Capítulo 61: Momentos de Angústia Os paramédicos chegaram rapidamente com uma maca. Um deles tentou afastar Laura, mas ela se recusava a soltar Ethan. — Ele precisa de espaço, senhora — disse o paramédico com firmeza. — Eu não vou sair daqui! — Laura gritou, com lágrimas escorrendo. — Ele precisa de mim! Ethan, com esforço, segurou a mão dela, os olhos mal conseguindo se manter abertos. — Venha... comigo... — ele murmurou, sua voz quase inaudível. — Eu vou, Ethan. Eu prometo que vou — respondeu Laura, chorando enquanto beijava sua mão ensanguentada. Os paramédicos a ajudaram a subir no helicóptero com Ethan. Ela segurou sua mão o tempo todo, o olhar fixo nele, como se sua presença fosse suficiente para mantê-lo vivo. Chegando ao hospital, Ethan foi levado diretamente para a sala de cirurgia. Laura ficou para trás, paralisada e coberta de sangue. O vazio da espera era angustiante. Armando apareceu momentos depois, a tensão evidente em seu rosto. — Carla está sob
Capítulo 62: O Despertar da Esperança O amanhecer chegou lentamente, trazendo uma leve brisa que parecia limpar a tensão da noite. Laura estava na recepção do hospital, sentada ao lado de Dona Marli e Armando, ambos preocupados, mas tentando manter uma semblante de calma. O silêncio era pesado, carregado de incerteza, mas também de esperança. Quando o enfermeiro apareceu à porta, a expressão dele foi suficiente para que o coração de Laura disparasse. Ela se levantou rapidamente, com os olhos ansiosos. — Ele acordou — disse o enfermeiro, sorrindo gentilmente. Sem perder um segundo, Laura correu pelos corredores do hospital, seu coração batendo forte no peito. Dona Marli e Armando ficaram na recepção enquanto Laura parecia flutuar, movida pela necessidade de estar ao lado de Ethan. Ao entrar no quarto, a visão de Ethan com os olhos abertos e uma expressão fraca, mas esperançosa, fez seu corpo relaxar de alívio. Ele a olhou fixamente, os olhos revelando preocupação e dor. — Meu amo
Capítulo 63: O Despertar do Novo Dia O primeiro raio de sol atravessava a cortina do hospital, iluminando suavemente o quarto onde Ethan descansava. O som da respiração dele era tranquilo, e Laura estava ali, sentada ao lado da cama, observando-o com um sorriso suave no rosto. Ela sentia seu coração mais leve a cada respiração, aliviada por vê-lo acordado e fora de perigo. O som de uma leve tosse que veio de Ethan a fez desviar a atenção. Ele estava acordando, os olhos ainda sem foco, mas lentamente começando a se fixar na figura dela. — Bom dia — Laura disse com um sorriso caloroso, seus olhos brilhando de felicidade ao vê-lo tão vivo. Ethan olhou para ela, os olhos se suavizando ao ver a mulher que ele tanto amava. Ele tentou sorrir, mas um leve cansaço ainda estava estampado em seu rosto. Sua voz saiu rouca, como se tivesse sido arrastada pela falta de uso. — Bom dia, meu amor — respondeu ele, esticando a mão em direção a Laura. Ela segurou com carinho, sem hesitar. — Com
Perto das 10:00 da manhã, o telefone de Laura tocou, interrompendo o silêncio da manhã. Ela olhou o visor e sorriu ao ver o nome de Isabela. Atendeu rapidamente. "Oi, Isa! Que bom te ouvir!", disse Laura, animada. "Oi, amiga! Cheguei em Londres! Já estou no hotel e... estou morrendo de vontade de te ver!" Isabela respondeu, sua voz cheia de entusiasmo. "Que ótimo! Eu também estou com saudades. Acabei de sair de casa e já estou a caminho do hospital para ver o Ethan. Vou ficar com ele um tempo." Laura estava empolgada com a chegada de Isabela, mas o pensamento de ver Ethan logo a fazia sentir o coração bater mais rápido. "Não vejo a hora de te ver e reencontrar o Ethan! Fico aguardando notícias." Isabela disse com carinho, despedindo-se. "Te vejo logo!" Laura desligou o telefone e seguiu seu caminho até o hospital. Quando chegou ao hospital, entrou no quarto de Ethan e o encontrou acordado, com os olhos brilhando ao vê-la. Ele estendeu os braços e, sem hesitar, a puxou para
Capítulo 65 - Recomeços e Decisões Na manhã seguinte, Laura chegou cedo ao hospital, trazendo o café da manhã para Ethan. Ele já estava sentado na cama, olhando pela janela, pensativo. Ao vê-la, seu rosto se iluminou com um sorriso caloroso.“Bom dia, meu anjo. Tudo isso é para mim?” perguntou ele, apontando para a sacola que Laura carregava.“Claro! Achei que merecia algo melhor do que a comida do hospital,” respondeu ela, rindo enquanto colocava a sacola sobre a mesa.Ethan a observava organizar tudo, com um olhar cheio de carinho. “Sabe, é nesses momentos simples que percebo o quanto você significa para mim.”Laura corou levemente, desviando o olhar para esconder o sorriso. “Você está sentimental hoje, hein? Deve ser efeito da alta médica.”Ethan riu, balançando a cabeça. “Pode ser. Mas, falando nisso, o que acha de aproveitarmos minha alta para começarmos a planejar o futuro? Quero recomeçar... com você.”Ela parou por um momento, olhando para ele. Segurou a mão dele com delicade
Capítulo 1 :Notas Perdidas Laura sempre foi uma mulher de presença marcante. Aos 29 anos, ela trabalhava como pianista e criadora de partituras, imersa no universo da música, onde as notas fluíam de forma natural, como se fizessem parte de sua própria essência. Mesmo após o acidente, sua habilidade de tocar e compor não foi afetada, um consolo em meio ao turbilhão de memórias perdidas. Com cabelos longos e escuros, olhos verdes profundos e uma silhueta esguia, ela sempre chamava atenção onde quer que fosse. Sua beleza era discreta, mas marcante, e a confiança que irradiava tornava impossível não notar sua presença. Ela sabia disso, mas nunca usou seu charme de forma superficial — era apenas quem ela era, uma mulher sensual, sem esforço. O acidente, há dois anos, havia levado embora muitas lembranças, mas não o essencial: ela ainda sabia quem era. No entanto, algumas peças de seu passado estavam faltando, lacunas que a deixavam inquieta. Pessoas, momentos, até mesmo sentimentos.
Capítulo 2: Ecos do PassadoDepois de ler a carta, Laura sentiu uma onda de confusão. As palavras ali, "Eu te amo, Laura. Não importa o que aconteça, você sempre será minha", a atravessaram como um raio. Daniel… esse nome ecoava em sua mente, mas nada mais vinha junto. Não havia um rosto, nem uma lembrança clara de quem ele fosse. Apenas uma sensação de que, de alguma forma, ele deveria ser importante para ela.Com as mãos ainda tremendo, ela colocou a carta sobre a mesa e se levantou. O apartamento estava em silêncio, apenas o som de seus próprios passos quebrava a quietude do ambiente. Ela se dirigiu até o piano, mas mesmo as teclas brancas e negras, que sempre foram seu refúgio, agora pareciam distantes, quase irreais. Tocar não trouxe consolo, como geralmente acontecia. Algo estava fora do lugar.Foi então que a ideia de sair daquele lugar, de deixar para trás aquele silêncio ensurdecedor, pareceu ser sua única alternativa. Ela pegou a bolsa, respirou fundo e decidiu que precisava
Capítulo 3 : Desejos do Inconsciente O dia seguinte chegou sem grandes mudanças. Laura acordou cedo, como sempre fazia, e se preparou para mais um dia de trabalho. Ela se vestiu com precisão, escolhendo uma blusa de seda branca e uma saia preta que acentuava suas curvas de forma discreta, mas elegante. Sua aparência era impecável, como sempre, e ela se sentia confortável na rotina que construíra, mesmo sabendo que o passado ainda permanecia nebuloso. Ela sabia o que fazer: dar aulas de piano pela manhã, ensaiar com a orquestra à tarde, e manter o foco em sua música. Não podia se permitir se perder em dúvidas, não sem antes resolver suas pendências profissionais. A vida musical era seu porto seguro. Mesmo com os fragmentos do passado que a atormentavam, o piano ainda a mantinha equilibrada, e a orquestra era o lugar onde se sentia completa. A manhã passou rapidamente. Laura ministrou suas aulas com a habitual precisão e paixão, observando seus alunos com a dedicação de sempre,