Íris estava ao lado de Rubem, servindo vinho. Naquele momento, ela mesma não sabia o que pensava, mas, quando viu alguém se aproximando e tentando esfaquear Rubem, ela se atirou sobre ele.Depois disso, ela desmaiou devido à dor e perdeu a consciência.Quando acordou novamente, já havia se passado uma semana. O assistente de Rubem veio ao hospital a ver e perguntou sobre uma possível compensação. Íris, porém, recusou qualquer tipo de compensação e pediu somente para encontrar Rubem.Ela esperou no hospital por alguns dias até finalmente o encontrar. Sem rodeios, ela expressou seu desejo, mas Rubem não disse nada. Em vez disso, pediu ao assistente que providenciasse um lugar para ela ficar, com a ajuda de empregados.Depois disso, ela foi realocada em uma nova escola e assinou contrato com uma das empresas do Grupo Pimentel.Foi assim que, aos quatorze anos, começou a acompanhar Rubem. Com o tempo, eles foram se aproximando mais e, depois de um tempo, Íris deixou de ser tão reservada e
Mônica teve outro pesadelo.Mas, quando acordou, estava praticamente pendurada em Rubem, igual a um bicho-preguiça.Normalmente, havia uma linha imaginária na cama, e Rubem dormia com as mãos cruzadas sobre o ventre, respeitosamente do lado dele. Mônica, com sua postura ruim de sono, acabava invadindo o espaço dele.Seu rosto ficou vermelho imediatamente, e ela se apressou em ir embora de cima dele, se afastando discretamente.Será que o Rubem estava dormindo tão pesado assim?Mônica olhou para Rubem e viu que ele ainda estava em sono profundo, com os longos cílios caindo sobre os olhos e a maçã do seu pescoço se destacando, uma visão que fazia qualquer um querer a tocar.Sua mão coçou de vontade e, sem pensar, ela foi lá e tocou a região do pescoço dele. No instante seguinte, seu pulso foi agarrado.Rubem olhou para ela de lado, com uma voz rouca pela manhã e um tom de leve reprovação:— Srta. Mônica, você gosta mesmo de apertar a garganta dos outros? Que hábito ruim.— Eu só estou cu
Ela sussurrou para Rubem:— Que tal chamar o Sr. Conrado para tomar café da manhã?— Marcos já está aqui, ele certamente não está com disposição para comer. — Rubem deu uma risadinha, pegou a sopa de batata-doce e a alimentou, dizendo: — Ele não vai morrer de fome por faltar uma refeição.— Sr. Rubem, eu mesma me viro. — Mônica tentou pegar a colher da mão dele, mas ao olhar nos olhos de Rubem, seu olhar intenso a fez recuar.Comer era comer, não precisava olhar daquele jeito!Após terminar a refeição lentamente, os dois foram até a sala e se sentaram ao lado de Conrado.— Rubem, foi minha falha em não educar o Reginaldo corretamente, deixando-o fazer uma besteira dessas. — Marcos se aproximou, e foi a primeira vez que Mônica o viu se desculpar com Rubem, em uma postura tão submissa.Então, Marcos se virou para Mônica e disse:— Srta. Mônica, me desculpe. Quando o Reginaldo acordar, vou trazê-lo aqui para pedir desculpas pessoalmente.Rubem olhou para ele com um olhar frio e disse:— M
— Conrado, eu não estou inventando nada. — Rebeca disse calmamente. — Mônica se divorciou e passou a focar no Rubem, qualquer pessoa ficaria desconfiada de suas intenções. Eu ainda descobri que antes do divórcio, ela ficava indo ao bar ficar de olho no Rubem.Mônica se arrepiou de pavor.Como a Rebeca conseguiu essas informações?Mas Rubem permaneceu impassível enquanto Rebeca tirava um documento da bolsa e o entregava a Conrado.— Conrado, dá uma olhada, eles até foram para um hotel. — Rebeca continuou, exagerando ainda mais. — A traição de Leopoldo não está certa, mas ela se divorciou, deveria ter seguido em frente. Porém, foi para o bar com a intenção de se vingar do Rubem. Uma mulher com uma mente tão traiçoeira assim…Conrado terminou rapidamente de ler o documento e olhou para Rubem.— Isso é verdade?Se for, tudo está perdido.Deixando de lado a relação de primo entre Leopoldo e Rubem, o fato de Mônica ainda estar casada com Leopoldo quando foi para o bar se envolver com Rubem s
Rubem disse:— Diga o que você tem a dizer. Você pode não gostar de Mônica, mas, depois de tanto tempo juntos, você deveria saber como ela é e se ela realmente iria trair o Leopoldo.Talita não era boba, ela sabia que Rubem, sendo uma pessoa mais reservada e com poucas palavras, só estava dizendo tudo isso porque queria que ela falasse algo para se proteger também. E, entre os dois, ela definitivamente não queria cair nas graças de Rubem.Após pensar um pouco, Talita respondeu:— Eu realmente não gosto da Mônica. A família dela é pobre e ela não é digna do meu filho. Mas, fora isso, ela não tem defeitos. Todo mês, ela me manda metade do salário e é muito respeitosa comigo. Mesmo que tenha brigado com Leopoldo, não acredito que ela iria se envolver com outro homem.Rebeca olhou para Talita com um ódio silencioso. Se não fosse pela posição que ocupava, talvez ela tivesse se levantado e dado um soco nela.— Rebeca, você ouviu tudo que precisava ouvir? — Rubem sorriu, com o olhar feroz. —
— Você, você… — Marcos tremia, mal conseguia completar a frase, somente assistindo impotente enquanto Rubem e Mônica se afastavam. Sua garganta se encheu de sangue, que jorrou em um espasmo.— Marcos. — Virgínia rapidamente correu para ajudá-lo. — Você está bem?— Esse maldito! — O peito de Marcos se ergueu e caiu pesadamente. Ele viveu por décadas e, agora, um filho adotivo o havia levado a esse ponto, fazendo com que seu segundo filho perdesse um braço.Virgínia sussurrou: — Você sabe o quanto Conrado valoriza os filhos. Ele deve estar se sentindo mal pela perda do neto. Está claro que ele favorece aquele filho adotivo, e nós não podemos fazer nada.Marcos, com a voz firme, respondeu: — Vou me vingar, eu juro!— Senhor, por favor. — O segurança se aproximou, falando de maneira formal. — O senhor prefere que a cirurgia seja no seu braço ou no braço do seu filho? O médico precisa saber para preparar a anestesia.Marcos quase vomitou mais sangue, fechou os olhos e empurrou Virgínia, sub
Rubem suavizou o olhar.— Tem mais alguma coisa?Mônica pensou por um momento. Ela queria dizer “quando tivermos tempo, vamos viajar para o exterior para descansar”, mas, em vez disso, disse:— Se você não me despreza…— Hum?Ela gaguejou:— Eu… vou cuidar de você, cuidar de…A repentina ligação interrompeu suas palavras e ela se assustou.Essa maldita ligação!— Vou atender o telefone. — Mônica se levantou das pernas de Rubem, xingando silenciosamente, e atendeu o telefone.— Alô, quem fala?Depois de um breve silêncio, a voz do outro lado disse:— Mônica.—...Rubem viu o corpo de Mônica se tencionar assim que ela atendeu o telefone.Ele empurrou a cadeira de rodas até ela e ouviu Mônica, com calma, dizer:— Se você voltar para procurar minha mãe, eu tenho mil maneiras de te fazer desaparecer.E então desligou.Rubem não perguntou nada. Somente disse:— Organize suas coisas, precisamos voltar.Mônica assentiu com a cabeça.Ao chegarem à casa, os seguranças já haviam resolvido a situa
— É... — Conrado sorriu levemente, a voz tingida de melancolia. — Ela era uma ótima menina. Se eu tivesse ido mais cedo…Talvez fosse muito doloroso, então ele não continuou.Conrado entregou o anel de safira para Mônica. — Pode ficar com isso, não faz sentido eu ficar com ele.— Não posso aceitar. — Mônica deu dois passos para trás. Ela gostava de Rubem, mas o que aconteceria entre eles ainda era incerto. Esse objeto parecia pesado demais. — Melhor entregar para o Rubem.— Sabe… o Rubem é realmente uma pena. — Conrado falou com culpa. — Desde pequeno, ninguém gostava dele, e agora, quando adulto, também ninguém se interessa. Como pai, eu falhei.Mônica forçou um sorriso: — De jeito nenhum, Rubem é tão incrível, ele não tem falta de pessoas que o admirem.— Então, já que é assim, fica com ele. — Conrado insistiu, colocando o anel na mão de Mônica. — Daqui para frente, cuide dele. Ah, minha cabeça está começando a doer.Conrado esfregou a têmpora. — Vou descansar um pouco. Vocês podem i