Renatta parou por um instante antes de responder, demorando vários segundos para falar:— Não, já que decidi me casar com você, ele não passa de um estranho sem importância para mim.A mão de Francisco apertou involuntariamente os apoios da cadeira de rodas, e ele baixou o olhar, permanecendo em silêncio. Depois de um longo tempo, ele murmurou:— Vamos para casa.Assim que deixou Francisco em casa, Renatta recebeu uma ligação de Fabíola.— Renata, vovô acabou de me ligar. Ele volta para Cidade C amanhã. Depois de amanhã, você pode trazer Francisco para vê-lo. — Disse Fabíola.Ao ouvir isso, os olhos de Renatta brilharam de alegria:— Certo, amanhã vou com você para buscá-lo no aeroporto.Ao desligar o telefone, Renatta olhou para Francisco com entusiasmo:— Amanhã meu mestre estará de volta. Depois de amanhã, vamos visitá-lo para ver se ele pode ajudar com suas pernas.— Tudo bem.A notícia do retorno de Mestre Valentino à Cidade C se espalhou rapidamente naquela noite pela alta socied
— Certo, você sabe que vovô sempre te valorizou muito. Ele pode ficar bravo por alguns dias, mas logo passa. Eu vou te ajudar. — Disse Fabíola.— Fabíola, obrigada!Após o jantar na família Valentino, Renatta estava prestes a sair quando Mestre Valentino disse de repente:— Venha comigo até o escritório.Ao entrar no escritório, Renatta baixou a cabeça e disse:— Mestre, desculpe, eu...Ela nem conseguiu terminar a frase antes de ser interrompida por Mestre Valentino:— Chega, não adianta falar essas coisas. Me mostre sua mão.Renatta hesitou por um momento, mas estendeu a mão direita. No pulso, havia uma longa cicatriz. Embora estivesse desbotada, ainda era visível se olhasse de perto.— O que aconteceu com sua mão?Durante o jantar, Mestre Valentino havia percebido que Renatta segurava os talheres de forma um pouco estranha. Embora fosse sutil, para um médico, as mãos são essenciais, e Mestre Valentino logo entendeu o motivo pelo qual ela não estava mais praticando medicina.— Foi no
Ao ver Ruben tão entusiasmado, as pessoas que haviam sido rejeitadas antes ficaram descontentes e não puderam deixar de reclamar:— Ruben, você não disse que o Mestre Valentino precisava descansar? Por que eles podem entrar e nós não?No entanto, Ruben simplesmente os ignorou, levando os dois para dentro e fechando a porta logo em seguida.A poucos metros de distância, em um Porsche preto, Lutano, no assento do motorista, ligou para Adam.— Sr. Adam, o Mestre Valentino recusou todas as visitas, mas deixou Renata e Francisco entrarem.— Entendi, continue de olho e me ligue se houver mais novidades.Com um tom indiferente, Adam desligou o telefone.Enquanto isso, Renata e Francisco já estavam na sala da família Valentino, conduzidos pela empregada.O Mestre Valentino e Fabíola estavam sentados no sofá. Quando viu Renata, Fabíola levantou-se animada:— Renata, você finalmente chegou, o vovô já estava esperando há muito tempo.Antes que pudesse terminar, o Mestre Valentino resmungou:— Não
Roberto ficou paralisado por um momento, recuando um passo, com o rosto cheio de confusão:— O que você disse? Carolina, você está mentindo, não é? Como você poderia... como poderia...Vendo sua expressão de incredulidade, Carolina não demonstrou nenhuma emoção:— Eu estou dizendo a verdade, então, por favor, não me procure mais. Entre nós, não há mais nenhuma possibilidade.Ela se virou e saiu. Desta vez, Roberto não a seguiu. Quando chegou em casa, recebeu uma ligação de Renatta.— Carolina, está tudo bem com você? Eu estava levando Francisco para casa e pensei ter visto você com Roberto. Vocês... — Disse Renatta.— Não foi nada. Nós terminamos faz tempo. Eu não sabia que ele encontraria a Cidade C, mas agora já está resolvido.Carolina tentou controlar o tom de voz, mas Renatta percebeu um leve tremor. Entretanto, em questões de amor, quando a pessoa já tomou uma decisão, os outros não têm muito a dizer.— Que bom que você está bem. Se precisar de qualquer coisa, não hesite em me pr
Carolina olhava para ele com uma expressão indiferente, até que ele terminasse de falar. Só então, um sorriso frio surgiu em seus lábios:— Roberto, você se acha muito importante, não é? Eu não estou grávida para me vingar de você. Eu só queria ter um filho para mim.Roberto ficou pálido, os olhos vermelhos de raiva e dor. Instintivamente, segurou o pulso de Carolina.— Como assim? Você realmente não sente nada por mim?— Nada, nem um pouco.Carolina mantinha-se calma, sem demonstrar qualquer tristeza. Desde o dia em que Roberto a empurrou escada abaixo por causa de outra mulher, não havia mais nenhuma chance entre eles. Vendo a determinação nos olhos dela, Roberto soltou um sorriso amargo.— Eu sei que errei com você. Você tem todo o direito de me tratar assim... Mas, mesmo assim, imploro por uma chance...Carolina afastou a mão dele, sem expressão:— O que passou, passou. Não apareça mais na minha frente.— Eu não vou desistir. Se você não pode me perdoar agora, eu ficarei ao seu lad
O secretário não disse mais nada e saiu com a pessoa.— Sr. Lorenzo, sobre o que aquela mulher disse sobre sua mãe...Edgar nem terminou a frase, sendo interrompido friamente por Lorenzo:— Finja que nunca ouviu nada sobre isso.Do outro lado, após o carro deixar Vila Hipicus, o secretário ligou imediatamente para Lertino:— Sr. Lertino, já pegamos a pessoa.— Desfaça-se dela e seja meticuloso. — Ordenou Lertino.Após desligar, Lertino finalmente suspirou de alívio, sentindo o peso sair de seus ombros. Com a morte daquela mulher, ninguém mais poderia ameaçá-lo. Um sorriso aliviado apareceu em seu rosto ao pensar nisso....No meio da noite, seguranças da família Timelo carregavam um saco de estopa para o porão. Quando abriram o saco, uma mulher de rosto pálido apareceu diante de Adam. Ela estava visivelmente aterrorizada. Adam, sentado em uma cadeira próxima, observava-a com um sorriso nos lábios:— Lertino está tão ansioso para te eliminar. Você deve ter algo contra ele, não é?A mulh
Do outro lado, no escritório do presidente do Grupo Marques.Edgar recebeu o convite e estava hesitante sobre entregá-lo ou não, quando Lígia o viu. Ela arqueou as sobrancelhas e sorriu:— Edgar, deixe que eu levo para ele.Ao encontrar o olhar entusiasmado de Lígia, Edgar entregou o convite com uma expressão indiferente:— Então, muito obrigado.— Não é nada. Poder ajudar você é um prazer.Ao pegar o convite, Lígia seguiu em direção ao escritório de Lorenzo. Quando abriu a porta, Lorenzo estava lendo documentos. Ele levantou o olhar ao ouvir o som:— Algum problema?— Sim. — Lígia aproximou-se da mesa, colocou o convite e esboçou um sorriso malicioso. — Renata e Francisco terão uma festa de noivado na próxima segunda-feira. A família Pereira enviou um convite para você. Vai comparecer?Os olhos de Lorenzo ficaram profundos, sem qualquer expressão no rosto:— Entendi. Pode sair.Surpresa com a reação fria dele, Lígia franziu as sobrancelhas:— Você realmente desistiu da Renata?Embora
— Já faz quase um ano desde que vocês terminaram, e ela ainda não te perdoou? — Perguntou Márcio.Márcio achava que Carolina estava sendo exagerada. Quando eles terminaram, foi apenas porque Roberto, desesperado para levar Bela, que estava machucada, ao hospital, acabou empurrando-a sem querer.Depois do incidente, Roberto ficou três dias e noites na porta do quarto de hospital onde Carolina estava internada, mas ela se recusou a vê-lo e logo pediu o término do relacionamento.Desde a separação, Roberto vinha tentando reconquistá-la, mas Carolina mantinha uma posição firme e fria. Márcio já estava cansado de ver o amigo sofrer.— As coisas entre nós são mais complicadas do que parecem. — Disse Roberto.— Se não der certo, arrume outra mulher. Eu acho que a Bela seria uma boa opção. Ela gosta de você há tanto tempo e sempre esteve ao seu lado.Roberto lançou-lhe um olhar gélido:— E para você, alguém poderia substituir a Yona?A expressão de Márcio mudou, mas ele logo riu sarcasticament