos. Caminhou até o banheiro, sentindo o peso da situação nas suas costas. Assim que abriu a porta, seu coração quase parou ao ver Marta Ferrari já lá dentro, aplicando batom vermelho com um ar casual, como se esperasse por ela.“Você deve achar que eu estou brincando, não é mesmo?” A voz de Marta era fria,
Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu o pânico crescendo dentro de si enquanto o carro acelerava pelas estradas sinuosas. Alexandre Ferrari estava dirigindo, suas mãos apertando o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam brancos. A velocidade era assustadora, e Isabella não conseguia desviar o olhar da estrada, temendo que a qualquer momento eles pudessem colidir. O coração dela batia acelerado, e cada curva apertada parecia um passo mais perto do desastre.“Como Sofia é sua filha?” Isabella perguntou, a voz trêmula de medo e confusão.“Sendo minha filha. E eu a quero de volta,” respondeu Alexandre com frieza, os olhos focados na estrada à frente.“Eu pensei que a única filha que você teve foi com a minha irmã,” insistiu Isabella, tentando entender aquela história absurda.“E foi, Paola foi a única mulher que conseguiu me enganar, aquela filha da puta,” Alexandre cuspiu as palavras, cheio de ressentimento.Isabella sentiu uma onda de raiva misturada com desespero. Paol