Olá, queridos leitores! Prontos para as últimas emoções? Estamos oficialmente nos últimos capítulos da história.
Os últimos dias têm sido um borrão de emoções, mas, de alguma forma, sinto que estou começando a encontrar equilíbrio. Desde aquele encontro inesperado com Theodore, é como se algo dentro de mim tivesse se ajustado, permitindo que eu respirasse um pouco mais fundo, um pouco mais fácil. Surpreendentemente, isso parece ter fortalecido ainda mais os laços entre mim e Sean.Enquanto penteio os cabelos de Liah, que está sentada à minha frente, percebo a leveza em seu sorriso. Ela está animada, balançando as perninhas de um lado para o outro, mal conseguindo conter a empolgação.— Mamãe, você sabia que hoje vamos jantar com o papai? — Liah diz, como se fosse a maior novidade do mundo, mesmo que já tenha me lembrado disso umas dez vezes desde que acordou.— Sim, filha, eu sei. E você parece muito animada com isso. O que será que vamos comer de tão especial na casa do papai? — pergunto, tentando acompanhar sua animação enquanto termino de arrumar seus cabelos.— Papai disse que vai fazer aque
“Por Beatrice Espósito”O som dos pneus na estrada é quase hipnotizante, mas o sorriso que se forma nos meus lábios é o verdadeiro combustível que me mantém firme. Dirijo com determinação, apertando os dedos no volante com força, enquanto meus olhos se movem brevemente para o retrovisor, onde a pequena Liah está sentada na cadeirinha. Ela está quieta, mas não assustada. Isso é bom. Tudo está saindo conforme o planejado.“Minha nova filha é linda como o pai”, penso, com uma satisfação tomando conta de mim. “Seu pai terá a família perfeita que ele merece. E eu serei a nova mãe que você precisa.”Planejei cada detalhe, cada movimento. Sean quer tanto ser pai de família? Pois bem, eu serei a esposa perfeita, a mãe perfeita. Darei a ele exatamente o que ele quer, mesmo que ele ainda não tenha percebido isso.Um riso curto e sem humor escapa dos meus lábios enquanto me lembro de todo o esforço que fiz. Drogar Sean, garantir que tudo estivesse perfeito, até mesmo furar aquelas malditas camis
“Por Sean Gallagher”Cada segundo no trânsito parece uma eternidade. Meus dedos tamborilam impacientemente no volante, resultado do nervosismo corroendo cada parte do meu corpo. O nome de Liah não sai da minha mente, e tudo o que consigo pensar é em chegar o mais rápido possível na escola e tentar entender o que aconteceu. Quando finalmente estaciono, mal consigo respirar.Assim que entro na sala do diretor, onde alguns policiais conversam entre si, vejo Zoe chorando enquanto abraça Ellie. A cena me dá um nó na garganta, e, sem pensar duas vezes, me aproximo rapidamente, envolvendo-a em meus braços.— Bella… — murmuro, sentindo o desespero tomar conta de mim ao vê-la assim. Suas lágrimas molham minha camisa, enquanto a seguro com força, tentando, de alguma forma, transmitir a segurança que ela precisa, mesmo que eu esteja à beira do desespero.— Ela… ela levou a nossa filha, Sean! — Zoe sussurra, entre seus soluços. Me afasto ligeiramente para encará-la, procurando uma resposta, mas el
Beatrice, que até então parecia estar sob controle, muda completamente. Seu rosto se contorce de raiva, e ela rapidamente tira uma arma de debaixo da bancada, apontando-a diretamente para Zoe.— Não, filha! — ela grita. — Afaste-se dessa mulher! Ela não é sua mãe, eu sou sua mãe agora!Liah para no meio do caminho, olhando para Beatrice. Ao ver a arma, seus olhinhos se arregalam, e sinto meu coração acelerar. Zoe também para, claramente em choque, mas com o olhar fixo em Liah, decidindo o que fazer.— Beatrice… — digo, tentando manter minha voz calma, apesar do pavor que sinto. — Não faça isso. Solte a arma e vamos conversar.— Não há mais o que conversar! — ela retruca, rindo histericamente. — Você me traiu e ainda teve a audácia de trazer essa mulher para dentro da nossa casa!— Beatrice… — respondo, dando um passo em sua direção, mas paro quando ela aponta a arma para mim. — Por favor, abaixe isso. Sou eu quem você quer, então vamos deixar a Liah ir com a mãe dela e ficaremos nós do
Enquanto Beatrice continua seu discurso insano, sinto uma frieza invadir meu corpo. Cada palavra dela é como uma faca cravada em minha pele, arrancando qualquer resquício de dúvida que ainda pudesse existir. O brilho nos olhos dela, o sorriso doentio nos lábios, tudo me faz perceber o quanto fui manipulado, como cada momento da minha vida foi calculado por essa mulher que agora se revela como o verdadeiro monstro.Não consigo encontrar mais nada naquela pessoa que um dia pensei conhecer. O choque se mistura com um ódio mortal, um ódio por mim mesmo por ter sido tão cego, por ter deixado que minha vida se transformasse num mar de raiva, ódio e ressentimento, graças à obsessão de alguém tão… cruel e perverso.— Você realmente acreditou nisso? — pergunto, tentando compreender o nível de insanidade. — Pensou que tudo o que aconteceu entre mim e Elena foi por causa de uma manipulação dela? Você estava errada, porque eu a amava, Beatrice. Mesmo quando cogitei que aquele bebê não fosse meu, a
“Por Zoe Adkins”O mundo parece parar ao meu redor enquanto o corpo de Sean desaba em meus braços. Meu coração bate descompassado, e a única coisa que consigo pensar é que isso não está acontecendo. Tento estancar o sangue com minhas mãos trêmulas, mas parece que estou perdendo a batalha.— Por favor, abra os olhos… — sussurro, olhando para seu rosto pálido. Minhas lágrimas caem sem controle, misturando-se ao sangue que mancha minhas mãos. — Não me deixe, Sean, por favor…Beatrice continua chorando descontroladamente, mas de repente sua tristeza se transforma em raiva, e ela se aproxima enquanto grita:— Tire as mãos dele! — ela vocifera, parando à minha frente. — Você é a culpada por tudo isso! Se você não tivesse aparecido em nossas vidas, nada disso estaria acontecendo! Respiro fundo, tentando controlar o choro, e levanto o olhar, vendo-a pelo que ela realmente é: a personificação de todo o mal que destruiu nossas vidas.— Chega! A única culpada por tudo isso é você! — grito de vo
São quatro dias desde aquela noite terrível. Quatro dias desde que Sean foi levado às pressas para a cirurgia, com os médicos me dizendo que as chances eram mínimas, que ele havia perdido muito sangue e que o projétil havia atingido o abdômen, perfurando o fígado e causando uma hemorragia grave. Eles foram honestos, quase cruéis, ao dizer que ele poderia não sobreviver.Mas Sean é forte, sempre foi, e contra todas as probabilidades, ele lutou. Agora, ele está sedado, uma medida necessária para ajudar seu corpo a se recuperar. Sei que é o melhor para ele, mas a espera é torturante.Como parte de uma rotina que se tornou uma extensão da minha própria vida, após passar a manhã com Liah, termino de pegar minhas coisas para voltar ao hospital. Os dias se misturam, e o tempo parece ter perdido grande parte de seu significado.Desço as escadas e encontro Liah brincando com Ellie no tapete da sala. Com um discreto gesto, chamo a atenção da ruiva apenas para avisar que estou saindo. No entanto
Logo após apertar o botão de emergência repetidamente, os sons rápidos de passos ecoam pelo corredor. A porta se abre com força, e a equipe médica entra na sala, trazendo consigo uma mistura de apreensão e alívio. Um dos médicos se aproxima de Sean, enquanto uma enfermeira delicadamente me afasta para poderem trabalhar.— O que aconteceu? — o médico pergunta, já verificando os sinais vitais de Sean.— Ele acordou… falou comigo… mas de repente começou a ficar muito fraco, e... — tento explicar, mas minha voz falha pelo choro.O médico dá um leve aceno de cabeça, como se confirmasse algo que já esperava. — Isso é normal, Srta. Adkins, como expliquei anteriormente à Sra. Rossi — ele diz em um tom tranquilizador. — A sedação foi retirada pela manhã, e o corpo dele está lentamente se ajustando. É comum que ele se sinta fraco e tenha lapsos de consciência. O fato de ele ter acordado e falado com você já é um bom sinal de progresso.— Eu… não sabia disso. Não falei com a Sra. Rossi hoje — r