Capítulo 01

Celena Martins

Doze anos se passaram, mas as lembranças ainda me acordam durante a noite. Desde aquele dia o medo de estar perto de um homem, de qualquer homem, especialmente do homem mau, me levaram para um mundo onde só existia eu e meus pais. Lucas sempre me tratou bem, assim como minha tia que durante anos dedicou sua vida a cuidar de mim.

Depois do que aconteceu naquela noite, dormir se tornou impossível, as palavras dele não saem da minha cabeça, cada vez o som da sua voz fica mais forte e intenso, passei o resto da noite ouvindo o som da sua voz, pensei em minha tia, no Lucas que a ama tanto e não poderia permitir que aquele monstro fizesse o que prometeu diante do meu leito.

Repeti por várias vezes e pedi a Deus que não me deixasse falar nunca mais, com isso acabei perdendo a noção do tempo transcorrido, mas não parava de repetir a mesma frase, os múrmuros que saíam entre meus lábios com o tempo desapareceram e desde então por mais que tentasse falar, não consigo emitir nenhum som. Os anos se passaram e aquele homem, quando minha tia não estava por perto me olhava com desejo, comecei a passar o tempo todo no quarto.

Quando chegava à noite uma forte luz aparecia e sempre meus pais estavam lá com os braços estendidos em minha direção, e com os anos já não conseguia mais distinguir se era ilusão ou realidade, tudo que desejava era que de alguma forma aquele monstro acabasse com a minha vida. Quando minha tia entrou chorando e, em seguida começou a falar que me enviariam para Inglaterra, mesmo ela achando que eu não estava entendo nada, naquele momento minhas esperanças foram renovadas, logo estaria ao lado dos meus pais, pois meu único consolo é que nada poderia me quebrar mais do que aquele monstro fez anos atrás.

NICOLAS ATEBALY

Meu olhar continua fixo na aeronave que acabou de pousar , fiz questão de acompanhar de perto a chegada da infeliz que foi enviada pelo maldito . Deixo os meus pensamentos de lado assim que três s soldados saem segurando a garota pelo braço que mantém a cabeça coberta por um saco preto, permaneço com o olhar cravado em sua direção enquanto a passos largos são dados na direção do veículo que irá leva-la. No instante que os quatro se aproxima do automóvel, sinto uma pontada em meu peito e com os olhos fixos nos movimentos do homem à minha frente que estava a puxando rumo ao veículo , sem que eu consiga entender, minha mandíbula se contrai, meus lábios se mexem e minha voz ecoa no ambiente.

— Pare! — Assim que meus lábios se juntam, todos os olhares caem sob mim. Bruno está petrificado e com os olhos carregados em minha direção.

Saio dos meus devaneios e peço que tirem o saco da cabeça da infeliz, não sei explicar, é como o fogo queimando em minhas veias, uma chama que está sugando a minha razão, a energia vindo da sua direção afeta todos os meus sentidos.

Com os olhos fixos na mão do soldado, acompanho atentamente cada movimento seu até alcançar o tecido que envolve a cabeça da mulher, assim que ele puxar o saco, sinto meus pulmões se contraindo, e novamente uma pontada em meu peito. Olho para garota que não esboça nenhuma reação, é como se ela não estivesse nesse mundo e desconectada da realidade, caminho até eles e assim que fico frente a frente com a desconhecida, ela gira a cabeça, fixo meus olhos nela, porém, a moça continua com a mesma expressão.

— Dentro da Sala do Tormento, temos um prisioneiro que se infiltrou em nosso território, até descobrimos para qual dos nossos inimigos o infeliz passou informações, não aceitaremos o acordo com a máfia mexicana, todos conhecem o Jacob e sabemos que além de calculista e frio, é um traiçoeiro capaz de tudo para conseguir seus ideais.

Volto a ficar frente a frente com garota.

— Qual é o seu nome? — a infeliz continua do mesmo jeito que minutos atrás, sinto a raiva inflamar em minhas veias, um nó se forma em minha garganta e levo uma de minhas mãos em direção ao seu pescoço.

— Você é surda ou retardada? — vai aprender que nunca deve ficar calada, quando eu te fizer uma pergunta.

Antes que ela tenha qualquer reação intensifico o aperto, e não ouço qualquer som sair entre seus lábios.

Mesmo sendo treinado durante anos, e capaz de decifrar as reações das pessoas em minha frente, essa infeliz se torna uma incógnita, a qual não consigo desvendar. Analisando com cuidado, observo cada traço do seu belo rosto, uma beleza que nunca tinha visto antes, seria um desperdício não possui-la antes de enviá-la ao inferno. A solto e ordeno que a coloquem dentro do meu carro, minha atenção logo se voltou para Bruno .

_Voce sabe que o conselho não vai aprovar isso.

_Minha decisão já foi tomada....

Trocamos mais algumas palavras e Bruno foi despachar o novo carregamento de armas que vamos enviar à Jamaica.

Caminho até o meu automóvel, a cada passo dado, não consigo entender o porquê estou tão ansioso para rever a garota, talvez sua ousadia em me desafiar despertou um lado que não conhecia, afinal, todos que chegaram a me contrariar até hoje partiram dessa para pior, porém, tenho que reconhecer que a m*****a mesmo com a aparência desleixada tem uma beleza natural, assim como ela tem um corpo perfeito, só de imaginar já sinto o meu pau se contrair entre minhas calças. Nunca fui de ter ereção de imediato ao ver uma mulher, contudo, essa mexeu comigo de uma forma que não sei explicar, despertando todos os meus pensamentos mais impuros. Saio dos meus devaneios ao ficar em frente ao meu carro, abro a porta e a vejo encolhida no banco de trás, adentro o veículo e travo todas as portas, a atrevida continua com a mesma expressão indecifrável em sua face, sacudindo o corpo para frente e para trás, decerto com medo em saber que após saciar todas as minhas vontades deixará esse mundo. Coloco o carro em movimento e após horas que parecem uma eternidade, enfim chegamos à minha mansão, destravo as portas do veículo, saio do carro e caminho em direção à porta em que a garota está, mando que ela saia do automóvel, por incrível que pareça ela ainda está com a cabeça abaixada, a raiva inflama em minhas veias, meus pulmões estão em chamas, pego-a pelos cabelos e saio puxando em direção à porta, a infeliz não emite nem um som, o que só me deixa mais irritado, assim que entro na sala a levo para um dos quartos que ficar no andar inferior da mansão, abro a porta e com um movimento brusco a jogo dentro do cômodo, ela permanece do mesmo jeito como caiu.

— Vá até o banheiro e tome um banho, pois seu estado está deplorável. Dentro de alguns minutos voltarei, e para o seu bem espero que esteja limpa.

Fecho a porta, sigo para o meu quarto, assim que terminar o meu banho vou mostrar para aquela infeliz, para que ela foi feita, vou fodê-la até que ela não sinta mais suas pernas. E depois darei a ela o destino que foi adiado há algumas horas.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo