Lorenzo
- Não quero falar sobre isso, Katherine. - Digo, a mesma resposta que dou todas as vezes que ela me pergunta sobre Alya, a mesma resposta que dou para todo mundo que me pergunta sobre Alya.
- Nesse ponto da história, Lorenzo, já não interessa mais o que você quer. - Kat grita, puxando uma mecha de seus cabelos longos e escuros com tanta força para trás que eu temo, por um breve segundo, que ela arranque os fios. - Estou cansada de toda essa merda. Estou farta das pessoas falando sobre isso o tempo todo e jogando na minha cara que, apesar de ser sua atual noiva, sou a única pessoa em Lorien que não sabe o que diabos aconteceu entre você e essa tal de Alya. - Ela vira-se de costas para mim, dando alguns passos mais para o interior da floresta, mas então para e me encara novamente. - Acho que cabe destacar qu
Lorenzo - Como assim “depois disso Alya morreu”? - Katherine se mexe do meu lado, parecendo desconfortável com o que acabou de ouvir. - Depois que me recusei a transformar ela em vampira, as coisas foram ficando cada vez mais difíceis. - Afasto delicadamente minha mão da de Kat, sentindo, repentinamente, como se não fosse digno de seu toque. “Como não tinha prática e, por tal motivo, não conseguia controlar sua transformação, Alya transformava-se apenas nas noites de lua cheia, uma semana por mês, mas era o suficiente para transforma a vida de todos no castelo um inferno. Após cada transformação, apesar de estar se tornando mais fácil, Alya implorava para que eu ou algum de meus irmãos a transformasse, para que, como ela amava falar, acabássemos com seu sofrimento. Eu não queria transformá-la, eu não podia transformar Alya pelo simples fato de que eu não aguentaria vê-la como uma de mim, como uma vampira, imorta
Lorenzo- Como assim “depois disso Alya morreu”? - Katherine se mexe do meu lado, parecendo desconfortável com o que acabou de ouvir.- Depois que me recusei a transformar ela em vampira, as coisas foram ficando cada vez mais difíceis. - Afasto delicadamente minha mão da de Kat, sentindo, repentinamente, como se não fosse digno de seu toque.“Como não tinha prática e, por tal motivo, não conseguia controlar sua transformação, Alya transformava-se apenas nas noites de lua cheia, uma semana por mês, mas era o suficiente para transforma a vida de todos no castelo um inferno.Após cada transformação, apesar de estar se tornando mais fácil, Alya implorava para que eu ou algum de meus irmãos a transformasse, para que, como ela amava falar, acabássemos com seu sofrimento.Eu não queria trans
Katherine- Como assim o meu pai... Quer dizer: como assim Filipe sumiu? - Me afasto do balcão da cozinha, esquecendo-me completamente da xícara de chocolate quente que estava em minhas mãos.Por consequência de minha súbita movimentação, que não foi nem um pouco delicada, devo acrescentar, a xícara rola por cima do balcão e se espatifa no chão, respingando o líquido marrom, quente e cremoso por todos os cantos e produzindo um som que ecoa sem parar pela casa em silêncio.Assim que eu e os dos príncipes de Lallybroch voltamos para dentro de casa, Gustavo colocou uma xícara do líquido quente em minhas mãos e me conduziu para a cozinha, onde estamos todos até agora.Olho de Gustavo para Eduardo e depois, engolindo minha vergonha, olho para Lorenzo, que parece estar evitando meu olhar depois de termos sido pegos no flagra pelo irmão de
Katherine- Para de mexer nessa merda, Katherine. – Lorenzo empurra minha mão para o lado, impedindo-me dê continuar coçando as feridas que agora não passam de marcas minha pele, mas que ainda coçam muito.Empurro a mão dele de volta e tento coçar novamente, mas isso apenas dá início a uma boba batalha entre nós dois, onde ambos riem e tentam seguras as mãos do outro.Lorenzo é mais forte, mais rápido e possui reflexos milhares de vezes mais aguçados do que os meus, pois sou apenas uma mortal e ele... Bem, ele é um dos vampiros mais antigos e bem treinados da ilha de Lorien, mas ainda assim eu consigo escapar dele por quase um minuto inteiro.- Como você está se sentindo? – Ele pergunta assim que nos deitamos na cama. Eu de costas para ele e ele abraçando minha cintura, seu rosto em meu pescoço.- Meu pai est&
EduardoSorrio ante a expressão embasbacada que surge no rosto de Katherine, que normalmente é tão sério e fechado, mas então me dou conta do que acabei de galar e solto um suspiro pesado.Por anos guardei esse segredo, que é tanto meu quanto de Alicia, mas Kat me faz sentir confortável, como se pudesse confiar qualquer coisa à ela qualquer segredo, por mais terrível que seja, então eu simplesmente soltei essa bomba sobre ela.Claro, eu também contei isso agora com a intenção de fazer com que Katherine perdoe Alicia, que anda insuportável nos últimos dias, sem conseguir admitir que sente falta da melhor amiga.-Podemos conversar um pouco? Ou você quer partir imediatamente de volta a Ravengarden? – Sorrio para ela, inclinando a cabeça para o lado da forma mais encantadora que consigo.Katherine, que já conhece meus truques
EduardoParo ao lado de Lorenzo, mais perto do que me sinto confortável em ficar de uma pessoa, mesmo essa pessoa sendo meu irmão, pois as sombras em Wentworth são raras no verão.Como se não bastasse as sombras serem raras nesse clã infernal e estarmos em pleno verão, esse verão em específico está superando todos os outros, ganhando de todos os outros, eu diria, em calor e umidade no ar.- O que você quer, Eduardo? Um beijo? – Lorenzo pergunta, de forma áspera, olhando para mim com a expressão fechada.Se eu, o irmão mais alegre, extrovertido e inclinando a gostar de todas as pessoas, não gosto de ficar muito perto de outras pessoas, a melhor definição para explicar Lorenzo seria dizer que ele odeia qualquer ser humano que chegue a menos de um metro e meio d
Katherine Estou cansada da viajem de volta que parece ter durado ainda mais do que a de ida, visto que precisei ficar em um lugar confinado e aperado junto com Alicia, que me lançava regularmente olhares de ódio, com Gustavo, que ainda parece querer muito falar comigo pessoalmente, e com os irmãos de Lallybroch, que parecem tensos e mal trocam olhares. No entanto, apesar de todo esse cansaço, eu ainda consegui reunir forças para, assim que sai do carro, vir até aqui, até a biblioteca de Celeste, a fim de dar continuidade ao meu plano. O plano, arquitetado minuciosamente por mim e Lorenzo, consiste achar a caverna dos antigos e ir até lá... Na real, parando para pensar, isso nem é um plano de verdade, pois nem sabemos onde isso nos levará. Estamos fazendo isso apenas porque ficar parados parece ser ainda pior. Da mesma forma que fiz alguns dias
Katherine- Como você vai fazer isso? - Eduardo pergunta, assim que chegamos em frente a porta da sala onde o conselho está reunido. Estou tão nervosa que minhas pernas tremem violentamente, assim como minhas mãos e, muito provavelmente, minha voz. Paro em frente a porta e fico olhando para Edu, confusa, tentando entender o que ele quer dizer. - O que? - Pergunto, franzindo o cenho para ele. - Como você vai abrir a porta? - Ele inclina a cabeça para o lado e sorri, provavelmente da mesma forma que o próprio demônio sorri. - Você precisa causar impacto nas pessoas que estão ali dentro, precisa mostrar que chegou e para que chegou. - Eduardo dá um tapinha em meu braço e se coloca atrás de mim, alinhado com Gustavo e Lorenzo. Fecho os olho