Dayse limpou cada canto da casa, tirou cada gota de sangue, até mesmo o galpão ela tomou coragem e limpou, na verdade como era uma área grande e sem móveis, usou uma lavadora a jato para tirar tudo com água.Adam só acordou no dia seguinte, ela o chamou algumas vezes, lhe deu remédios e até trocou alguns curativos. Como passou o restante do dia do casamento e madrugada toda na atividade de limpeza, ela ficou exausta, adormeceu vigiando Adam dormir.Dayse estava deitada ao lado dele agarrada ao taco de baseball, quando ele abriu os olhos, achou a cena curiosa e engraçada ao mesmo tempo.— Dayse, minha Dayse, acorde...Ela abriu os olhos, era a primeira vez que ele acordava e a encontrava na cama, normalmente ela levantava primeiro e ele era acordado pelo cheiro do café.— O que está segurando?— Um taco de baseball, seu cunhado me emprestou...— Dayse... Ai! — Ele tentou se mover, mas ainda sentia dores no corpo, ela deixou o objeto no chão e sentou na cama, ficando mais próxima a ele.
Dayse cuidava de Adam com amor, ele estava se recuperando bem, ainda não saía do quarto a não ser para tomar banho, fazia isso com a ajuda dela, o que era excitante e de acordo com ela muito indecente, mesmo o recriminando a deixava desejosa, ele tinha despertado seu lado mulher.Adam estava deitado no quarto e Dayse estava na cozinha fazendo o almoço, Dave não estava em casa, era difícil o encontrar lá. Depois de tentar obriga-la ao casamento, passava o pouco tempo que ficava em casa no sofá, saía cedo e chegava tarde, quando estava não dizia uma palavra, ligava a TV e fingia assistir qualquer coisa, Dayse na verdade sentia o olhar dele sobre ela, pensava que ele queria pedir desculpas e não sabia como.Ela estava fazendo uma sopa, achou que o prato seria bom para a saúde do noivo, ele reclamava por ela nunca levar refrigerantes, ele odiava o sabor dos sucos naturais, a tranquilidade foi quebrada quando Dave se aproximou e sussurrou no ouvido de Dayse.— Cheiro bom cunhadinha!Ela se
Dayse continuava seus afazeres sob os olhares de Adam, ele saía do quarto e ficava na sala, ela não o procurava mais, estava chateada com ele.— Minha Dayse, sente-se comigo?— Estou limpando a pia e vou preparar algo para a tarde... E deixar o jantar encaminhado.— Está chateada comigo?Dayse não respondeu, apenas abaixou a cabeça e secou as mãos no avental.— Minha Dayse, por que está assim?— Riu de mim Adam... Como acha que me senti?Adam ainda não havia compreendido o sentimento de sua noiva, ela estava aprendendo a se soltar e dizer o que quer, sua reação a deixou insegura novamente.— Dayse, me perdoe, pensei que já tivesse passado, que tivesse me entendido, sinto falta de seu carinho...Ela sorriu e se aproximou, sentou ao lado dele no sofá, cruzou as longas pernas e apoiou a cabeça com uma das mãos, seus cabelos desceram levemente para o lado.— Depois diz que não é sensual... Me deixou excitado só de sentar ao meu lado.— Você é um indecente, vê maldade em tudo!— Vou te ens
— Meu amorzinho, vim cuidar de você, soube que não está bem, e vim te dar todo meu amor...Ela tentou se aproximar e novamente Dayse se colocou entre os dois.— Não quero lhe agredir, é melhor se afastar!Katryna deu um passo para trás e sentou no sofá, cruzou as belas e longas pernas, e sorriu.— Adam, a mande embora! Adam? — Gritou Dayse.Ele abaixou a cabeça e voltou para o quarto, a presença de Katryna o deixava atordoado, ela foi a primeira mulher em sua vida, e a única que já aceitou a sua pior face.Katryna foi a única que fez Adam realmente perder a cabeça, foi o furacão que passou na vida dele e por muito pouco não o fez ser morto, até participar de torturas com ele, já participou, ela sentia prazer em causar dor em outras pessoas, ele temia que seu objeto de tortura agora fosse Dayse.Dayse entrou no quarto e encarou Adam furiosa.— Você fala tanto que devo me defende de sua família, mas essa mulher entra aqui e pode fazer o que quer?— Dayse, não posso lutar contra
Dayse ainda dormia no mesmo quarto que Adam, visivelmente chateada e distante, ele estava melhor, até voltou a trabalhar, depois de mais uma semana com discussões e com a frieza de Dayse, ele ligou para Danilo, não suportava mais a distância que Dayse impôs entre eles.— Pois é isso primo, e agora a porra do gato, ela prefere cuidar do gato do que de mim!Danilo riu alto. — Adam, você está perdendo sua noiva pra um filhote de gato, é isso mesmo?— Danilo, pode até zombar de mim, mas me ajuda, eu não sei o que fazer com ela...— Peraí! — Danilo disse e passou o telefone para Carlos.— Fala americano, tu é péssimo com mulheres, é isso mesmo?— Porra Carlos, Danilo te chamou, só pra tirar uma com a minha cara?— Não, eu estava ouvindo tudo, me diz uma coisa, em que momento você se desculpou com ela.Adam repensou todas as discussões e realmente ainda não tinha tentado isso.— Ainda não fiz isso...— Por que?— Não sei...— Tá, e o casamento, não deu certo, ok! Marcou pra quan
— Adam... Já se passaram 4 meses, eu não conheço Dayse como você...— Dave dizia com um sorriso presunçoso. — Quer dizer, sei que ela cuida da casa por gostar, que a atividade de cozinhar ela fazia com a mãe, por isso usa o avental que foi dela. Que sonhava em ter um animal, mas o pai nunca deixou, que sonha em ter uma filha chamada Rosa, que gosta de filmes românticos com uma pitada de sensualidade. Que você nunca poderá conforta-la como eu, por não ser da altura dela. Até no nome ela combina comigo, seu corpo é perfeito para estar em meus braços. Mas, o que eu posso saber? Não sei de nada meu irmão. — O sorriso de Dave só fazia Adam sentir mais raiva, Dave prestou atenção nas conversas e em cada detalhe de Dayse e no momento conhecer a moça estava fazendo a diferença.— O que quer? Não quis ir ao casamento para conhecê-la, achava ridículo eu me casar com Dayse por amor e agora faz de tudo para nos separar.— Não queria, mas agora quero Dayse, me arrependo de não ter ido naquele cas
Pela manhã Dayse recebeu uma ligação de Pietra, era cedo, bem mais cedo do que costumava acordar, Adam não estava na cama, ela atendeu o telefone.— Alô?— Dayse, nasceu! Seu sobrinho nasceu!— Ahn! Pietra? Como assim sobrinho?— Dayse, acorde! Seu sobrinho nasceu quase agora. — Fuso horário era complicado, ainda eram 5h30 da manhã em Nova York, enquanto já passavam das 10 horas em Londres. — Ele ainda está no hospital, acabei de sair do quarto.— Pietra, que notícia boa, e Violeta? Como está minha irmã?— Está bem também, ficará uns dias até se recuperar do parto, Daniel é forte como o nome.— Falarei com Adam, vou o quanto antes conhecer meu sobrinho!Dayse saiu do quarto, colocou apenas um roupão leve por cima da camisola, estava a procura de Adam, ela olhou pela casa e não o encontrou, abriu a porta dos fundos e viu Adam saindo do galpão com Katryna, ele pegou a mangueira de jardim e parecia limpar algo das pernas dela, como sempre ela estava de vestido curto na cor preta
Adam voltou quase de noite, Dayse estava deitada olhando o celular, ele entrou no quarto e não gostou de ver uma mala pronta com as coisa dela.— Por que fez a mala?— Já lhe disse! — Ela disse sem ao menos olhar para ele.— Dayse, só estou pedindo paciência, não é muito.— Adam Wolf, é muito sim! — Dayse mudava o tom e o chamava pelo nome completo quando estava brava, essa atitude era sinal de que estava no seu limite com ele.— Dayse, o que está acontecendo conosco? Olhe como estamos brigando...— Adam, olhe o que está fazendo comigo... O único momento que te vi calmo e até sorrir hoje foi quando saía do galpão com a Katryna.Naquele momento, Adam percebeu que a viagem a Londres era o menor de seus problemas, Dayse havia visto ele com a ex-namorada e o ciúme havia a deixado naquele estado.— Dayse, eu estava trabalhando.— Com ela? Até onde sei trabalha sozinho!— Sim, mas algumas vezes já trabalhei com ela ao meu lado, eu... fui um idiota mais um vez. — Adam percebeu que