Os cartões de créditos estavam em nome de Yasmim da Rocha Silva. E apenas mudava Vanessa para ele próprio e neste caso não podia acusá - la de nada para sua decepção maior. Não havia outra saída a não ser sair de Florianópolis. — Yasmim ficou a espera de Dalton voltar à delegacia para ter aquela conversa, embora triste ao saber que Júlio estava sofrendo muito por causa dela que fizera um estrago na vida dele.
Mas ao mesmo tempo se sentia aliviada depois de ter contado a verdade, e por ter se livrado de duas mulheres que arruinaram a sua vida. As duas foram um atraso. Sentia-se mais leve e disposta a fazer justiça às vítimas que foram covardemente assassinadas, por causa de uma das mulheres que ela mesma criou. Ela pensou consigo mesma, “Eu sou o criador que criou a criatura e agora eu preciso destruí -la".
Dalton voltou para a delegacia ficando no lugar de Júl
— E você o que vai fazer? — Por enquanto eu vou ficar por aqui até o Júlio sair de casa, porque não há clima para nós ficarmos na mesma casa. Convença ele a sair para outro lugar, acredito que é isso que ele mais quer! — Eu já sei o que vou sugerir! — O que? — Vou pedir para ele ir à cidade de Miami, Estados Unidos, eu trabalho em Nova Iorque, mas tenho um apartamento em Miami. Porque lá mora um amigo meu que é Brasileiro dono de uma churrascaria que faz muito sucesso. Vou dar o endereço quem sabe ele fica por lá uns tempos. O que acha disso? — Boa idéia, ele sempre teve um sonho de c
Conhecer de perto o responsável pelo sofrimento dela. Queria entender a razão por qual ele não entendia que poder era esse de fazer uma linda jovem desviar-se do caminho. Faltando uma hora para o embarque tomou um cafezinho acompanhado de alguns pastéis, não havia tomado café antes de sair de casa, perdeu a fome devido à ansiedade e nervosismo. Suas mãos tremiam. Olhava para o relógio a todo instante, mas algo chamou atenção quando olhou ao lado e viu uma linda mulher ansiosa andando de um lado pro outro agindo da mesma forma que ele. Olhando o relógio contando os minutos. Fernando olhou atentamente os movimentos daquela bela mulher de lábios carnudos batom vermelho, cabelos longos e loiros olhos verdes. Pensou consigo mesmo. “Eu conheço esta mulher? Mas de onde?" Lembrava muito de alguém? Era óbvio que passou na sua cabeça, Yasmim. Será? Pensou ele, ela não! Até porque foi ela que m
E abriu muitos carros com um grampo e tinha experiência. E com jeitinho abriu a porta do carro de Davi sem que ninguém o visse. Agachado entrou e ficou sentado no banco traseiro na espera. Queria fazer algumas perguntas, embora achando ridículo fazer aquilo, mas estava disposto a correr o risco. Dominado pelo tédio por estar calmo demais e nada de importante acontecia. Já passava da meia noite perto do motel havia muitas árvores em volta. E nisso ficava mais escuro. As ruas estavam desertas sem movimento de carro e ninguém passando por aquele lugar. Dalton se sentiu muito só abandonado por todos. Pensava na sua família em Porto Alegre, e Júlio nos Estados Unidos. E Yasmim o que será que ela está fazendo? Sentiu que a sua profissão além de arriscado era ingrata. Quando podia ser um homem casado com filhos ter uma bela mulher em casa esperando. Estava ficando velho para estar solteiro e v
— Eu sei, faz sentido a sua tese, mas sou delegado estou em busca da verdade, foi encontrado seu cartão de crédito no local do crime ele será examinado pela perícia caso for encontrado as impressões digitais no cartão de crédito poderemos chegar ao assassino assim como na navalha que cometeu este crime, e quem sabe outros três que seu vizinho delegado estava investigando, mas ele desistiu do caso e não sabemos por que, mas parece que alega problemas pessoais. Sei que o senhor é um empresário bem sucedido e tem álibi deste crime segundo disseram seus vizinhos, mas peço que não saia da cidade e nem do País o senhor será intimado para depor na delegacia depois que a perícia fizer as análises na arma do crime e no seu cartão de crédito, por enquanto o senhor é o principal suspeito, até que seja feito uma investigação deste caso! &nbs
— É que você estava embriagada pela paixão obsessiva pelo seu padrasto em que deixou você cega e surda, esta paixão brutal parecia uma droga que contaminou seus sentidos, seus sentimentos verdadeiros. A verdadeira razão de viver. Fazendo esquecer de viver a sua adolescência que é a coisa mais normal possível, e você não sentiu isso por direito. — Dissera Fernando. — Quando chegaram à casa de Jandir e Claudete foram recebidos friamente. Para Claudete àquela linda mulher era uma estranha, a vizinha curiosa se perguntando: "Quem é esta linda mulher? E mais o cavaleiro junto dela?”. Por onde passava arrancava suspiros acreditando que se tratava de uma estrela de TV ou quem sabe uma modelo famosa. Ninguém suspeitava que aquela bela mulher, que foi a jovem cheia de atitude e de energia jogadora de vôlei na juventude, loirinha de olhos verdes coxas grossas, corpo escultural que deixou muitos rapazes apaixonados. Muita c
Na vida tudo pode ser prazeroso, desde que saibamos escolher o que é certo e o errado, o que é bom ou ruim, e foi o que aconteceu com você. Naquela época não tinha maturidade para saber o que era certo ou errado, todos nós passamos por este processo na adolescência. Somos imaturos egoístas e rebeldes. Que só obedecemos à linguagem do nosso corpo, e não da nossa mente conciliadora. Enquanto os dois conversavam ao se aproximar da casa de Jandir que estava com Claudete numa área tomando chimarrão como era de costume, as pernas de Yasmim tremiam sua pele ficou pálida dominada por uma emoção devastadora, olhando nos olhos de sua mãe que olhava com um olhar frio sem nenhuma emoção. Yasmim esperava uma recepção mais calorosa, vendo no rosto de Jandir o olhar de espanto. — Pois não! Em que eu posso ajudar? — Perguntou: Claudete. <
Agora já me viu que estou bem pode voltar para cidade grande. Deve estar bem, já a sua mãe está velha e imprestável, pode ir nós estamos bem! — Yasmim ficou calada e ouviu tudo o que a sua mãe dissera. As lágrimas corriam sobre seu rosto sem poder reagir às acusações sofridas. E via no rosto a mágoa de sua mãe que julgava a filha como uma ingrata. E se deu conta que sua mãe tinha razão o que ela podia dizer naquele momento? Afinal de contas percebeu que sua mãe precisava colocar pra fora todo o veneno que seu padrasto colocou na cabeça dela, e pensou consigo mesma. — Fernando tem razão, perdi tudo, mãe, pai, filhas, irmão. Só não posso perder a única coisa que me resta, a esperança e a dignidade. Ela levantou olhou bem para sua mãe enxugando as lágrimas e ouviu tudo de sua mãe. — O que está esperando para pegar
Após ter chegado de viagem cansada e abalada pelo seu fracasso na tentativa de se aproximar de sua mãe. E mais triste ficou ao descobrir que seu padrasto não era aquele modelo de homem perfeito que ela imaginava que fosse, pelo fato dele ser covarde e mesquinho. Embora sabendo ser a culpada por tudo, sentiu uma estranha sensação de que nunca havia morado naquela mansão. Um vazio tomou conta dentro do peito, se achando uma estranha. Aquela casa não era dela. A vida que viveu ao lado de Júlio era uma mentira, um castelo de mentira que ela mesma criou. Não sentiu falta de Júlio e nem de Dalton. Embora curiosa para saber o andamento das investigações. Foi no seu quarto e apagou as luzes e dormiu, oito horas para descansar seu corpo exausto. Dispensou os empregados convocando para que eles comparecessem no dia seguinte. Pretendia fazer uma reunião com todos, comunicando de uma decisão de ir embora para a ci