— Aaai! — Mônica soltou um grito de dor aguda e seu corpo cedeu, caindo no chão sem conseguir se manter de pé.Rubem imediatamente se levantou, com o rosto sério, e correu para ajudá-la.— O que aconteceu?Não precisou de explicações. A expressão de dor de Mônica e a bola rolando ao lado dela contavam tudo.— Íris Miranda! — Rubem levantou a voz, chamando-a pelo nome completo, algo que ele nunca fazia. Seu rosto estava sombrio, claramente furioso.— Eu... Eu não vi a direção direito. — Íris murmurou, encolhendo os ombros, como se estivesse sendo injustiçada. — Não foi de propósito. Além disso, foi só uma bolada, não vai acontecer nada.— Nada? Se não vai acontecer nada, quer que eu jogue uma bola em você para ver? — Mônica gritou, furiosa. Se não estivesse com tanta dor, teria levantado e dado uma bofetada em Íris.Ela estava farta daquela menina mimada.— Você consegue se levantar? — Rubem perguntou, enquanto tentava ajudar Mônica.O impacto da bola havia sido forte demais. Mônica mal
Quando Rubem finalmente levou Mônica ao hospital, o local onde a bola de golfe havia atingido seu joelho já estava bastante inchado, formando um grande hematoma. O médico que veio examiná-la se assustou ao ver o tamanho do inchaço.— O que aconteceu?— Ela foi atingida por uma bola de golfe. — Respondeu Rubem, ajustando a gravata. Sua camisa estava toda amassada por causa de Mônica, que a segurava com força de tanta dor, mas isso não diminuía em nada seu ar impecável. Ele parecia um pouco preocupado. — Doutor, por favor, veja como ela está.O médico começou a examinar o machucado, fazendo perguntas a Mônica enquanto aplicava um spray analgésico. O efeito refrescante fez com que Mônica se encolhesse um pouco, sentindo um breve arrepio.— Ainda bem que o impacto não foi tão forte. Se tivesse sido, você poderia ter ficado com sequelas na perna. — Explicou o médico, enquanto digitava no computador para prescrever os remédios. — Você precisará ficar em observação por alguns dias. Quando o i
Rubem já havia advertido Íris várias vezes para não mexer com Mônica, mas ela parecia incapaz de seguir suas ordens, sempre agindo impulsivamente.Tomás ajeitou os óculos e ofereceu sua opinião: — Não é só com a Srta. Mônica. Qualquer mulher que chegasse perto de você teria o mesmo tratamento por parte da Srta. Íris. Ela tem medo que alguém te roube dela.— É um ciúme completamente irracional. — Rubem suspirou, esfregando a testa em frustração. Íris sempre causava problemas, mas, por causa de uma promessa que ele havia feito, não podia puni-la severamente. — Ela está escrevendo a carta de reflexão?— Sim, Lobo Cinzento disse que ela está fazendo isso enquanto chora. — Respondeu Tomás, com um sorriso discreto. — As lágrimas molharam tanto o papel que ela teve que trocar de caderno.— Diga ao Lobo Cinzento para continuar vigiando-a de perto. Ela não pode sair do apartamento pelos próximos três dias. Se ousar colocar um pé para fora, a punição será estendida por mais um dia.— Vou mandar
Mônica Ramos nunca imaginou que, no dia do primeiro aniversário de casamento, seu marido a trairia!Não, talvez ele já a estivesse traindo há tempos, e ela só descobriu agora.Afinal, pelo plano original, ela deveria estar sentada em um voo para Munique neste momento.Mas, depois de muito pensar, ela decidiu cancelar a viagem de última hora e, em vez disso, encomendou flores, bolo e vinho para fazer uma surpresa ao marido.Agora, surpresa era mesmo o que não faltava...Mônica ouviu novamente a voz da mulher:— Leo, eu já me divorciei. Quando você vai se separar daquela sua esposa? Melhor que seja logo, é melhor uma dor curta do que uma longa.— Divórcio é só questão de tempo, não tem pressa. — Respondeu Leopoldo.Ele sempre acreditou que o amor seria suficiente para manter o casamento, mas com o tempo, tudo o que tinham era um abraço ocasional, e isso começou a cansá-lo.Só que o “divórcio” ainda era uma ideia muito repentina para ele, e ele não sabia como contar a Mônica, muito menos
O Aqua Bar era conhecido como o covil de extravagâncias, o mais notório local de diversões noturnas. Homens e mulheres de todos os tipos frequentavam o local.Mônica estava sentada no balcão, já havia bebido alguns copos de uísque, e um pensamento perigoso começava a crescer cada vez mais rápido em sua mente.Ter um filho... Que diferença faria com quem fosse? Se encontrasse um homem bonito, o filho ainda seria mais bonito!Com essa ideia em mente, seu olhar vagou pela pista de dança, até que de repente fixou-se em uma alta figura não muito distante.Embora não conseguisse ver o rosto do homem, sua altura e postura destacavam-se na multidão. Ele estava praticamente cercado por várias pessoas, todas bem vestidas, e sua presença impunha respeito.“É ele!” Decidida, Mônica respirou fundo, ajeitou o cabelo e, cambaleando em seus saltos altos, começou a caminhar em direção ao grupo.— Ai, que tontura! — Na passagem, ela fingiu perder o equilíbrio e caiu direto nos braços do homem.Uma mão f
A atuação daquela mulher era tão ruim que qualquer um perceberia de imediato, mas, ainda assim, havia algo de interessante.— Tio Rubem... Tio... O olhar afiado do homem parecia atravessar Mônica, como se ele pudesse ver através de suas pequenos truques, fazendo o coração dela tremer, um pouco intimidada.No entanto, no segundo seguinte, Mônica sentiu seus pés se levantarem do chão, seus olhos se arregalaram de surpresa. Ela havia sido pega no colo, como uma princesa, por Rubem!A sensação de perda de peso a fez agarrar o pescoço dele instintivamente. O peito de Rubem era largo e quente, e todo o ar estava impregnado com o cheiro dele, fazendo seu rosto esquentar e seu coração bater aceleradamente.Tão direto assim? Não era ele quem estava se fazendo de cavalheiro alguns minutos atrás?— Ainda dói o pé? — A voz sem emoção de Rubem soou acima de sua cabeça.— Hã... — Mônica engoliu em seco. — Não... Não dói mais...Ela ficou encantada, incapaz de desviar o olhar do perfil impecável de
— Não precisa se preocupar, tem ali na mesa. — Rubem achou que ela estava falando de camisinha, e inclinou o queixo na direção do criado-mudo, onde uma elegante cesta guardava várias opções de modelos.Mônica ficou sem palavras. Agora os hotéis estavam tão atenciosos assim?— En...então eu vou tomar um banho. — Mônica tentou empurrar Rubem de cima dela, sentindo seu coração bater descontroladamente.Ela já conseguia prever o que Rubem faria a seguir.Droga, ela não era quem deveria estar no controle da situação? Como é que, no fim, ela se tornou a presa indefesa, à mercê dele?Será que Rubem estava, o tempo todo, fingindo ser um cordeirinho só para atacá-la no momento certo?Ela o olhou com desconfiança, seus olhos revelando um toque de pânico.Rubem percebeu cada nuance da expressão dela e, sem esforço, adivinhou seus pensamentos. Ele já conhecia muitas mulheres que ambicionavam o lugar ao seu lado, e provavelmente essa era a única mulher que queria desistir na última hora.Isso estav
Ao sair do lobby do hotel, o coração de Mônica ainda batia acelerado. A brisa fresca que acariciava seu rosto ajudou a clarear um pouco sua mente.Ela realmente havia passado uma noite com Rubem, essa grande figura! Não era um sonho, era a realidade!Como ela pôde fazer isso?Mônica deu um soco na própria testa e, com um suspiro de resignação, retirou a última nota da carteira e pegou um táxi.Não havia mais nada a fazer além de voltar para a casa da família Pimentel.Antes de entrar em casa, Mônica certificou-se mais uma vez de que não havia deixado nenhum vestígio suspeito em sua roupa e só então entrou.Ao entrar, Mônica encontrou a sogra na mesa de café da manhã.— Bom dia, sogra. — Ela disse, tentando manter a voz suave.— Você ainda tem coragem de voltar! — Talita Gonçalves, lembrando da discussão no telefone na noite anterior, estava cheia de raiva ao ver Mônica. — Divórcio! Vá e se separe do meu filho imediatamente!Vendo o desprezo da sogra, como se desejasse que ela sumisse d