Parte 1...IsabelaPuxei o ar fundo e meus dedos apertaram a corda com força. Só tem uma pessoa que eu saiba, que pode ter um iate.— Finalmente acordou, Bela!Eu tomei um susto tão grande que me virei rápido demais, desequilibrando o corpo e pendendo para fora do iate, caindo de encontro as águas que me receberam com um forte impacto.Só tive tempo de arregalar os olhos e esticar as mãos, enquanto meu corpo deslizava rápido para o abraço do mar.O impacto de minhas costas contra a água foi como um choque elétrico. Um choque gelado. Eu afundei sob a superfície do mar, sendo envolta pela escuridão.Meu coração disparou descontrolado no peito. Meus pulmões se contraíram, uma sensação de sufocamento me dominando quando o ar foi arrancado de meus pulmões pelo susto.Eu lutei para encontrar de novo a superfície, movendo os braços e as pernas de modo frenético em busca da sobrevivência.Ouvi baques pesados ao meu lado e quando finamente emergi à luz do sol, minha respiração veio em arquejos
" Eu coloquei um feitiço em vocêPorque você é meu".Parte 1...IsabelaOs olhos dele se fixaram aos meus e um sorriso hipócrita se formou. Não gostei disso. Será que eu ouvi certo?— Você é doido? - eu me deixei cair na cama, abismada — Isso é sério? - olhei em volta procurando câmeras escondidas — Está gravando minha reação? Ele abre um porta estreita e tira uma toalha do armário. Para em minha frente e começa a esfregar meu cabelo molhado.— Para com isso! - empurrei suas mãos de lado — Eu quero uma explicação... Agora!Antes que meu coração dê uma porrada dentro do meu peito e eu infarte.— Eu já expliquei, baby - ele volta a esfregar meu cabelo — Eu quero foder você!Porra! Isso é palhaçada. Só pode. Ou então entrei em um dos episódios de Twilight Zone e virei uma personagem envolvida em um enredo maluco.— Porra! - fiquei de pé e puxei a toalha de suas mãos — E você tinha que me raptar para isso? - chacoalhei a toalha na cara dele que se inclinou para trás — Não podia apenas tr
Parte 2...Isabela— Você me raptou! - abri as mãos — Não pode me pedir para confiar em você agora - dei uma risada nervosa — É ridículo!Ele pegou o celular e me passou de novo.— Ligue, diga que está tendo um dia ótimo.Eu olhei para sua cara séria e fiquei com um pouco de medo. Se esse homem decidir, pode me jogar no mar e ninguém vai me achar. Engoli em seco e peguei o celular. Liguei e Mariane atendeu.— Você bem que podia ter me avisado, sua maluca - ela riu — Eu quase liguei para a polícia quando a Angelique me avisou que você estava com seu bonitão.— É... - olhei para ele de pé — Eu... Não tive tempo de te avisar. Resolvi de repente porque me irritei com o notebook.— Ah, fez bem. Aproveita o fim de semana e vai me contar tudo quando voltar, hein!— Certo, quando voltar eu conto como foi.— Se cuida e vê se dá logo essa greta.Eu apertei o celular. Mariane é divertida e mais leve para falar sobre sexo do que Angelique que é mais direta.— Ok! - dei um sorriso tímido. Desligue
Parte 26...MarcoInferno! Essa é nova pra mim.Tenho que sentar. É até engraçado isso.Isabela me encara com o rosto corado, o que é um encanto e agora percebo que seus olhos me parecem inocentes. Foquei em outras partes de sua figura e não observei melhor detalhes. Fui apressado.Mas isso não quer dizer que vou desistir. Só preciso reformular meu plano. Tudo bem.Só tem um pequeno problema com isso. Ela vai esperar por romance e não é bem a minha praia. Eu não perco tempo com essas coisas. Sexo sim. Com sexo eu perco muito tempo. É relaxante, divertido e muitas vezes, gratificante financeiramente, como no caso de Carolina.Ela olha para mim, aguardando que eu fale depois de minha surpresa. Ela é linda. Magrinha, pequena, parece mais uma adolescente, mas ela é adulta. Ergui a sobrancelha. É adulta?— Quantos anos você tem?— Vinte e três - ela ela coça a cabeça com o dedo — Agora que lembrou de me perguntar?Abri as mãos como um idiota. Realmente, me passei nisso. Mas ao menos é mai
Parte 27...MarcoFui até a ponte de comando e fiz uma chamada para Gilliard. Não vou deixar passar o erro do imbecil que bateu em Isabela. Mesmo sendo soldados eficientes, eles precisam prestar mais atenção ao que fazem quando vão cumprir as ordens. O rosto dela está vermelho ainda, devido o tapa que um dos imbecis lhe deu, então se faz necessário uma correção.— Pode deixar, Marco, vou cuidar disso logo - Gilliard respondeu.— E consiga o melhor notebook e celular que tem no mercado. Quando voltar quero receber os dois.— Está sem celular?— Estou falando com você por um agora. Ficou retardado, Gilliard?— Foi mal - escuto sua risadinha — Algo mais a resolver?— Sim. Mande um presente para Giuliana e diga a ela que estarei ocupado por um tempo e que não precisa me procurar.— E sobre sua noiva?— Ela eu resolvo quando for necessário.Passei mais alguns comandos básicos sobre nossos negócios da semana e desliguei. Andei até a ponta do convés, olhando a água correndo em volta dos mot
Parte 28...Isabela— O que é isso? - olhei com interesse o prato grande e colorido em minha frente. Agora sinto que estou com fome. Tem uma taça também.— É um ceviche de frutos do mar. Gosta?— Não sei, nunca comi - a taça é alta e grande, decorada com fatias finas de abacate por cima. Eu amo abacate — Mas estou aberta a provar - e com fome mesmo. Peguei um chip de tortilla na borda e provei um pouco — Hum... - senti o gosto cítrico do limão e logo depois os frutos do mar. A mistura ficou deliciosa.— Gostou, então? - ele me olha com curiosidade — O que digo ao chef?— Que ele é muito bom - peguei mais, dessa vez usando os talheres.Graças a Deus que eu sempre fui curiosa e lia muito sobre regras de etiqueta. É tanta coisa que nunca vou me lembrar de tudo, mas coisas assim eu me recordo.Acho horrível ir a um lugar e passar vergonha porque não sei me portar. Minhas amigas diziam que eu era fresca, mas não acho que ser educada e saber se portar em um ambiente que não é o meu, seja fr
Parte 29...IsabelaEle riu e assentiu com a cabeça. Continuamos nossa conversa por outros temas mais leves e foi bem agradável, mas ainda estou um pouco incomodada por estar sem roupa íntima.— Será que minhas roupa já está pronta?— Vamos terminar aqui e vou olhar, mas gosto de você usando minha camisa.É, eu também estou gostando de usar. Tem o cheiro dele, é macia e confortável. Um empregado entra e traz a sobremesa. Fiquei animada. Adoro doces. Ele agradece e o homem sai com um gesto de cabeça.— Espero que tenha espaço ainda - ele aperta os olhos rindo — Você parece ter gostado muito do ceviche - eu faço que sim — Temos um creme de limão e pavlova de frutas.— Tenho que escolher um dos dois? - ele ri alto — Eu amo doces.— E ainda assim é tão magrinha.— Já tentei engordar - apertei os lábios — E nada deu certo. Eu puxei a constituição física de minha avó.— Eu gosto de seu corpo... O pouco que vi.Eu corei. Maldito homem que faz tudo virar sexy. Olhei para a sobremesa enquanto
Parte 1...Isabela— Mas você acha que eu fiz errado em aceitar o notebook e o celular de presentes?Mariane está preparando um lanche para levar à noite para a faculdade. O curso dela é de design gráfico e artes visuais. Durante três finais de semana, acontecerá um seminário e termina tarde, com apenas uma pausa.— Errado eu não acho, afinal, você disse que o funcionário dele derrubou o seu e estragou de vez, mas sobre o celular?— Ah, o celular foi só uma atenção a mais - eu coloquei os pés na cadeira em frente.Eu não contei toda a verdade sobre o que aconteceu com Marco. Disse que ele me li