- Você se importa com o que os outros dizem? Isso é só inveja, não dê atenção a essas coisas! - Disse Fernanda.Enquanto Fernanda arrastava Lígia para dentro de outra loja de roupas, elas deram de cara com Renatta, que estava fazendo compras com Cristina.Ao ver Renatta, a expressão impaciente de Lígia mudou imediatamente para alegria, e ela correu até Renatta:- Renata, você também está fazendo compras? Essa é a sua mãe, né? Parece tão jovem. Oi, tia!Cristina sorriu e respondeu:- Olá.Atrás de Lígia, Fernanda tinha uma expressão fechada. Desde que Renatta se casou com Lorenzo, Fernanda nunca gostou dela, e a convivência entre as duas sempre foi complicada. O que a intrigava era como Lígia, que havia retornado ao país há pouco tempo, parecia tão próxima de Renatta. Sentindo-se ignorada, Fernanda pigarreou de propósito.Lígia olhou para trás e perguntou:- Mãe, está com algum problema na garganta?Renatta e Cristina seguiram o olhar de Lígia. Renatta manteve uma expressão neutra, como
Para Renatta, aquela ex-sogra não era alguém de quem gostasse, mas também não queria criar inimizades, afinal, agora não havia mais conflitos de interesse ou ressentimentos entre as duas.Cristina olhou para Renatta com descontentamento.- Você sofre calada e não conta nada para a gente. Da próxima vez que ela cruzar meu caminho, eu vou dar uma lição nela!Renatta deu um suspiro:- Mãe, não esqueça que, apesar dela não ter sido boa comigo, eu tenho uma boa relação com a Lígia. Se causar algum problema, como vamos nos relacionar depois?- Contanto que ela não me provoque, não farei nada. Tá bom assim?- Tá bom. Vamos comer alguma coisa. Depois ainda temos a sessão de beleza.- Comer o quê? Já estou cheia de tanta raiva!Renatta segurou o braço da mãe, sorrindo:- Não fique brava. Não vale a pena estragar a saúde por causa de quem não merece. Eu fico preocupada.- Se você realmente se preocupasse, não faria tudo do seu jeito, desobedecendo minhas vontades.Renatta sabia que sua mãe se re
Fernanda deu uma risada fria:- Eu, te manipular? Se não fosse pelo seu irmão concordar, você nunca teria aceitado ir para o Grupo Marques!- Eu nunca quis ir! Você quer que eu dispute o Grupo Marques com meu irmão? Nem pense nisso, eu não tenho talento para negócios!O olhar impaciente de Lígia encontrou os olhos decepcionados de Fernanda.- Então tá, eu te forcei... Se não quer ir, não vá! E daqui para frente, não precisa se preocupar comigo ou com seu pai. Você já está crescida e não quer mais me ouvir, então faça o que quiser!As duas se separaram em desagrado.Enquanto isso, Renatta e Cristina tinham acabado de chegar em casa quando o celular tocou. Era Helga.- Renatta, é urgente. Preciso que você entregue um documento na empresa para mim. Você pode? - Disse Helga.- Claro, aonde pego o documento?Cristina passou o endereço e Renatta saiu. Assim que entregou os documentos, recebeu uma ligação de Lígia.- Renatta, onde você está? Quer sair para beber? - Perguntou Lígia.Renatta ol
- Meu irmão teve muitos desentendimentos com meus pais nos últimos anos, mas agora as coisas estão um pouco melhores. - Disse Lígia.- Ah.Renatta percebeu que Lígia estava escondendo algo, mas como era um assunto da família Marques, ela decidiu não insistir. Ela tomou um gole de café e, ao olhar de soslaio, viu uma figura familiar entrar pela porta.Ao reconhecer o homem que acompanhava Helga, Renatta franziu a testa. Como eles poderiam estar juntos?Helga parecia extremamente mal-humorada, ignorando completamente o homem atrás dela. Quando os dois se acomodaram na sala privada, Helga finalmente falou com frieza:- Estou grávida.Adam mostrou uma surpresa momentânea. Não esperava que, após apenas uma noite juntos, Helga engravidasse.- O que você pretende fazer? - Perguntou Adam.Helga olhou para ele com frieza e respondeu pausadamente:- Essa pergunta deveria vir de mim.Adam, com um leve sorriso, olhou para a barriga ainda não aparente de Helga e disse:- Eu respeito sua decisão. Se
Dizendo isso, Helga se virou e saiu. Assim que abriu a porta da sala privada, viu Renatta parada a uma curta distância, olhando para ela com uma expressão neutra. Helga congelou por um momento, uma expressão de nervosismo passou por seus olhos:- Renatta, o que você está fazendo aqui?Renatta apertou os lábios:- Estou acompanhando uma amiga para um chá da tarde. E você? Por que está com o Adam?Helga apertou a maçaneta da porta inconscientemente e, com os olhos baixos, respondeu em voz baixa:- Essa é uma história complicada para explicar agora. Eu falo com você depois.Vendo que Helga ia embora, Renatta não a impediu. Em casa, Renatta esperou por dois dias até finalmente receber um telefonema de Helga.Marcaram um encontro em um restaurante. Assim que se sentaram, Helga foi direta ao ponto:- Renatta, o que vou te contar pode ser difícil de aceitar, então é melhor você se preparar.Renatta assentiu:- Pode falar.- Naquela noite, eu fiquei com o Adam.Renatta franziu a testa:- Como
No segundo seguinte, seu pulso foi agarrado.- Helga, você realmente vai abortar a criança? - Perguntou Adam.- Me solta, você está me machucando!Helga franziu a testa, tentando se livrar da mão de Adam, mas foi inútil. Os dedos dele apertavam seu pulso como um torno, sem dar nenhuma chance de soltura.Ela olhou furiosa para Adam e gritou:- O que isso tem a ver com você? Adam, o que aconteceu naquela noite foi um erro, e agora eu só quero corrigir esse erro!Ao ouvir isso, uma fúria sombria surgiu nos olhos de Adam, e ele apertou ainda mais o pulso dela:- Repete isso!Helga ficou pálida, mas seu olhar permaneceu gelado:- Não importa quantas vezes eu repita, a resposta será a mesma. E você antes não se importava com essa criança, então por que agora acha que tem algo a ver com você se eu vou tê-la ou não?!Ela olhava para Adam com desprezo. Se não fosse por ele, talvez ela e Abelo estivessem juntos agora. Esse era seu maior arrependimento. Infelizmente, agora ela nunca teria a chanc
Adam não permitiria que ela continuasse a agredi-lo. Ele agarrou facilmente seu pulso e a pressionou contra o vidro do carro:- Está brava por quê? Eu disse alguma mentira?Helga olhou para ele friamente:- Adam, se não fosse pelo seu irmão tentando te proteger, ele não teria morrido. Você não só não é grato, como ainda o xingou. Você não merece ser chamado de ser humano!- Ele fez isso por escolha própria. Nunca pedi para ele me salvar!O tom indiferente de Adam, como se estivesse falando de um estranho, fez com que Helga sentisse um frio no coração. Ela também sentiu que Abelo não merecia isso.- Se sua vida não tivesse sido salva por ele, eu mesma te mataria!Adam se inclinou até o ouvido dela e sussurrou:- Pena que você não pode me matar, não é?- Desgraçado!Os olhos de Helga quase queimavam de raiva, e ela o olhava com um desejo de matá-lo.Adam deu um sorriso e a soltou:- Para garantir que você não faça nada contra meu filho, vou colocar alguém para te vigiar. É melhor não me
Helga estreitou os olhos, fria:- Volte e diga a ele que eu não tenho tempo.Dizendo isso, Helga empurrou o homem e saiu. Mal havia dado alguns passos quando a voz dele soou atrás dela:- Srta. Helga, o Sr. Adam disse que, se você não for vê-lo, ele vai tomar medidas contra o Grupo Melo.Adam era astuto e traiçoeiro, e Helga já tinha experimentado isso na pele. Ela respirou fundo, virou-se e respondeu friamente:- Entendi, onde ele está?- O Sr. Adam está no Grupo GoldenV.Helga não disse mais nada. Caminhou rapidamente até o carro estacionado na rua e partiu em alta velocidade.Meia hora depois, Helga empurrou o secretário que tentava impedi-la e entrou furiosa no escritório de Adam.- Srta. Helga, o Sr. Adam está em uma reunião... - Disse uma secretária.No momento em que abriu a porta, Helga viu Adam conversando com um homem no sofá, ambos com sorrisos tranquilos.Ao ouvir a porta se abrir, os dois se viraram. Ao ver Helga, Adam franziu a testa:- Estou ocupado agora, espere lá fora