Capítulo 02

Cidade do México - México.

William Santiago

Depois do soco que dei em Marta, a infeliz, passou algumas horas desmaiada, minha única lamentação é não ter possuído aquela garota, quando tive todas as oportunidades. Cada traço dela me faz lembrar da sua mãe e se não fosse pelo desgraçado do Antônio que cruzou meu caminho, a Cecília teria sido minha esposa, mas além do cargo de conselheiro da máfia, ele também colocou os olhos na única mulher que amei na vida, restando-me casar com Marta para me manter próximo de Cecília, e assim arrumar um jeito de acabar com o maldito.

Agora com a única herdeira dos Martins morta, a sua fortuna passará por direito a Marta e eu como seu esposo serei o administrador de todo o patrimônio que a m*****a retardada tinha e nem imaginava que após Jacob, ela era a segunda mais rica de todo México.

Celena Martins

Depois de passar um bom tempo dentro daquele carro, tento me manter lúcida, mas novamente o som de várias vozes ecoam em minha mente, por mais que eu tente voltar a realidade elas sempre surgem em minha cabeça, e logo a imagem dos meus pais sempre aparece. Quando sinto minhas pálpebras pesarem ouço um barulho e aquele homem que veio para impedir a minha felicidade surge à minha frente, ele é tão ruim quanto o homem mau, pois as vozes não param de me falar isso, que não devo confiar nele ou nunca estarei com os meus pais.

Sinto uma dor forte em minha cabeça, quando suas mãos começam a puxar os meus cabelos, fico na esperança que ele me matará, mas nada acontece, à medida que ele me puxa sinto algo doendo em minhas costas, assim que para em frente a uma porta e me j**a dentro do cômodo sua voz potente ecoa no ambiente, tento pensar em meus pais e não compreendo nada do que ele fala, um tempo depois o homem sai, deixando-me sozinha naquele lugar desconhecido, levo minhas mãos até minhas costas que está doendo, passo as minhas mãos pelas costas e ao olhá-las, vejo que estão envolvidas por um líquido avermelhado.

Um medo agudo e cru atravessa todo o meu corpo, as lágrimas rolam pelo meu rosto sem que eu possa evitar.

E se ele voltar novamente?

Os sons se tornam vozes que não param de ecoar em minha mente e agora sei o que preciso fazer para acabar com tudo isso, levanto-me com dificuldade, ando quase me arrastando para fora do box, minha, olho para os lados e avisto uma banheira, aproximo-me e ligo a torneira, deixo que ela fique completamente cheia, viro-me e fico encarando o meu reflexo, estou em um estado deplorável, meus cabelos bagunçados, ao girar olho a imagem das minhas costas que está com vários arranhões, caminho até o espelho e pego um objeto de metal que está sobre a pia.

No impulso pego o objeto e quebro o espelho, pego um caco de vidro e volto para perto da banheira, entro na água que cobre todo o meu corpo, posiciono o objeto sobre o meu pulso direito e começo a deslizar o vidro em minha carne até atingir os tendões, mesmo com dificuldade faço o mesmo processo no outro braço, mas antes de atingir os tendões, já não tenho mais forças, levanto o olhar e uma forte luz surge à minha frente, um sentimento de alegria preenche o meu coração, finalmente encontrarei a paz, novamente a luz some e tudo que vejo é uma forte escuridão me envolvendo.

Agora sim não haverá mais dor.

NICOLAS ATEBALY

Deixo os pensamentos de lado, e entro debaixo do chuveiro, assim que terminar meu banho vou ensinar umas coisas para aquela garota para o meu puro prazer.

Acabo passando um bom tempo debaixo do chuveiro, perdido em meus pensamentos, ao sair do box ouço gritos em direção ao meu quarto, pego uma toalha e deixo o ambiente, ao entrar no cômodo encontro Nany que está com algumas lágrimas nos olhos, o corpo trêmulo, vejo o medo em seu olhar, caminho em sua direção e pergunto o que aconteceu, com a voz entrecortada ela começa a falar:

— Você precisar ajudar a garota, ela está morrendo. Eu tentei reanimá-la, porém, não adiantou.

Ainda confuso pelas palavras ditas por ela, sobre o que aconteceu. Um sentimento que nunca senti em relação a ninguém se manifesta em mim como um soco, ela não pode morrer sem a minha permissão, ela está nas minhas garras e ninguém poderá mudar isso.

Deixe o quarto com Nany me seguindo, em passos rápidos começo a descer os degraus da escada, assim que chego perto do quarto que ela está, sinto meus batimentos acelerarem, tomo uma respiração profunda para diminuir meus batimentos cardíacos, abro a porta do ambiente e não a vejo, vou até o banheiro e a encontro no chão enrolada com uma toalha e, alguns cacos de vidro ao seu lado, olho para banheira à minha frente, que está cheia com um líquido avermelhado, agacho-me e pego a garota em meus braços, assim que adentro o quarto, coloco-a em cima da cama, enquanto vejo o estrago que ela vez em seus pulsos, peço a Nany que pegue a minha maleta, seus batimentos estão fracos, ela está quase sem pulso, seu rosto pálido e quase sem vida.

— Você não vai morrer, não até o momento que eu decidir.

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