Capítulo: Seguida
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| ANGEL |Acordei sentindo uma maldita dor de cabeça. Mal me mexi, meus músculos estavam tensionados e doíam demais para fazer qualquer movimento. Suspiro abrindo os olhos, fechando-os logo em seguida pela forte luz que entrava pela janela do quarto.
Tinha me esquecido da preferência do Alfa imbecil pela claridade, já eu, não aguento mais tanta luz incomodando meus olhos. Levantei devagar, minhas costas estralaram e a dor veio logo em seguida, sinceramente, não sabia o que doía mais, minhas costas ou minha ferida na coxa.
Crack! — Merda! — gemi fechando os olhos com força. Costas com certeza, pensei arrastando meu corpo para encostar na cabeceira da cama e por ali fiquei imóvel por alguns minutos.
De que adianta ter rostinho de 15 e coluna de 80? Pensei olhando ao redor.
Mas aquele quarto realmente estava muito iluminado, acordei e puta ainda por cima. Rosnei irritada sentindo pontadas de dor na minha cabeça, coxa e costas.
Meu laudo? Fodida da cabeça aos pés.
— Porra! Tudo bem que eles são lobos da luz, mas realmente tem necessidade de ter um Sol próprio dentro de casa? — nossa eu acho que esse quarto roubou o brilho do Sol! Agarro o despertador que estava sobre o criado mudo e jogo na lâmpada. Só de ver o quarto com 40% a menos de luz, meu humor melhorou pela metade.
Nem liguei muito para a bagunça que fiz, tampouco o barulho da instalação estralando a todo momento acima da minha cabeça. Minha paz retornou com a escuridão do quarto. Ah escuridão, como eu te amo!
— Que porra de barulho foi esse?! — alguém entrou no quarto esbravejando como um raio, mal vi quando o homem parou do meu lado apontando para cima — O que você fez?! Já não basta os problemas que trouxe para minha vida, agora isso?!
Oh, Willian! Ele estava muito bravo, eu hein. Franzi o cenho sem dar muita bola para o estado caótico e surtado do homem ao meu lado, suspirei puxando a coberta para cobrir as minhas pernas. O quarto estava bem gelado.
— A culpa não é minha se sua vida é um lixo — resmungo despreocupada notando algo em meu corpo, movi minhas pernas para fora da cama. Willian rosnou irritado apertando os punhos, parecia se segurar muito para não me jogar pela janela.
Percebi, então, as novas roupas em meu corpo. Um vestido azul forte com pregas na saia - bonito até - e meias quentinhas nos pés. Sentindo meu estômago roncar, reclamando de fome. Decidi buscar alguma coisa para comer, agarrei minhas botas, colocando-as rapidamente e saí, deixando o senhor irritado para trás sem me importar com seus questionamentos.
— Aonde você vai?! — indagou em meu encalço. Revirei os olhos pela insistência daquele cara, não o conhecia direito, mas já me irritei com ele.
Até quando esse idiota vai continuar me seguindo? Suspirei cansada de aturar sua presença insuportável. Rolei os olhos abrindo a porta de entrada, deveria ter pelo menos uma pastelaria nessa vila, fazer boquinha agora não seria nada mal.
— Isso não te interessa! — saio andando chamando atenção de todos que estavam passeando pela alcateia Toledo. Todos os olhos em cima de mim, pareciam curiosos sobre a nova loba entre eles e ainda por cima, desrespeitando seu Alfa tão abertamente.
Grande merda!
— Escuta aqui! — Willian agarrou meu braço, me fazendo olhar torto, não gostei daquela atitude, mas nada fiz por enquanto — Já está me causando grandes problemas.Você vai ficar quietinha. E a partir de hoje você irá morar aqui, está me ouvindo?!
Abri a boca em choque, incrédula demais para prestar atenção em mais alguma coisa, morar ali? Ele tinha problemas? Um sonho, só podia ser um sonho, bem estranho por sinal.
O aperto em meu braço intensificou, fazendo-me soltar um rosnado involuntário, puxei meu braço com força e empurrando o Alfa para longe.
— Você não é nada meu! — falei alto, irritada com ele, massageio a pele avermelhada com as marcas de suas mãos, iria ficar roxo por alguns dias. Fitei-o com ódio chamuscando em meus olhos.
E sem desviar do seu olhar, me aproximei perigosamente da grande massa de músculos que era o seu corpo. Não nego, o homem é bonito, pena que lhe faltam neurônios.
— Aí que você se engana, minha cara! — não gostei do sorriso malicioso que ele esboçou. O lobo também se aproximou, perto o suficiente para sentir sua respiração quente bater no meu pescoço. Arrepiei ao ouvir sua voz rouca no meu ouvido, sussurrando lentamente — Você é minha.
Soltei uma risadinha falsa, tremendo de raiva, tanto por ele, quanto por Trevas que estava animada demais em meu interior. "Sossega esse rabo!" rosnei para ela, que me ignorou completamente, feliz demais por ter sido chamada de "minha" por Willian. Saio de seu aperto rapidamente, me afastando até chegar em uma distância que considerei segura, não por medo do Alfa e sim da minha loba safada acabar roubando meu controle e se jogar nos braços do homem.
— Eu não sou de ninguém. Pertenço somente a mim mesma! — disse orgulhosa, empinando o nariz. O desgraçado não disse nada, só me arrastou para dentro de novo.
— O que diabos você pensa que está fazendo? — tentei sair do seu aperto novamente, mas ainda sentia-me fraca pelo esforço anterior, bufei frustrada comigo mesma por não ser capaz de rebater nada naquele momento. Olhei para trás, a rua inteira de olho em mim. Lá se vai o meu pastel.
— Apenas colocando o que é meu no seu devido lugar — Hã? A minha mente parou por um segundo, tentando processar as palavras de Willian. “Colocar o que é meu… No seu devido lugar?”
Espera… ELE ESTÁ FALANDO DE MIM?!Olhei irônica para ele, ao mesmo tempo incrédula — O que? Eu não sou sua não, ô estrupício!
Ele nem se deu ao trabalho de me responder, apenas me jogou no sofá de qualquer jeito. Puta estou, apenas isso, muito puta!
Aconcheguei-me as almofadas macias, minhas costas agradeceram imensamente pelo contato suave, suspirei encarando o moreno. Ele deu um sorriso vitorioso, como se gostasse da cena que via.
Eu deixaria ele aproveitar a chance de me ver tão submissa, a única de sua vida
Primeira regra:
Deixe seu inimigo achar que venceu para depois atacar.
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| WILLIAN |Aquela idiota!
Ah, que raiva dessa imbecil, a praga só me trouxe mais problemas. E de problemas eu estava atolado até o rabo.
Bom. Pelo menos ela vai morar aqui, uma preocupação a menos com ela sob minhas vistas. O quarto já estava preparado, no closet o espaço já havia sido preparado, apenas faltava suas roupas.
Falando nisso, precisava pedir para alguém buscar elas na casa de Angel.Suspirei, o dia havia sido agitado demais e eu não era tão acostumado com problemas acontecendo há cada dois minutos, aquele era meu momento de relaxar-
— WILLIAN! — lá se vai meu momento de paz.
Michelangelo grita quase arrebentando a porta do meu escritório — O que aquela diaba está fazendo sentada no sofá e assistindo meu sagrado One Piece tranquilamente? Ela é sua companheira? E a macumbeira, o que vai fazer com ela? Como assim, me explica pelo amor do santo Fogo!Olhei calmamente para ele, havia desistido de ficar relaxado, assim como estressar já não dava mais em nada, apenas segui sem me importar com nada, principalmente com o lobo histérico andando de um lado para o outro como uma galinha choca.
— A Guerreira Negra é minha companheira — ele abre a boca, fecha, abre e fecha de novo. No final, acabou gritando exasperado, não sei como ainda espero algo produtivo vindo dele naquele estado.
— Eita porra! — suas palavras me fizeram revirar os olhos. Bufei afastando a cadeira da mesa, inclinei meu corpo para trás, esticando meus braços, logo em seguida o pescoço.
— Ela... Ela aceitou numa boa?! — indagou com uma mistura de surpresa e confusão estampada no rosto — E-eu fiquei fora por quanto tempo? — murmurou perdido em pensamentos, logo me encarando profundamente.
Olho para ele com uma sobrancelha arqueada — Não... Só vendo sua cara de idiota rejeitado. Ela não aceitou — lanço um olhar irritado em sua direção. O loiro nada disse, sorrindo sapeca, cruzou os braços.
— Conheço bem o tipo dela. Angel pode até ter aceitado naquela hora, mas por trás de tanta aceitação e calmaria tem uma mente calculista trabalhando em várias formas vingativas de acabar com tudo e todos. Principalmente eu.
Ele arregala os olhos, dando a volta na poltrona, sentando-se no estofado batendo as mãos de leve na mesa.
— E mesmo assim você vai deixar a diaba ficar? — arregalou os olhos quando eu comecei a rir pelo apelido que tinha dado à ela.
— Diaba? — resmunguei risonho, brincando com um dos anéis em meus dedos.
— É! Se acha que vou dizer “máquina mortífera destruidora de almas pecadoras que as leva para o profundo inferno de gritos agonizantes” todo momento em que citar ela? — olho para ele sem entender nada. Balançando a cabeça para os lados com as sobrancelhas franzidas, olhando para Michelangelo sem saber o que responder direito.
— Só chame a de Angel. É o nome dela — dei de ombros.
— O que? — soltou sem acreditar — O nome dela é Angel? Impossível! Está mais pra demônia!
— Demônia — sorriu, finalmente concordando com o outro.
—Vou chamá-la de florzinha demoníaca!
Revirei os olhos, bufando em seguida, achando graça.
— Ou demônia? Diabinha? Mal? Capeta? Já sei, Capirota! — nego com a cabeça.
— Cadê a bruxa? — perguntei curioso, já que as especulações do loiro me fizeram esquecer momentaneamente da presença da bruxa em casa.
Michelangelo salta da poltrona, fazendo um sinal para esperar, dar meia-volta e sair correndo do mesmo jeito que entrou antes. Em instantes, voltou com uma mulher de pele azulada.
"Pelo Lobo! Pensei que os avatares haviam sido extintos há séculos!" Prendi a risada ao ouvir a voz chocada do meu lobo soando em minha mente.
— Alfa Maior — faz uma reverência. Aceno de volta, cumprimentando-a.
— Bom — comecei coçando a nuca de leve, sem saber o que dizer depois — Eu quero que você veja Angel…
Tentei explicar, mas fui cortado pela mulher.— Está me pedindo para entrar na cabeça de sua companheira? Não confia nela, senhor? — tombou sua cabeça para o lado, sorrindo de forma estranha e enigmática. Ao mesmo tempo que parecia surpresa com meu pedido.
— É. Quero saber dos podres dela — confesso, não gostei nada de saber que minha companheira era ela. Sinto meu lobo rosnar de raiva.
— Então vamos — sorriu novamente, voltando-se para a porta e me deixando sozinho. Não perdi tempo, logo acompanhei ela para fora.
Estou decidido desde o começo, não daria para trás numa hora daquelas.
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| ANGEL |Estava tão à toa largada no sofá, perdida em pensamentos que nem vi dois seres entrando na sala. Um lobo e uma bruxa.
O lobo me olhou com medo e eu sorri maliciosa, piscando um dos olhos, o que fez ele ficar ainda mais desesperado e sair correndo.
Dei uma gargalhada achando graça da situação. Desviei meu olhar do lugar por onde o loiro tinha corrido e fitei a mulher, que eu tinha certeza absoluta, era um Smurf que cresceu demais.
Olhei em seus olhos e ela arregalou os olhos, de repente senti uma pequena tontura. Vi seus olhos ficarem brancos logo em seguida, o corpo vacilou, se assustando ela ficou pálida de uma hora pra outra.
E tinha certeza que ela estava vendo minha mente. Sorri de lado.
Oh! Então ela queria saber mais sobre mim? Não seja por isso! Pensei vendo ela me olhar confusa.
Comecei a relembrar de todos os assassinatos que cometi ao passar dos anos, com um sorriso no rosto crescendo a cada instante enquanto a via horrorizada, de boca aberta.
Nosso contato visual foi quebrado com o aparecimento do loiro na sala.
O mesmo estranhou vendo o estado da mulher trêmula. O corpo dela balançava violentamente para todos os lados.
— Está tudo bem? — perguntou para a mulher que assentiu freneticamente, engolindo em seco. Ele estreitou os olhos pro meu lado e apenas dei um sorriso fofinho, acenando com uma das mãos.
— O que foi que você fez, diabinha? — não consegui segurar a risada. Diabinha?
Ele negou, me olhando como se fosse louca e saiu arrastando a bruxa enquanto eu me contorcia no sofá rindo.
Diabinha? Melhor apelido dos meus últimos 17 anos.
Sequei meus olhos que ainda lacrimejavam pelo riso incessante. Liguei a televisão e coloquei em alguma série de terror, acabei deixando em um canal onde passava um filme de mortes e mistérios.
Deitei para assistir mais confortável e ali fiquei por algum tempo até três enviados do inferno aparecerem para me atormentar.
— Angel — finjo que não foi comigo — Angel estou falando com você!
Desviei meu olhar para Willian, este que parecia me fuzilar com os olhos.
Oh, meu companheirinho está ficando irritado?! Pensei olhando para ele inocentemente. Bom então vamos atazanar a vida dele ainda mais.
— Eita, a capirota está pedindo para morrer — escuto o sussurro do loiro aguado. Não desviei meu olhar de Willian, mas ainda sim, disse em tom alto.
— E tem um loiro aguado pedindo para ser esquartejado! — escuto sua respiração ofegante de longe. Ha! Imbecil, resmunguei mentalmente.
— A-ah, mas... — encaro seus olhos, vendo o loiro tremer. Há alguns minutos, acabei retirando minhas lentes já que meus olhos ardiam de irritação. E naquele momento eu estava exibindo a cor natural dos meus olhos: vermelhos.
Todos arregalaram os olhos, inclusive a bruxa. Não entendi a reação exagerada de Willian, aquele idiota havia tirado minhas lentes à força naquela maldita sala, por que a surpresa?
Era até aceitável ver aquele tipo de reação de estranhos. Afinal, eu era a única de toda minha alcateia que tinha olhos vermelhos, os outros eram negros mesclados de vermelhos como meus irmãos que tinham suas pupilas escuras e mesclas vermelhas nas íris, era uma cor muito marcante.
— Puta que pariu a diaba tá invocando o grande chefe! — o loiro escondeu seu rosto com as mãos, reviro os olhos, irritada. Sério, quantos anos aquele cara tinha?
— Idiotas — sussurro fechando os olhos. Quando abro, sinto as mãos geladas da bruxa em minha cabeça. Rosnei em ameaça pela violação do meu espaço.
Aquela vadia já estava me dando nos nervos!
Ela quer ver os meus pecados? Ótimo! Senti meus olhos arderem e dilatarem, tinha certeza que estavam numa mistura de preto e vermelho sangue quando começo a passar para ela as torturas e as cenas de todos que matei.
Ela tremia ainda com as mãos na minha cabeça e caindo de joelhos logo em seguida. Sorri vendo-a no chão com lágrimas no rosto.
"Não me mate! Por favor!"
— Que você queime no fogo do inferno!— gritos e mais gritos ecoavam por todo lugar, mas apenas ela era capaz de ouvi-los naquele momento.
Minhas lembranças passaram diante de seus olhos. Uma a uma.
Todos os meus sentimentos misturados como uma avalanche derrubando as barreiras dela, eram tantos pecados para serem vistos por uma pessoa tão fraca como ela.
Quase senti pena.
Disse quase...— Não... Não! — ela sussurrava ainda com os olhos brancos molhados de lágrimas.
Xeque-Mate!
Sorri ao vê-la parar de se mexer por um segundo. Havia caído como um patinho! Tive vontade de rir ao levantar minhas mãos, enxugando suas lágrimas e lambendo-as.
Os poderes enviados pelos deuses e dados aos lobos da minha alcateia, nunca soube de fato quais eram suas extensões, mas de algumas eu conseguia manipular com facilidade.
A arte da ilusão, por exemplo.Demônios manipulam suas vítimas, iludindo elas e as prendendo em um véu invisível. Presas, elas não se mexiam, não gritavam, apenas aceitavam o seu destino, era o que restava. Era a consequência de suas escolhas.
E ali, aquela bruxa era como uma linda e inocente borboleta presa em minhas teias. Ela não tinha chances de escapar.
Presa no mundo ilusório criado apenas para ela, a mulher se via toda ensanguentada, largada no chão da sala, seu corpo convulsionou,um líquido vermelho saindo de sua boca, engasgando com o próprio sangue, ela morreu.
A soltei, desprendendo seu corpo de minhas amarras, deixei que tomasse fôlego. As mãos se afastaram rapidamente e logo tive seus lindos olhos brancos me fitando com medo.
A mulher azul tinha ficado branca, imagino o susto que tomou ao ver e sentir tudo aquilo.
Levantei uma de minhas mãos e acariciei seu rosto novamente, mas desta vez limpei o sangue que escorria de seu nariz. A mulher tentou se afastar assustada, mas não deixei. Agarrei suas bochechas pálidas, agora manchadas com o próprio sangue, o pânico em seus olhos quase me deixou com tesão.
Aproximei-me do rosto dela sorrindo de lado, de maneira macabra, frente a frente sentindo sua respiração rápida e sem ritmo. Devagar, puxei seu lábio inferior com a boca, sorri desviando da bruxa fitando os dois homens que nos olhavam sem entender nada.
Ri ainda prendendo o lábio da mulher entre meus dentes.
— Monstro — murmurou embolada com a voz trêmula, encarei seus olhos — Você é um monstro sem sentimentos algum... Não deveria nem estar na terra! Seu demônio! — gritou as últimas palavras puxando seu corpo para trás. Azar dela, pensei sentindo o gosto ferroso do seu sangue em meus lábios.
Nada disse, apenas acenei concordando com ela, rindo alto. Cruzei as pernas, balançando meu pé na frente do rosto sem cor da mulher. Ela não fez nada, não podia, suas pernas tremiam violentamente. Apertei a ponta da bota em sua bochecha, em uma carícia sútil, sorri de lado.
— Você tem toda razão, querida! — comecei a falar, a bruxa franziu o cenho confusa por ter concordado com suas palavras. O que mais ela esperava? — Me espanta você ter descoberto tudo justo agora! Pensei que estava na cara, apenas um olhar e pronto: monstro!
Escondi meus lábios com as mãos, como se não quisesse nenhum deles vendo meu sorriso. Como uma inocente virgem envergonhada.
A bruxa começou a chorar ainda mais, sua expressão se tornou fria — Monstro! Sua alma será corrompida. Espere e terá um fim horrível, as trevas tomarão conta de você quando menos esperar-
Calou-se quando a chutei com força, a mulher rolou pelo chão. Naquele momento, tanto Willian quanto o loiro correram em minha direção. Como se eu fosse fazer algo com ela! Pensei indignada quando vi o moreno correr para socorrer a bruxa.
— Ah! — exclamei me lembrando de algo, todos me olharam, como se estivessem esperando algo ruim. Sorri inclinando minha cabeça para o lado — Minha alma já está corrompida desde que nasci. Afinal, eu sou uma Trindad, não importa aonde eu vá, sempre serei seguida pelas Trevas!
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