— Você está vendo o mesmo que eu? Eu estou com problemas de vista ou eles estão realmente se dando bem?
Eu e April estávamos observando Tommy e Zane pela janela, escondidas na cozinha. Tommy nunca ligara muito para o primo, aparentemente ele tinha concordado em consertar a casa na árvore com Zane no dia do aniversário dele, mas por causa daquela briga com o sobrinho de Luke Cooper, ele nunca compareceu. Como a casa na árvore era uma coisa que Zane fazia com o pai, que agora havia se mudado por causa do divórcio, aquilo era um motivo para que ele ficasse sensível e a quebra da promessa de Tommy realmente o magoou. Por isso, eu e April convencemos o meu filho a consertar a casa sozinho, para compensar com o primo.
— Acho que "se dando bem" é forte demais. &md
Minutos depois, a cerimônia de formatura começou. De um por um, os alunos eram chamados por ordem alfabética para subir no palco e receber seu diploma. Faltavam um ou dois alunos para a vez de Tommy e toda a família já estava pronta com celulares e câmeras na mão.— Thomas Baker Martell. — anunciou o diretor Christian.Tommy se levantou e o auditório explodiu em palmas. Ao passo que ele caminhava na direção do diploma, cenas da nossa vida passavam diante dos meus olhos e o resto do mundo desapareceu. Lembrei do momento no banheiro do aeroporto quando aqueles dois tracinhos apareceram, indicando que eu estava grávida. Lembrei do primeiro ultrassom, quando Tommy não passava de uma bolinha e um coração pulsante. Lembrei da dor do par
— Ariana, acorda!— O que...? — resmungou ela, sonolenta. Continuei a cutucá-la até que ela abrisse seus olhos, recobrando a consciência e lembrando que estávamos no avião a caminho de New Heaven. Nós estávamos levando Tommy para lá e o ajudando com a mudança.Aqueles últimos meses foram uma loucura. Eu e Ariana juntos novamente, a mudança de Tommy... Era quase que muita coisa para processar, em pouco tempo. E mesmo assim, eu podia jurar que aquele fora o melhor período da minha vida em anos. Eu passava o tempo que podia com a Ariana ou junto às telas. Era como se a minha maior inspiração tivesse voltado. Finalmente. Apesar dos quinze anos que passaram, era como se nada tivesse mudado. Ainda éramos os mesmos J
— Você se encontrou com o seu pai? — repeti, atônita. Jason concordou, assentindo com a cabeça.— Ele disse uma coisas.— Não dê ouvidos a ele, Jason. — falei, num suspiro, me aproximando para abraçá-lo.— Eu não ouvi. — o loiro esboçou um sorriso triste. — A única razão para eu ter ficado mal é que vê-lo me fez lembrar da minha mãe e tudo de horrível que ele já fez com ela e comigo. E ele começou a dizer tudo aquilo sobre como eu não era bom o suficiente e como acabaria como ele. E como iria estragar a vida do Tommy não o forçando a ir para a faculdade, como estraguei a sua. — admitiu.
Não havia nada melhor do que despertar sabendo que era o dia do seu casamento.Quando acordei, Jason já havia saído. Provavelmente para ajudar o meu pai organizar alguns últimos detalhes do casamento, como buscar o paletó. Porém, ao meu lado, sobre o travesseiro de Jason, havia um pequeno bilhete onde estava escrito "Eu te amo e mal posso esperar para me casar com você".Depois de tomar café da manhã, fui direto para o salão de beleza onde a minha mãe e as minhas madrinhas, April, Chloe e Spencer, já me esperavam para que pudéssemos passar o dia de noiva ali juntas. No final da tarde, quando estavam terminando minha maquiagem, meu pai chegou no salão para entregar o meu vestido.— Ah,
Não havia nada mais desagradável do que... bem, àquele ponto, não havia nada mais desagradável do que acordar.Me chame de dramático o quanto quiser, mas se você estivesse de ressaca no meio da semana, como eu, e ainda tinha que aturar sua mãe super protetora batendo na sua porta antes das sete da manhã para de chamar para tomar café, você entenderia.— Vamos, Tommy! Sam fez ovos com bacon! Você vai precisar de forças para a sua prova de matemática hoje!Droga...xinguei mentalmente. Eu tinha me esquecido completamente daquela prova. Não fazia diferença de qualquer jeito. Não é como se eu fosse estudar mesmo se tivesse me lembrado.
Não havia nada mais desagradável do que despertar com uma intensa dor de cabeça causada pela ressaca no seu próprio quarto e com uma colega de trabalho ao lado. De repente, o alarme do meu celular começou a tocar.Droga.Eu estava muito atrasado. — Eliza, acorda! — falei, a cutucando. Elizabeth Paul, ou Eliza como eu costumava chamá-la para irritá-la, tinha sido uma pedra no meu sapato desde que nos conhecemos quando entrei para a empresa que ela trabalhava. Vaidosa, convencida e manipuladora, eu a odiava quando estávamos no escritório. Contudo, depois que percebemos que frequentávamos o mesmo bar, a nossa relação debaixo dos lençóis se tornou bem diferente. — Cala a boca, Jason, eu estou tentando sonhar com o dia em que você for demitido da empresa. — resmungou e
Quando voltamos para o apartamento, Ariana e seu namorado, Sam, já nos esperavam para o jantar. — Vocês estavam preparando isso? — indaguei, ao sentir o cheiro da comida no apartamento. — Ariana cozinhando seria com certeza um milagre. — Você realmente me conhece, eu não levo jeito na cozinha. — riu ela. Estava sentada no balcão da cozinha americana, com uma taça de vinho na mão. — Mas a mãe de Sam era uma excelente chefe, dona de um restaurante em Londres. — Ela me ensinou uma coisinha ou outra. E sim, eu faço mais do que peixe com batatas. — completou Sam, saindo de perto do fogão e vindo me cumprimentar.Tommy está certo, o sotaque dele é irritante,pensei. — Oi, eu sou Samuel Williams, mas todos me chamam de Sam. — ele estendeu o braço.
Mais um dia acordando com uma baita dor de cabeça. Naquela segunda-feira, eu estava sozinho na minha cama, ao lado de um buraco entre os lençóis e um bilhete que dizia "Me diverti muito ontem a noite, mas precisei sair cedo". Me sentei na beirada da cama, com a cabeça entre as mãos, me xingando mentalmente ao recordar da conversa com Eliza na noite passada. E como provavelmente eu estaria ferrado no momento em que pusesse os pés no escritório. Eliza não hesitaria ao me denunciar pela falta de produtividade e eu não tinha nenhum projeto pronto para apresentar, ou qualquer argumento para me defender. Me levantei tentando lembrar qual era o nome da mulher que deixara aquele bilhete, enquanto algumas lembranças da noite anterior surgiam na minha cabeça. Eu me vi na minha banheira, coberta de espuma, com uma taça de champanhe na mão, mesmo