Adam a observava fixamente, e após um longo momento, um sorriso surgiu no canto de seus lábios:- Você está certa, realmente deveria ser assim.Helga não entendia por que ele havia mudado de atitude tão repentinamente, e o encarou friamente, com um olhar cheio de desconfiança.Adam a soltou, ainda sorrindo:- Querida, para quê tanto receio de mim? Se possível, gostaria que nos déssemos bem.Nos olhos de Helga brilhou um traço de repulsa:- Não me chame de Querida, você não tem esse direito.- Mas agora, ninguém mais te chama assim, não é?Helga respirou fundo, suprimindo a raiva, e disse friamente:- Se não tem mais nada, pare de ameaçar-me com o Grupo Melo, ou você vai se arrepender!Deixando essas palavras geladas, Helga virou-se e foi embora. Adam não a impediu, apenas observou com um sorriso enigmático enquanto ela se afastava.Ao chegar no elevador e esperar, Helga finalmente começou a se acalmar.A porta do elevador se abriu e Lutano estava saindo quando viu Helga do lado de fora
Lorenzo tinha outras secretárias que estavam com ele há vários anos, e ele não contratava uma nova secretária há três anos. Agora, de repente, surgiu uma nova secretária, o que fez as pessoas começarem a especular que ele talvez estivesse prestes a demitir alguém.— Chris, a Lígia vai ficar sob sua orientação. — Disse Lorenzo.Chris assentiu e disse:— Tudo bem, entendi.Depois de arranjar Lígia, Lorenzo voltou para o escritório.Chris levou Lígia até a estação de trabalho dela, entregou-lhe um documento e disse:— Hoje você deve se familiarizar com as regras e a história da empresa. Se tiver alguma dúvida, pode me perguntar.— Certo, obrigado, Sr. Chris.Chris franziu ligeiramente a testa:— Pode me chamar só de Chris.— Tudo bem.Após organizar as tarefas de Lígia, Chris voltou ao seu lugar para continuar seu trabalho. No entanto, Lígia continuava a interrompê-lo com perguntas, o que afetava seriamente o progresso de Chris.No começo, Chris teve paciência para explicar, mas depois de
— Então, no seu primeiro dia de trabalho, você já quer me incomodar porque minhas secretárias não saem no horário? — Disse Lorenzo.— Como assim te incomodar? Você não sabe, mas eu comecei hoje e planejava ir embora no horário. Quando me levantei, vi que ninguém mais se movia. Fiquei sem graça de sair antes deles. Então pensei em esperar aqui no seu escritório até você terminar e depois irmos jantar juntos.Lorenzo ficou em silêncio por alguns segundos, levantou-se e disse:— Eu vou sair agora. Os documentos restantes eu vejo amanhã.Os olhos de Lígia brilharam de surpresa:— Sério mesmo?— Sim, vamos.Quando os dois saíram do escritório, todas as secretárias estavam concentradas no trabalho, mas, na verdade, prestavam atenção em cada movimento de Lorenzo e Lígia, com os ouvidos atentos.Lorenzo olhou para Edgar e disse com expressão neutra:— A partir de hoje, ninguém mais vai fazer hora extra aqui na presidência. Se não conseguirem terminar o trabalho no horário, podem solicitar um e
— É a Renata. Vamos lá cumprimentá-los!Lígia deu dois passos à frente, mas a voz gelada de Lorenzo veio de trás:— Se quiser ir, vá sozinha. Eu não tenho interesse.Lígia parou e olhou para Lorenzo, que já estava se dirigindo ao reservado. Observando suas costas, Lígia sentiu um toque de frustração. Parecia que Renata já havia seguido em frente, mas Lorenzo ainda não tinha conseguido.Lígia hesitou por um momento, mas acabou seguindo Lorenzo em direção ao reservado.Renatta estava conversando com Francisco quando percebeu que ele olhava para algo atrás dela. Ela se virou, mas não viu nada.— O que você estava olhando? — Perguntou Renatta.Francisco encontrou o olhar curioso de Renatta, mordeu os lábios e, finalmente, balançou a cabeça:— Nada, pensei ter visto alguém conhecido, mas me enganei.— Ah. — Renatta assentiu e, com os olhos baixos, disse. — Sobre o que eu estava falando... Vamos ficar noivos, o que você acha?Francisco apertou o garfo e a faca, demorando um pouco para respon
Renatta parou por um instante antes de responder, demorando vários segundos para falar:— Não, já que decidi me casar com você, ele não passa de um estranho sem importância para mim.A mão de Francisco apertou involuntariamente os apoios da cadeira de rodas, e ele baixou o olhar, permanecendo em silêncio. Depois de um longo tempo, ele murmurou:— Vamos para casa.Assim que deixou Francisco em casa, Renatta recebeu uma ligação de Fabíola.— Renata, vovô acabou de me ligar. Ele volta para Cidade C amanhã. Depois de amanhã, você pode trazer Francisco para vê-lo. — Disse Fabíola.Ao ouvir isso, os olhos de Renatta brilharam de alegria:— Certo, amanhã vou com você para buscá-lo no aeroporto.Ao desligar o telefone, Renatta olhou para Francisco com entusiasmo:— Amanhã meu mestre estará de volta. Depois de amanhã, vamos visitá-lo para ver se ele pode ajudar com suas pernas.— Tudo bem.A notícia do retorno de Mestre Valentino à Cidade C se espalhou rapidamente naquela noite pela alta socied
— Certo, você sabe que vovô sempre te valorizou muito. Ele pode ficar bravo por alguns dias, mas logo passa. Eu vou te ajudar. — Disse Fabíola.— Fabíola, obrigada!Após o jantar na família Valentino, Renatta estava prestes a sair quando Mestre Valentino disse de repente:— Venha comigo até o escritório.Ao entrar no escritório, Renatta baixou a cabeça e disse:— Mestre, desculpe, eu...Ela nem conseguiu terminar a frase antes de ser interrompida por Mestre Valentino:— Chega, não adianta falar essas coisas. Me mostre sua mão.Renatta hesitou por um momento, mas estendeu a mão direita. No pulso, havia uma longa cicatriz. Embora estivesse desbotada, ainda era visível se olhasse de perto.— O que aconteceu com sua mão?Durante o jantar, Mestre Valentino havia percebido que Renatta segurava os talheres de forma um pouco estranha. Embora fosse sutil, para um médico, as mãos são essenciais, e Mestre Valentino logo entendeu o motivo pelo qual ela não estava mais praticando medicina.— Foi no
Ao ver Ruben tão entusiasmado, as pessoas que haviam sido rejeitadas antes ficaram descontentes e não puderam deixar de reclamar:— Ruben, você não disse que o Mestre Valentino precisava descansar? Por que eles podem entrar e nós não?No entanto, Ruben simplesmente os ignorou, levando os dois para dentro e fechando a porta logo em seguida.A poucos metros de distância, em um Porsche preto, Lutano, no assento do motorista, ligou para Adam.— Sr. Adam, o Mestre Valentino recusou todas as visitas, mas deixou Renata e Francisco entrarem.— Entendi, continue de olho e me ligue se houver mais novidades.Com um tom indiferente, Adam desligou o telefone.Enquanto isso, Renata e Francisco já estavam na sala da família Valentino, conduzidos pela empregada.O Mestre Valentino e Fabíola estavam sentados no sofá. Quando viu Renata, Fabíola levantou-se animada:— Renata, você finalmente chegou, o vovô já estava esperando há muito tempo.Antes que pudesse terminar, o Mestre Valentino resmungou:— Não
Roberto ficou paralisado por um momento, recuando um passo, com o rosto cheio de confusão:— O que você disse? Carolina, você está mentindo, não é? Como você poderia... como poderia...Vendo sua expressão de incredulidade, Carolina não demonstrou nenhuma emoção:— Eu estou dizendo a verdade, então, por favor, não me procure mais. Entre nós, não há mais nenhuma possibilidade.Ela se virou e saiu. Desta vez, Roberto não a seguiu. Quando chegou em casa, recebeu uma ligação de Renatta.— Carolina, está tudo bem com você? Eu estava levando Francisco para casa e pensei ter visto você com Roberto. Vocês... — Disse Renatta.— Não foi nada. Nós terminamos faz tempo. Eu não sabia que ele encontraria a Cidade C, mas agora já está resolvido.Carolina tentou controlar o tom de voz, mas Renatta percebeu um leve tremor. Entretanto, em questões de amor, quando a pessoa já tomou uma decisão, os outros não têm muito a dizer.— Que bom que você está bem. Se precisar de qualquer coisa, não hesite em me pr