Parte 160...IsabelaEu sei que ela está se aproveitando de minha condição emocional e suando também a situação de Mariane com Túlio para me convencer.O problema é que mesmo sabendo disso, eu ainda estou cogitando ir até o hotel falar com Marco. Só tenho medo do que pode sair desse encontro. E se ele me raptar como mandou fazer na primeira vez em que eu não pude sair com ele? Eu me lembro disso. As regras dessa gente não se aplicam a sociedade normal.Percebo que até Paola também tem um jeito diferente. Claro, ela é irmã do chefe dessa porra toda. Claro que ela também teria um posicionamento diferente.E agora? Deus me ajude a pensar rápido.— Eu não vou sair da proteção do castelo para ficar sozinha com seu irmão - disse olhando sério para ela — Eu posso até cometer minhas burrices, mas às vezes eu raciocínio, sabia?Ela deu uma risada e assentiu.— Eu sei que tem medo, não poderia ser diferente. Depois do que aconteceu, eu também estaria - ela se abaixou em minha frente — E se eu
Parte 161...Isabela— Eu não acho que você deveria ir atrás dele - Timothy disse me olhando com uma cara de dúvida — Não confio nesse homem.Eu sei que ele tem um pouco de razão e também pelo que aconteceu com a irmã dele anos antes, ao se envolver com um mafioso. Ele fica preocupado que eu também vá cair no erro de me culpar por algo e acabe ficando deprimida ao ponto de tirar minha vida, mas eu jamais faria isso. E menos ainda por outra pessoa.— Timothy, eu agradeço sua preocupação, mas se eu não for, isso vai ficar me remoendo. Além disso, sei que Marco não vai me deixar em paz. Eu preciso conversar com ele.— Se você não tivesse ligado, ele não teria como saber que estava aqui - Mariane disse preocupada — Eu também não gosto que vá até lá sozinha - olhou para Paola do lado de fora — E essa irmã dele não é nada de confiança também.— Eu sei, mas é importante que eu vá, Mariane. Eu também quero falar com Marco sobre Túlio. Talvez ele dê o perdão a ele e possa vir ficar com você e
Parte 162...Isabela— É aqui, senhorita - o homem desceu e abriu a porta para mim — O chefe a aguarda lá dentro. Pode ir direto, já resolvemos tudo.É claro que sim. Com dinheiro e ameaças tudo se resolve no mundo. Estou vendo isso bem na minha frente. Respirei fundo e dei o primeiro passo para dentro do hotel.Minhas pernas até estão obedientes, porque no fundo estou tremendo inteira de nervosismo de rever Marco após a última vez em sua casa.Quando cheguei em frente a porta do quarto dele, hesitei um pouco antes de bater. Respirei fundo mais uma vez, para puxar a força de que preciso para falar com ele. Não é tão fácil assim. Falar é mais simples, fazer é outra coisa.Só cheguei a dar dois toques na porta e ela logo se abriu, revelando um Marco mais magro, com olheiras em volta dos olhos, o cabelo um pouco mais comprido e com fios brancos novos, que não estavam ali antes.Ele me pareceu chocado e aliviado ao mesmo tempo. Vi um brilho diferente em seu olhar. E eu estava encarando o
Parte 163...IsabelaEu me abracei a ele e enfiei o rosto em seu pescoço. É muito difícil ouvir isso, depois de tudo o que eu passei. E é tão bom que me faz querer deixar tudo para trás e passar uma borracha no que sofri e começar de novo.— Eu não quero passar por tudo aquilo de novo - foi mais que um pedido.— Você me ama? - ele segurou meu rosto, deslizando o dedo em minha bochecha.Eu sei que amo. Como não posso amar se estou aqui sozinha com ele, depois de ter tentado ficar o mais longe possível. Mas o que as meninas vão dizer se eu o aceitar de volta? E Timothy, depois de tudo o que ele fez por mim?E o que minha consciência vai me dizer, quando eu estiver sozinha com meus pensamentos? O quanto isso vai me custar?— Isabela... Você me ama? - ele repetiu segurando meu queixo — Olhe pra mim, bella.Merda. Esse pedido suave foi minha perdição. Eu não resisto a esse jeito dele. Um homem grande, forte, cheio de orgulho e que ao mesmo tempo, sabe que eu gosto desse jeito mais leve e
Parte 164... Isabela— Você confiou em mim uma vez, bella - ele me pareceu frustrado — Pode confiar de novo. Mesmo que demore um pouco, eu sei que pode.Meu corpo esquentou, me sinto quente de um jeito diferente. O corpo dele emana esse calor e é como se fosse um cobertor gostoso, envolvente.— Eu sei que confiei, por isso tenho medo de confiar de novo - o encarei — Até minhas amigas você envolveu em nossa história.— Eu sou capaz de envolver o mundo todo se for preciso - me respondeu firme — Se você não voltar pra mim, então se acostume a me ver constantemente por perto.Eu franzo os olhos e inclinei a cabeça.— O que está dizendo, Marco?— Que não tenho o menor problema em largar Roma e me mudar para cá, fazer um acampamento na frente daquele castelo, só para ficar perto de você todos os dias.Eu achei engraçado, realmente achei. Não é o que eu esperava dele.— Então você vai me perseguir até que eu mude de ideia, é isso?— Por aí - ele mexeu o ombro — Eu me rebaixo a ser um perseg
Parte 165...MarcoMordisquei o lábio dela e desci a mão por seu pescoço, depois em seus seios, devagar, observado sua reação. Aos poucos fui puxando seu vestido enquanto a beijava e tirava sua atenção.Não quero que ela desista, que diga que vai voltar ao castelo. Não. Eu quero que fique aqui comigo. Aliás, quero que volte a Roma o quanto antes.Explorar o corpo pequeno de Isabela nunca foi problema. Sei como tocar e despertar as sensações que desejo.A deixei apenas de calcinha e quando meus olhos foram até sua cicatriz na barriga, ela tentou esconder com a mão e eu a segurei, descendo a boca em cima com suavidade e lhe dei um beijo.Não quero que ela tenha vergonha de mim, que esconda o corpo porque agora tem uma cicatriz. Eu tenho várias, de batalhas. Ela também tem a dela agora e saiu vitoriosa.Tratei de registrar cada parte de seu corpo delicioso que me fez tanta falta. Ela estava mais magra agora, bem mais do que antes e isso a fez ficar ainda mais nova, parecendo uma adolesce
Parte 166...Isabela— Que horas são, Marco? - levantei a cabeça de seu ombro.— Não sei... - ele me puxou mais para seu peito e beijou minha cabeça — Deve ser tarde.— Eu tenho que voltar ao castelo - descansei a mão em seu peito — As meninas estão me esperando e sua irmã ainda está lá.— Eu sei... - ele suspirou — Deixe que esperem... Não quero que vá embora ainda. Temos que acertar nossa volta para Roma.Eu apertei os lábios. Sabia que essa conversa iria surgir, é claro. Não acho que ele vá gostar de minha ideia.— Eu... Não vou voltar para Roma com você, Marco - ele ergueu um pouco a cabeça.— Como assim, não vai voltar?— É que... Eu tenho que pensar bem no que vou fazer agora.— Não entendi isso, piccola - ele se apoiou no cotovelo — Acho que nós acabamos de ter sexo de reconciliação, estou enganado?— Não, não está - ajeitei o cabelo e me sentei, puxando o lençol por cima — Mas não estamos de todo resolvidos - ele passou os dedos pelo cabelo e sentou também — Tem uma coisa que
Parte 167...Isabela— Eu sei que não, mas você pode fazer um esforço pra mudar algo...Ele parou de andar pelo quarto, nu, o que era até engraçado e veio sentar ao meu lado.— Eu sei o que está tentando fazer.— Sabe? E o que seria, então?— Você quer me forçar a liberar Túlio, para ele ficar com a sua amiga.— É... Isso também - mexi o ombro.— E se eu fizer isso, você volta comigo para Roma?— Agora não - ele balançou a cabeça e suspirou — Eu volto, mais pra frente - toquei o braço dele — Depois que eu me sentir mais segura para isso.— Quer dizer depois que perder o medo de que algo aconteça de novo, com Carolina?— Sim, tem essa parte também - eu fechei a cara — Não tenho certeza se esse casamento que você disse, vai mesmo afastar aquela maluca... — Ela já se afastou - ele disse — O pai dela a baniu da família porque tentou se aproveitar para se livrar do velho.— E quem me garante que ela não vai tentar algo contra mim de novo?— Eu garanto! - ele respondeu com frustração — O q