malen'kiy kit * — pequena gatinha
O Nascimento de Ghost O garoto parou no alto da escada e olhou para baixo com um sorriso desafiador nos lábios. Acenando freneticamente para a plateia que o encarava, pronta para interferir em sua ideia brilhante. Bem, pelo menos um deles, porque o outro piscava cúmplice para ele enquanto fazia sinais positivos com as mãos. Claro que com a boca fingia concordar com sua parceira. — Paul Corsby, não se atreva! — gritou a mãe. — Filho, obedeça a sua mãe! — disse o pai, embora não tenha soado muito convincente. A mulher olhou carrancuda para o marido, mas sua atenção voltou-se rapidamente para o menino no momento em que ele se sentou no corrimão. O pequeno serelepe ergueu as mãos tão alto quanto pôde e soltou seu pequeno corpo, escorregando até cair nos braços de seu pai orgulhoso e de sua mãe aflita. O pequeno estava radiante, feliz porque era um dia especial para ele. Era dia de um de seus muitos aniversários, quatro para ser exato. Seu pai dizia ser apenas um homem até conhecer a su
Assim como o pai, Paul amava a tecnologia e havia se dedicado muito para se tornar o melhor em sua área. Aos vinte e três anos, já fazia parte do FBI e dois anos depois estava em Quântico, onde começou um treinamento que o tornaria agente especial para o trabalho de campo, incluindo espionagem, treinamento com explosivos, além de ser bom com armas. No entanto, as guerras dentro dele precisavam de mais do que serviços burocráticos para serem aplacadas. Paul manteve viva a promessa que havia feito a sua mãe, não permitiu guerras dentro dele o consumissem, não por desejar a paz mundial, mas por decidir lutar contra aqueles que trouxeram as guerras para dentro dele. Paul lutava contra a máfia. Apesar de ter um bom condicionamento físico, Paul não era hábil em atividades que demandassem força muscular. Ele sempre preferia usar a inteligência e a tecnologia a seu favor, e elas sempre foram mais do que suficientes para mandar muitos bandidos para a cadeia ou para o inferno. Um dos maiores d
À medida que a investigação avançava e o confronto final se aproximava, Paul e Marcus se preparavam para enfrentar seu inimigo mais formidável até então: Sergey Polonov. Determinados a fazer justiça pelas vítimas e acabar com a ameaça representada pela máfia russa, os dois agentes estavam dispostos a arriscar tudo para alcançar seus objetivos.Enquanto isso, nos bastidores, forças ocultas tramavam para impedir seu progresso e proteger os interesses corruptos que sustentavam o submundo do crime. Mas Paul e Marcus estavam determinados a prevalecer, custasse o que custasse, pois sabiam que a justiça era mais do que uma questão de lei — era uma questão de honra e dever.Assim, com coragem e determinação, eles seguiram em frente, prontos para enfrentar o desafio final e colocar um fim às atividades criminosas que assolavam a cidade. O destino deles estava entrelaçado com o destino daqueles que buscavam proteger, e juntos eles lutariam até o fim pela causa em que acreditavam.Durante o desm
A beira da obsessão era assim que Paul, e seu parceiro e melhor amigo, definiam o empenho deles em encontrar Sergey Polonov e fazê-lo pagar por seus crimes, de um jeito ou de outro. A determinação era palpável, como se uma chama ardente queimasse dentro deles, consumindo-os com a necessidade de justiça. Cada pensamento, cada ação girava em torno da busca por Sergey Polonov, o homem que havia causado tanto sofrimento. Paul, observando de perto, via essa busca transformar seu amigo em uma versão intensificada de si mesmo — uma pessoa motivada não apenas pela vingança, mas também pela necessidade de encerrar um capítulo doloroso de suas vidas. Porém, Paul também se preocupava. Ele entendia o desejo de Marcus por justiça, mas via os limites sendo esticados. A linha entre determinação e obsessão começava a se tornar borrada. Ele se perguntava até que ponto Marcus estava disposto a ir, talvez tão longe quanto o próprio Paul. E tanto um quanto o outro, temiam essa busca incessante, acabaria
A criança, usada como moeda de troca há muitos anos, cresceu e tomou para si o coração do parceiro de Paul. Ana Luz Velásquez fora levada por Sergey Polonov e Marcus estava desesperado por encontrá-la. A vida da Analú de um lado e todo o sucesso da missão de outro, se eles falhassem, estariam sozinhos, sem o apoio da Agência, isso significava ter que escolher, e eles já fizeram a escolha deles. Enquanto estava concluindo uma possível rota de fuga para Analú e um ponto de encontro para os três, Paul interceptou uma ligação entre Polonov e seu capanga número um. “Andreas, tem um agente infiltrado com Pedra Santa.” “Já sabem quem é ele? Devemos ir atrás dele, chefe?” “Sim, e nosso homem no cartel o trará até nós, vamos esperar.” “Não, não se preocupe ele virá pela garota, a levarei para o iate, Pedra Santa e Nikolai serão mantidos fora do caminho, quero saber o que o agente tem antes de entregá-lo ao colombiano.” Paul chamou pelo parceiro na tentativa de alertá-lo do perigo, mas
O som dos motores da lancha e das motos aquáticas que os perseguiam tomou a noite. Homens armados disparavam implacavelmente contra eles, mas a distância e a velocidade permitiam que Paul executasse manobras ágeis e confundisse a mira dos bandidos. O agente realizava movimentos amplos e precisos nas águas revoltas abaixo deles. Seu domínio das ondas dificultava significativamente a aproximação das motos aquáticas inimigas, frustrando os ataques adversários. Enquanto isso, Marcus, mesmo gravemente ferido, não hesitava em retaliar, devolvendo o fogo com uma precisão mortal. Com a mira firme e a determinação inabalável, ele conseguiu derrubar um dos homens adversários, neutralizando temporariamente uma ameaça imediata. Apesar da dor e do sofrimento, sua coragem e habilidade de combate permaneciam intactas, destacando-se como um verdadeiro guerreiro em meio ao caos da batalha. — Ghost, cuidado! — gritou Analú ao perceber três Jet Skis os seguindo de perto. — Vamos pegá-los, parceiro! —
O avião cortava os céus em direção a um porto seguro. Marcus repousava, ferido e semi-inconsciente, com a cabeça apoiada no colo acolhedor de Analú. O silêncio na cabine era absoluto, rompido apenas pelo zumbido monótono dos motores, que ressoava como um lamento de esperança na imensidão da escuridão. Ao pousar em uma pequena cidade no centro-oeste brasileiro, o avião foi recebido por um carro do exército, cujo oficial capitão, responsável por uma base local, aguardava para conduzi-los a um lugar seguro.— Sebastian, estão todos bem? E o agente Corsby? — O oficial perguntou surpreso ao Marcus deitado no chão da aeronave nos braços de uma jovem garota, que parecia assustada e com medo por ele.— Seguiu com o plano, capitão — o piloto explicou ao oficial, que apenas confirmou com um quase imperceptível aceno. — Agora vou para o meu lado, até a linha de chegada, senhor!— Tudo bem, oficial, apenas tome cuidado, ok? — Ele disse sincero, a luta contra o tráfico internacional de drogas era
Analú continuou a sua curiosa inspeção no quarto, onde ela viu uma enorme cômoda antiga, de carvalho ou outra madeira nobre. As janelas abertas mostravam um campo de onde já se podia ver o pôr do sol. A beleza do lugar a impressionou, ela se lembrou da pequena cidade onde cresceu e dos campos de café verdinhos, o gado no pasto ao longe, a tranquila vizinhança que conversava com pares nos alpendres e calçadas. Os pensamentos fizeram um nó se formar em sua garganta, ela começou a lembrar de tudo o que acontecera até ali, e de tudo o que perdeu, e a quem perdeu. — Ei, mocinha, não vamos revirar esta pedra ainda, está bem? Vamos esperar até que esteja mais forte — disse a velha senhora, interrompendo as emoções de Analu, como se adivinhasse seus pensamentos. Ela apenas acenou e liberou um triste sorriso de canto de boca. No momento em que Analú adentrou o banheiro, uma onda de emoções a envolveu, ameaçando varrê-la a cada segundo que passava. Ali, cada detalhe parecia carregar consigo o