A decisão precipitada do subordinado resultou na perda de uma vida. Se o motorista não tivesse arriscado tudo para protegê-la, Helga certamente estaria morta agora. Ela não deixaria o responsável escapar impune!Renatta, com uma expressão impassível, disse:— Ele já está morto. Abelo cuidou disso pessoalmente.Helga soltou uma risada amarga:— Se ele tivesse controle sobre seus homens, isso não teria acontecido. Eu nunca vou perdoá-lo!Antes, Helga pensava em convencer Ambrósio a não confrontar Abelo, mas agora, sua opinião havia mudado. Se um dos capangas de Abelo ousou armar contra ela, quem sabe o que ele poderia fazer no futuro com Ambrósio e Diya?— O mais importante agora é você se recuperar. O resto a gente resolve depois. — Disse Renatta.— Certo.Helga olhou para Diya, seu rosto sério:— Mãe, a família do tio Conrado precisa receber toda a compensação devida. Afinal, ele foi meu salvador. Se não fosse por ele, eu não estaria viva.Conrado foi motorista da família Melo por déca
— Alô? Renata, você deve estar prestes a embarcar, né? Minhas pernas hoje deram sinal de vida, consegui ficar em pé e até dar alguns passos. O Mestre Valentino disse que em breve estarei totalmente recuperado! — Disse Francisco.Pelo tom animado de Francisco, Renatta podia sentir a alegria dele. Se fosse antes de saber a verdade sobre o acidente, ela provavelmente estaria mais feliz do que ele. Mas agora, tudo o que sentia era uma amarga ironia:— Que bom, parabéns.Francisco percebeu algo estranho no tom de Renatta e ficou em silêncio por alguns segundos antes de responder, sua voz mais baixa:— Renata, aconteceu alguma coisa? Você parece não estar muito feliz.— Não, só que talvez eu não consiga ir até aí por enquanto. Surgiu um problema em Cidade C.A voz de Francisco carregava um tom de decepção.— Renata... Eu realmente espero que no dia em que minhas pernas estiverem completamente curadas, a primeira pessoa para quem eu ande seja você. Esse problema em Cidade C é tão importante a
Fabíola chegou na porta do quarto de Francisco e, antes que pudesse bater, ouviu a voz baixa dele vindo de dentro:— Fabíola, pode entrar.Fabíola respirou fundo e empurrou a porta, entrando no quarto. Francisco estava sentado à mesa, preparando um café. Ao ouvir a porta se abrir, ele levantou o olhar e sorriu:— O que te traz aqui a essa hora? Não deveria estar limpando as ervas medicinais agora?Ao encontrar o olhar risonho de Francisco, Fabíola falou lentamente, palavra por palavra:— Francisco, eu ouvi sua conversa com Renata hoje, e também o que você disse ao telefone depois.O sorriso de Francisco foi aos poucos desaparecendo, até que seu rosto se tornou uma máscara de frieza:— E daí? Qual é o propósito da sua visita?— Espero que você seja honesto com a Renata. Manipular as coisas assim não vai conquistar o coração dela, e você também não quer que ela te odeie quando descobrir a verdade, certo?Ao ver o rosto inocente de Fabíola, Francisco a xingou de tola em pensamento. Ele já
Desta vez, Renatta atendeu sem hesitar:— Quem é você? Qual é o seu objetivo?A voz de Renatta soava fria, mas do outro lado, ouviu-se uma risada leve:— Srta. Renatta, não precisa ficar tão apressada. O fato de você ter atendido significa que acredita em mim, e assim podemos conversar sobre o que vem a seguir.— Você está enganado. Atender não significa que eu acredito em você. Só quero entender o que está acontecendo.Ela detestava a sensação de ser mantida no escuro.— Para mim, dá no mesmo.Percebendo o tom despreocupado do interlocutor, a paciência de Renatta estava no limite:— Diga logo o que quer ou não me procure mais!— Cinco milhões, e eu te entrego o vídeo original.Assim que ouviu a proposta, Renatta desligou o telefone na hora. Quando ele ligou de novo, ela ignorou e desligou repetidas vezes. Depois de algumas tentativas frustradas, o desconhecido percebeu que ela não atenderia e começou a enviar mensagens.[Srta. Renatta, podemos renegociar. Se cinco é demais, que tal tr
— Eu já disse que não foi nada sério, só um machucado leve. Por que você ligou para Renatta? — Resmungou Alberto, com o braço ainda envolto em bandagens, manchado de sangue.Renatta franziu o cenho ao ver o ferimento do pai:— Pai, você chama isso de ferimento leve?Alberto assentiu com tranquilidade:— Claro, sua mãe é que adora exagerar.Renatta ignorou a desculpa dele:— Ouvi da minha mãe que você se machucou tentando salvar o Mestre Domingo. O que realmente aconteceu?O semblante de Alberto escureceu:— Abelo atacou a família Mourinho... E também roubou a Chave-Segredo deles.O rosto de Renatta ficou pálido. Isso significava que a família Timelo agora possuía quatro das Chaves-Segredo, restando apenas a última que estava em suas mãos. Abelo, sabendo disso, certamente faria de tudo para tomá-la dela. E ele estava se movendo muito mais rápido do que Adam.— Como está o Mestre Domingo? — Perguntou Renatta.— Assustado, mas sem ferimentos graves.Renatta apertou os lábios e encarou Alb
Desde que as coisas foram esclarecidas, Fabíola começou a se distanciar de Francisco. Quando passava por ele carregando ervas medicinais, sentiu seu pulso ser agarrado de repente.— Srta. Fabíola, eu sei que você está chateada por eu ter mentido para a Renatta, mas eu só fiz isso porque não queria perdê-la. Espero que você me entenda. — Disse Francisco.Fabíola se desvencilhou e o encarou friamente:— Desculpe, mas eu não consigo entender. Para mim, um relacionamento deve ser baseado em confiança, não em mentiras.Francisco ficou em silêncio por alguns segundos, fechando a mão que Fabíola havia afastado:— Você só diz isso porque nunca passou anos seguindo alguém em silêncio. Se você tivesse vivido o que eu vivi, não falaria desse jeito.Fabíola conhecia parte da história entre Francisco e Renatta. Ela se apaixonou por ele justamente pela persistência com que ele amava Renatta por tantos anos, essa sinceridade a havia tocado. Mas agora, ao olhar para Francisco, ele parecia uma pessoa t
A família Valentino morava nos arredores da cidade, e o caminho de volta envolvia uma descida íngreme. Renatta acelerou, planejando despistar o carro que a seguia na curva da descida. No entanto, o motorista atrás demonstrava habilidade e se manteve firme atrás dela.Ao avistar uma curva fechada à frente, Renatta não diminuiu a velocidade. Pelo contrário, pisou ainda mais no acelerador. Como esperado, o carro atrás dela também aumentou a velocidade. No momento da curva, Renatta pisou no freio e girou o volante para o lado, fazendo os pneus rangerem contra o asfalto. O carro perseguidor passou raspando pelo lado e acabou indo parar à frente dela.Renatta pensou que o carro pararia, mas, para sua surpresa, ele acelerou como se nada tivesse acontecido, desaparecendo rapidamente. Será que não estavam atrás dela intencionalmente?Sem pensar muito, Renatta ligou o carro e continuou a descer a montanha. Quando se aproximava do fim da descida, o mesmo carro que havia sumido antes voltou em sua
Renatta virou-se e subiu na ambulância sem olhar para trás.Lorenzo não a seguiu, apenas observou em silêncio enquanto a ambulância se afastava. Só então, virou-se e entrou no próprio carro.De volta à mansão, Edgar estava à porta, esperando por ele:— Sr. Lorenzo, os homens que enviamos para proteger a Srta. Renatta desapareceram. Provavelmente, não tiveram sorte. Acabei de verificar os veículos que passaram pela estrada onde ela sofreu o acidente, mas não encontrei nada suspeito. Acredito que o culpado tenha escapado pela parte da estrada sem câmeras.— Continue investigando. Se ele apareceu em algum lugar, vai deixar um rastro.— Sim, senhor!— E a investigação na Full Moon, como está?Edgar baixou a cabeça, visivelmente constrangido:— Até agora, sem grandes avanços.— Certo. Pode ir.Depois que Edgar se afastou, Lorenzo abriu a porta e entrou na mansão.— Lorenzo, você voltou! Fiz um lanchinho para você. Coma um pouco antes de dormir. — Disse Fernanda.Ao ver Fernanda, Lorenzo fra