VITOREstava furioso, como Laura ousou passar por cima da minha palavra?!Quando sua mãe ligou avisando que ela e Stefane inventaram de dar uma de heroína e vieram para Itália, fiquei irado, como ela poderia ser ingênua assim.Andava para um lado e outro, meus nervos a flor da pele, tinha até medo do que Dimitri estaria fazendo com ela.Lucas: Eu vou matá-lo se encostar nelas!Gustavo: Se colocaram em perigo atoa... Não acredito que Laura fez isso...Gabriel: Não acho que seja para tanto. Laura não é mais uma mulher indefesa, ela sabe se defender.Olhei para esse verme. Se não fosse por ele ser irmão do Gustavo e está disposto a ajudar, já teria o matado faz tempo.Gustavo: O Dimitri não é um homem confiável, acredite!__DROGA!_Joguei tudo de cima da mesa no chão.Nicolai: Vitor?! Olhei para Nicolai parado na porta.Nicolai: O gerente do banco quer falar com você.Ele me passou o telefone sem fio.__Fala!Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.__Está falando sério?! Que merda
LAURASe o amor supera tudo, por que nossa relação era tão complicada?Tê-la matado não me fazia se sentir melhor, apenas me transformava igual a eles.Horas antes...O café da manhã estava inquieto, sentia uma tensão estranha no ar. Algo estava errado.Henrique: Podemos conversar agora?Dimitri suspirou irritado e se levantou, os dois saíram em direção ao escritório.Desviei meus olhos para Stefane que estava calada me olhando.Stefane: Não podemos mais ficar aqui.__Eu sei...Já fazia uma semana e eu não conseguia mais fugir do Dimitri, ele já estava achando estranho eu me recusar a transar com ele.__Espera aqui.Me levantei e segui para o escritório, a porta estava fechada, encostei meu ouvido na porta e comecei a ouvir vozes abafadas.Dimitri: O quê? Por quê ele faria algo assim?Henrique: Não sei... Mas acho que o Vitor está planejando algo. Um casamento no meio desse caos...Casamento?Dimitri: Ele teria que anular o casamento com a Laura, seria uma grande burocracia e demorari
LAURAA parte mais fácil que era entrar no prédio eu consegui.Respirei fundo quando saí do elevador no andar indicado pelo homem.Eram pouquíssimos apartamentos no andar, o que mostrava ainda mais que só pessoas com dinheiro morava nesse lugar.Três portas, apenas.303.Olhei envolta e observei o lugar discretamente, duas câmeras no corredor.Tirei a chave da bolsa e entrei no apartamento luxuoso, como essa vadia tinha dinheiro para pagar um lugar desses?O lugar estava silencioso, ela não estava aqui, ótimo.Resolvi dar uma olhada pelo apartamento, mexi em tudo, gavetas, no closet, precisava encontrar qualquer coisa.Havia uma caixa guardada na parte do fundo do guarda-roupa, peguei com curiosidade e me sentei em uma poltrona.Assim que abri me surpreendi ao me deparar com várias fotos, segurei uma que havia duas meninas abraçadas, virei a foto quando percebi que tinha algo escrito."Tatiane e Alice."Tatiane?Peguei outra foto. Uma mulher que aparentava ser bem velha segurava as me
VITORAcho que estava tão atordoado com a situação que não escutei direito.Lucas: Como assim, Laura?Laura: Acho que matei a Tatiane._repetiu.Olhei para ela sem palavras.Laura: Fui até o apartamento da Alice para matar ela... Mas tive o azar de que outra pessoa também queria ela morta.__O que está dizendo?Laura: O Dimitri matou sua amante.Me sentei perdido.Isso estragava todos os meus planos...Laura: O que foi? Vai chorar?Vitor: Você não entendeu ainda o quanto isso é grave, né?!Gustavo: Precisávamos da Alice, Laura. Ela tinha papéis que comprovam a traição do Dimitri.Laura: A prova é ele mesmo. Por quê precisariam dela?__Porque para o conselho eu sou o bastardo. Não tenho direito a nada... Preciso provar que Dimitri vem desviando fundos da máfia já faz anos. Assim fica mais fácil para justificar sua morte, um bom líder deve saber cuidar do seu rebanho.Laura: Não tinha como eu saber... Mas parece que o Dimitri sim...Bati a mão na mesinha de centro.Lucas: Deve ter outro
LAURAEstava presa em um ciclo vicioso de destruição, não conseguia dormir direito e pesadelos me assombravam.Poderia ser presa... Não vê mais meus filhos... Não aguentaria isso novamente.Quando Vitor me contou isso, lembro-me da forma que me olhava; como se me dissesse que nada iria acontecer, mas ele não pode mandar em todos.Promessas nesse momento são vazias, não valem de nada, não para mim.Respirei bruscamente sentindo meu corpo pedir socorro.— Laura? Minha aparência estava péssima.— Laura?Despertei quando senti uma mão tocar meu ombro.Meus olhos se focaram na pessoa atrás de mim.— Desculpa, amiga... O que disse?Stefane me olhou estranha.— Está bem?Abri um sorriso pequeno e caloroso.— Vou ficar...— Hoje teremos que ir até a delegacia.— Colheram nossos depoimentos hoje? - Perguntei-lhe assustada.— Sim, os meninos acham que é melhor irmos de vez. Não adianta fugir mesmo.Concordei exitante.— Sim, tem razão.(…)Na mesa era um silêncio absurdo, o café da manhã mais
VITOREu estava possesso de raiva, acho que poderia matar todos que estavam aqui e não sentiria nenhum remorso.— Me explica essa porra, Doutor!Ele engole em seco.— A filmagem da câmera de segurança mostra a Senhora Greco saindo do apartamento de Alice Roux.— E isso prova o quê? - Stefane pergunta aflita.— O horário bate com a morte de Tatiane Costa.Paço as mãos no cabelo frustrado.— E o corpo daquela vadia?— Eles não falaram de outro corpo, apenas de um.Não entendia o que eles queriam omitindo isso.Não sabia o que faria agora, Laura presa, só podia ser a merda de um pesadelo.— Para qual presídio vão levá-la?— Para o Rebibbia.Arregalo os olhos.— Não pode deixar isso acontecer!— Não tenho muito o que fazer, Senhor Greco. Pelo menos, não agora.— Qual o problema, Vitor?Olho para Lucas sem saber o que dizer.— Vitor?!— Lá está concentrado inimigos da nossa máfia... Assim que as outras mulheres saberem quem Laura é...Nem consigo terminar de falar.— Está dizendo que minha
LAURADeveria fazer uma escolha, escolher morrer ou viver?Os dias aqui passavam devagar, tudo era lento e monótono. Fui colocada sozinha em uma cela, mas sabia que não duraria muito.— LAURA GRECO! - escutei alguém gritar.Me aproximei e uma agente penitenciária estava com uma prancheta na mão e me encarava.— Sim?— Venha comigo, tem visita. - abriu a cela para que eu passasse.Fiquei um pouco surpresa com isso.No corredor várias presas me encaravam, algumas até apontavam para mim. Sabia que tinha virado um alvo assim que entrei nesse lugar.— Tem alguns minutos... Corredor 4.A grade se abriu automaticamente e passei por ela. Meu coração palpitava de ansiedade.Stefane...Minha amiga estava me esperando com um pequeno sorriso no rosto.Me sentei e lhe dei um sorriso.— Que bom que veio...— Como você está? - segurou minhas mãos.— Sem contato!— Como pode vê... - olhei envolta.— Não vai ficar muito tempo aqui, seu irmão e o Vitor estão fazendo de tudo para te tirar daqui.— Como
LAURA— Quero a cabeça delas. - digo sentindo muita raiva.— Senhora Greco...— Me escutou! Quero elas mortas!Me olho no pequeno espelho.— Melhor ainda... Quero ter o prazer de matar cada uma delas.(…)Me aproximei da detenta que consegue qualquer coisa, ela foi muito bem indicada.— Preciso de uma coisa.— Todas nós precisamos... - soltou a fumaça para o ar e me ofereceu um cigarro.Estava trancada aqui a semanas, não aguentava mais.Peguei o cigarro e ela acendeu.— O que quer?— Preciso de algo para usar como uma arma.Ela me olhou com um sorrisinho.— Para se vingar de quem fez isso com seu rosto?Apertei as mãos em punhos.— Consegue ou não?— Isso vai custar caro.— Dinheiro não é o problema. - soltei a fumaça.Meu sangue ferveu quando vi as desgraçadas que me bateram entrarem no pátio.Uma delas teve a audácia de me mandar um tchau.Quando ia me aproximar delas, um braço me segurou.— Não faça isso!Olhei com raiva para elas.— Me solta!— Acha que vai dar conta de três? Apa