— Quando cheguei a Namibe não fui muito bem recebido pelos amigos do príncipe — iniciou Roi de forma a chamar toda a atenção sobre si — Parece que ainda se ressentem de que você os tenha, de certa forma, abandonado.
Kedaf olhou para ele de forma curiosa, mas limitou-se a ouvir.
Roi então narrou detalhadamente todos os problemas que enfrentara, desde sua entrada no deserto, os ladrões que o acompanhavam, a fome e a sede que o sufocaram, a sorte que sempre fora sua amiga, lhe colocando na entrada do templo, que encontra
Após um merecido almoço o grupo se reuniu novamente no quarto de Kedaf, onde ele já havia providenciado uma mesa larga que agora acomodava o último e mais importante mapa que o grupo necessitava para chegar a Hiphitusi.Após juntarem os mapas resolveram preservar o mesmo e chamaram um cartógrafo inglês que reproduziu o documento com a orientação deles, chegando num resultado final que agradou a todos, de onde era possível ver o formato do antigo e enorme continente em azul com um X vermelho cor de sangue, aproximadamente no meio dele.
Com uma excelente equipe montada, agora composta por seis alpinistas, quatro seguranças, oito carregadores e também um médico, perfazendo um total de 22 pessoas, o grupo se dirigiu a China e após a devida autorização para exploração dentro do país, foram para o norte de Sikkim, em solo indiano.De Sikkim iniciaram a mais longa jornada que a expedição faria desde que meses atrás iniciaram a missão. Primeiro foram para o norte, enfrentando as primeiras montanhas para retornar à China. De lá seguiram para leste, acompanhando a fronteira com o Butão, transpuseram mais montanhas geladas e rios.
Iniciaram uma descida difícil pelas paredes que sustentavam a cratera. Por sorte, eram paredes com diversas plataformas naturais criadas pela ação do tempo ou outra força da natureza.Os acessórios dos alpinistas foram fundamentais para o progresso do trabalho, que não seria viável sem eles. Impossível seria a melhor palavra para descrever a descida até aquele poço sem fundo onde se encontravam.Conforme seguiam rumo ao centro da montanha, perceberam um ligeiro aumento da temperatura e grossas roupas começa
Duas semanas depois, após a troca dos alpinistas por mergulhadores, o grupo seguia num grande barco alugado rumo ao norte do Atlântico. Levavam a bordo um minissubmarino russo, conseguido através de um amigo patrocinador que Kedaf conhecera na alta sociedade inglesa, com o qual passara diversas noites bebendo e jogando bridge.Para ganhar tempo, o falso príncipe e a exploradora faziam um estudo em conjunto enquanto navegavam, para precisar a área que abrangeria agora a provável localização de Hiphitusi.Roi aproveitava o passeio
Com a descida lenta do minissubmarino, o silêncio tomou conta de todos, formando um belo e propício espaço de tempo para meditações.Enquanto Roi se via novamente como um garoto que brincava com os amigos de explorador, armado de uma espada de madeira e conseguindo encontrar vários tesouros em suas conquistas, Vanuzia também recordava das antigas histórias que lera quando adolescente, sobre os grandes descobrimentos do passado.Ambos jamais sonharam em viver de fato tal emoção, que um dia não passaram de sim
Os líderes adentraram imediatamente em Hiphitusi, deixando para trás um longo e rico trabalho de exploração submarina para o restante da tripulação.Toda a volta do templo estava repleta de diversos barcos, pequenos e de médio porte, antigos e modernos, um submarino, até uma nau conhecida como Knorr da época dos Vikings jazia intacta ali.Obviamente que a maioria destas embarcações se encontrava destruída, formando um grande cemitério, mas a sua exploração era obrigatória,
Após entrarem, um grande salão submerso se abriu a frente deles.Vanuzia acariciou uma das paredes lisas, sem emendas, aparentemente de um tom cinza, abaixo da camada de algas que a tornava a distância um pouco esverdeada.Após olharem com mais atenção encontraram num dos cantos próximos ao teto, na parede à frente, uma pequena saliência em forma de quadrado. Este local estava mais limpo, como se aparentemente não estivesse por tantos anos exposto às ações do tempo, e no seu centro havia um bot&
Será que vamos morrer aqui?A pergunta de Vanuzia se repetia na mente de Roi, que pela centésima vez tentava encontrar uma maneira de acionar os botões dos cantos superiores, apesar dela lhe dizer sempre que não adiantaria, pois nem mesmo os botões de baixo acendiam mais, estava claro como a água que o mecanismo já cumprira o seu papel, agora era esperar...— Esperar o que, meu amor! Sempre pensei em morrer junto a alguém que eu amo, mas não foi dessa forma que eu sonhei. Imaginei-me velhinho, sentado contigo numa