Katherine
- Como você vai fazer isso? - Eduardo pergunta, assim que chegamos em frente a porta da sala onde o conselho está reunido.
Estou tão nervosa que minhas pernas tremem violentamente, assim como minhas mãos e, muito provavelmente, minha voz. Paro em frente a porta e fico olhando para Edu, confusa, tentando entender o que ele quer dizer.
- O que? - Pergunto, franzindo o cenho para ele.
- Como você vai abrir a porta? - Ele inclina a cabeça para o lado e sorri, provavelmente da mesma forma que o próprio demônio sorri. - Você precisa causar impacto nas pessoas que estão ali dentro, precisa mostrar que chegou e para que chegou. - Eduardo dá um tapinha em meu braço e se coloca atrás de mim, alinhado com Gustavo e Lorenzo.
Fecho os olho
Katherine - Aqui está seu café, rainha Katherine. - Anne fala, fazendo uma reverência debochada. - Pare com isso, Anne. Você também não. - Brigo com ela enquanto, ainda rindo, ela coloca uma xícara de café preto e fumegante a minha frente. - E então, meu amor, como tem sido esses últimos dias? - Ela pergunta, sentando-se à minha frente. Tomo um gole de café e fico pensando por um bom tempo, tentando achar uma resposta completamente sincera, mas a verdade é que eu realmente não sei o que dizer quando as pessoas me perguntam isso. Estou exausta. Durmo apenas umas duas, três horas por noite, como apenas quando alguém me lembra que tenho que fazer isso e passo tantas horas em reuniões, usando essa porcaria dessa coroa, assinando documentos, aprovando orçamentos e me estressando com os conselheir
Katherine- Há alguma chance de ele já ter partido? - Pergunto para Gustavo, já quase sem fôlego, enquanto descemos os degraus da escada estreita de pedra que leva até os estábulos.- Sim, há essa possibilidade, mas eu duvido muito. - Ele responde, segurando minha mão com força quando começamos a descer o último lance de escadas, que eu já estava começando a achar que era infinita.- Para o bem do seu pai, Gustavo, acho melhor que não. - Falo assim que chegamos em frente às pesadas portas que nos separam dos estábulos.Empurro as portas sem pensar duas vezes e entro no amplo espaço onde guardamos nossos cavalos. As vigas de madeira e o chão coberto de palha dão ao lugar um ar especial, faz com que eu quase sinta que não estou mais em um castelo.Desde que retornei à Lorien, eu ainda não tinha decido aqui,
Katherine- Há alguma chance de ele já ter partido? - Pergunto para Gustavo, já quase sem fôlego, enquanto descemos os degraus da escada estreita de pedra que leva até os estábulos.- Sim, há essa possibilidade, mas eu duvido muito. - Ele responde, segurando minha mão com força quando começamos a descer o último lance de escadas, que eu já estava começando a achar que era infinita.- Para o bem do seu pai, Gustavo, acho melhor que não. - Falo assim que chegamos em frente às pesadas portas que nos separam dos estábulos.Empurro as portas sem pensar duas vezes e entro no amplo espaço onde guardamos nossos cavalos. As vigas de madeira e o chão coberto de palha dão ao lugar um ar especial, faz com que eu quase sinta que não estou mais em um castelo.Desde que retornei à Lorien, eu ainda não tinha decido aqui,
LorenzoSento-me na poltrona que fica de frente para a lareira, onde um fogo suave a acolhedor crepita, apesar do calor que está fazendo, e deixo meu corpo relaxar pela primeira vez em dias, apesar de saber que essa sensação é apenas momentânea.- Por que estamos todos aqui? Não deveria ter alguém com ela? - Eduardo, largado de qualquer jeito na poltrona ao lado da minha, questiona.- Deveria, sim, mas ela é a Katherine. - Jaxon, que não é muito de falar, e muito menos de reclamar, senta-se
LorenzoSento-me na poltrona que fica de frente para a lareira, onde um fogo suave a acolhedor crepita, apesar do calor que está fazendo, e deixo meu corpo relaxar pela primeira vez em dias, apesar de saber que essa sensação é apenas momentânea.- Por que estamos todos aqui? Não deveria ter alguém com ela? - Eduardo, largado de qualquer jeito na poltrona ao lado da minha, questiona.- Deveria, sim, mas ela é a Katherine. - Jaxon, que não é muito de falar, e muito menos de reclamar, senta-se na poltrona que fica do meu outro lado, um copo de whisky nas mãos.- O que quer dizer com isso? - Questiono, passando as mãos por meus cabelos ainda úmidos após o banho.- Que ela é tão teimosa quanto você. - Jaxon bufa, frustrado, mas consigo perceber uma nota de admiração em seu tom de voz. - Ah, e e
Katherine - Por favor, não vá. - Peço, as lágrimas que foram se acumulando em meus olhos nos últimos minutos, que passamos nos beijando, nos abraçando e dizendo que nos amamos, escorrendo livremente por meu rosto. Inferno. Em pensar que, um tempo atrás, antes de vir para essa ilha do caralho onde tudo o que fazem é me usar ou querer me matar, eu conseguia me manter firme o suficiente para não chorar e agora tudo o que faço é exatamente isso, chorar. Minha avó me fez prometer ser forte, eu queria ser forte por ela, pela memória de uma Eleonora indestrutível, fiz tudo o possível para ser assim, para ser como ela, mas eu simplesmente não consigo. - Não me peça isso, Kat. - Lorenzo limpa as lágrimas de meu rosto, afastando alguns fios de meu cabelo presos em meus cílios. - Não te pedir isso? Como posso não te pedir isso, porra? Você é parte de mim, Lorenzo. Não quero que se coloque em perigo por uma pessoa, por um rei, tão mesquinho quanto meu pai. Não vale a pena. Não vale a sua vid
Katherine- Por favor, não vá. - Peço, as lágrimas que foram se acumulando em meus olhos nos últimos minutos, que passamos nos beijando, nos abraçando e dizendo que nos amamos, escorrendo livremente por meu rosto.Inferno. Em pensar que, um tempo atrás, antes de vir para essa ilha do caralho onde tudo o que fazem é me usar ou querer me matar, eu conseguia me manter firme o suficiente para não chorar e agora tudo o que faço é exatamente isso, chorar.Minha avó me fez prometer ser forte, eu queria ser forte por ela, pela memória de uma Eleonora indestrutível, fiz tudo o possível para ser assim, para ser como ela, mas eu simplesmente não consigo.- Não me peça isso, Kat. - Lorenzo limpa as lágrimas de meu rosto, afastando alguns fios de meu cabelo presos em meus cílios.- Não te pedir isso? Como posso não te pedir isso, porra? Você é parte de mim, Lorenzo. Não quero que se coloque em perigo por uma pessoa, por um rei, tão mesquinho quanto meu pai. Não vale a pena. Não vale a sua vida. -
Katherine Termino de comer a terceira, ou quarta, fatia de bolo de chocolate que Anne me obrigou a consumir e solto um suspiro, minhas mãos se fechando imediatamente ao redor de uma caneca enorme de café que ela coloca a minha frente. - Não há a menor chance de isso dar certo. - Anne fala, seus lábios franzidos de preocupação, seu olhar me repreendendo e dizendo que estou fazendo tudo errado. - Como não, Anne? - Tomo um gole do café, sentindo-me melhor imediatamente. - O povo, o meu povo, precisa ver quem os governa. - Digo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Por que acha isso? Por que acredita tanto que “seu povo” precisa te ver que vai colocar sua vida em risco? - Olho para Alicia, perguntando-me, pela milésima vez, por qual motivo resolvi contar meus planos na frente dela. - Olha só, não palpita. Não era nem para você estar ouvindo isso. - Retruco, como uma criança. - Eu não pedi para ouvir. - Ela joga os cabelos por cima dos ombros, mas noto que suas bochechas co