Eduardo
Paro ao lado de Lorenzo, mais perto do que me sinto confortável em ficar de uma pessoa, mesmo essa pessoa sendo meu irmão, pois as sombras em Wentworth são raras no verão.
Como se não bastasse as sombras serem raras nesse clã infernal e estarmos em pleno verão, esse verão em específico está superando todos os outros, ganhando de todos os outros, eu diria, em calor e umidade no ar.
- O que você quer, Eduardo? Um beijo? – Lorenzo pergunta, de forma áspera, olhando para mim com a expressão fechada.
Se eu, o irmão mais alegre, extrovertido e inclinando a gostar de todas as pessoas, não gosto de ficar muito perto de outras pessoas, a melhor definição para explicar Lorenzo seria dizer que ele odeia qualquer ser humano que chegue a menos de um metro e meio d
Katherine Estou cansada da viajem de volta que parece ter durado ainda mais do que a de ida, visto que precisei ficar em um lugar confinado e aperado junto com Alicia, que me lançava regularmente olhares de ódio, com Gustavo, que ainda parece querer muito falar comigo pessoalmente, e com os irmãos de Lallybroch, que parecem tensos e mal trocam olhares. No entanto, apesar de todo esse cansaço, eu ainda consegui reunir forças para, assim que sai do carro, vir até aqui, até a biblioteca de Celeste, a fim de dar continuidade ao meu plano. O plano, arquitetado minuciosamente por mim e Lorenzo, consiste achar a caverna dos antigos e ir até lá... Na real, parando para pensar, isso nem é um plano de verdade, pois nem sabemos onde isso nos levará. Estamos fazendo isso apenas porque ficar parados parece ser ainda pior. Da mesma forma que fiz alguns dias
Katherine- Como você vai fazer isso? - Eduardo pergunta, assim que chegamos em frente a porta da sala onde o conselho está reunido. Estou tão nervosa que minhas pernas tremem violentamente, assim como minhas mãos e, muito provavelmente, minha voz. Paro em frente a porta e fico olhando para Edu, confusa, tentando entender o que ele quer dizer. - O que? - Pergunto, franzindo o cenho para ele. - Como você vai abrir a porta? - Ele inclina a cabeça para o lado e sorri, provavelmente da mesma forma que o próprio demônio sorri. - Você precisa causar impacto nas pessoas que estão ali dentro, precisa mostrar que chegou e para que chegou. - Eduardo dá um tapinha em meu braço e se coloca atrás de mim, alinhado com Gustavo e Lorenzo. Fecho os olho
Katherine - Aqui está seu café, rainha Katherine. - Anne fala, fazendo uma reverência debochada. - Pare com isso, Anne. Você também não. - Brigo com ela enquanto, ainda rindo, ela coloca uma xícara de café preto e fumegante a minha frente. - E então, meu amor, como tem sido esses últimos dias? - Ela pergunta, sentando-se à minha frente. Tomo um gole de café e fico pensando por um bom tempo, tentando achar uma resposta completamente sincera, mas a verdade é que eu realmente não sei o que dizer quando as pessoas me perguntam isso. Estou exausta. Durmo apenas umas duas, três horas por noite, como apenas quando alguém me lembra que tenho que fazer isso e passo tantas horas em reuniões, usando essa porcaria dessa coroa, assinando documentos, aprovando orçamentos e me estressando com os conselheir
Katherine- Há alguma chance de ele já ter partido? - Pergunto para Gustavo, já quase sem fôlego, enquanto descemos os degraus da escada estreita de pedra que leva até os estábulos.- Sim, há essa possibilidade, mas eu duvido muito. - Ele responde, segurando minha mão com força quando começamos a descer o último lance de escadas, que eu já estava começando a achar que era infinita.- Para o bem do seu pai, Gustavo, acho melhor que não. - Falo assim que chegamos em frente às pesadas portas que nos separam dos estábulos.Empurro as portas sem pensar duas vezes e entro no amplo espaço onde guardamos nossos cavalos. As vigas de madeira e o chão coberto de palha dão ao lugar um ar especial, faz com que eu quase sinta que não estou mais em um castelo.Desde que retornei à Lorien, eu ainda não tinha decido aqui,
Katherine- Há alguma chance de ele já ter partido? - Pergunto para Gustavo, já quase sem fôlego, enquanto descemos os degraus da escada estreita de pedra que leva até os estábulos.- Sim, há essa possibilidade, mas eu duvido muito. - Ele responde, segurando minha mão com força quando começamos a descer o último lance de escadas, que eu já estava começando a achar que era infinita.- Para o bem do seu pai, Gustavo, acho melhor que não. - Falo assim que chegamos em frente às pesadas portas que nos separam dos estábulos.Empurro as portas sem pensar duas vezes e entro no amplo espaço onde guardamos nossos cavalos. As vigas de madeira e o chão coberto de palha dão ao lugar um ar especial, faz com que eu quase sinta que não estou mais em um castelo.Desde que retornei à Lorien, eu ainda não tinha decido aqui,
LorenzoSento-me na poltrona que fica de frente para a lareira, onde um fogo suave a acolhedor crepita, apesar do calor que está fazendo, e deixo meu corpo relaxar pela primeira vez em dias, apesar de saber que essa sensação é apenas momentânea.- Por que estamos todos aqui? Não deveria ter alguém com ela? - Eduardo, largado de qualquer jeito na poltrona ao lado da minha, questiona.- Deveria, sim, mas ela é a Katherine. - Jaxon, que não é muito de falar, e muito menos de reclamar, senta-se
LorenzoSento-me na poltrona que fica de frente para a lareira, onde um fogo suave a acolhedor crepita, apesar do calor que está fazendo, e deixo meu corpo relaxar pela primeira vez em dias, apesar de saber que essa sensação é apenas momentânea.- Por que estamos todos aqui? Não deveria ter alguém com ela? - Eduardo, largado de qualquer jeito na poltrona ao lado da minha, questiona.- Deveria, sim, mas ela é a Katherine. - Jaxon, que não é muito de falar, e muito menos de reclamar, senta-se na poltrona que fica do meu outro lado, um copo de whisky nas mãos.- O que quer dizer com isso? - Questiono, passando as mãos por meus cabelos ainda úmidos após o banho.- Que ela é tão teimosa quanto você. - Jaxon bufa, frustrado, mas consigo perceber uma nota de admiração em seu tom de voz. - Ah, e e
Katherine - Por favor, não vá. - Peço, as lágrimas que foram se acumulando em meus olhos nos últimos minutos, que passamos nos beijando, nos abraçando e dizendo que nos amamos, escorrendo livremente por meu rosto. Inferno. Em pensar que, um tempo atrás, antes de vir para essa ilha do caralho onde tudo o que fazem é me usar ou querer me matar, eu conseguia me manter firme o suficiente para não chorar e agora tudo o que faço é exatamente isso, chorar. Minha avó me fez prometer ser forte, eu queria ser forte por ela, pela memória de uma Eleonora indestrutível, fiz tudo o possível para ser assim, para ser como ela, mas eu simplesmente não consigo. - Não me peça isso, Kat. - Lorenzo limpa as lágrimas de meu rosto, afastando alguns fios de meu cabelo presos em meus cílios. - Não te pedir isso? Como posso não te pedir isso, porra? Você é parte de mim, Lorenzo. Não quero que se coloque em perigo por uma pessoa, por um rei, tão mesquinho quanto meu pai. Não vale a pena. Não vale a sua vid