Pela manhã Dayse recebeu uma ligação de Pietra, era cedo, bem mais cedo do que costumava acordar, Adam não estava na cama, ela atendeu o telefone.— Alô?— Dayse, nasceu! Seu sobrinho nasceu!— Ahn! Pietra? Como assim sobrinho?— Dayse, acorde! Seu sobrinho nasceu quase agora. — Fuso horário era complicado, ainda eram 5h30 da manhã em Nova York, enquanto já passavam das 10 horas em Londres. — Ele ainda está no hospital, acabei de sair do quarto.— Pietra, que notícia boa, e Violeta? Como está minha irmã?— Está bem também, ficará uns dias até se recuperar do parto, Daniel é forte como o nome.— Falarei com Adam, vou o quanto antes conhecer meu sobrinho!Dayse saiu do quarto, colocou apenas um roupão leve por cima da camisola, estava a procura de Adam, ela olhou pela casa e não o encontrou, abriu a porta dos fundos e viu Adam saindo do galpão com Katryna, ele pegou a mangueira de jardim e parecia limpar algo das pernas dela, como sempre ela estava de vestido curto na cor preta
Adam voltou quase de noite, Dayse estava deitada olhando o celular, ele entrou no quarto e não gostou de ver uma mala pronta com as coisa dela.— Por que fez a mala?— Já lhe disse! — Ela disse sem ao menos olhar para ele.— Dayse, só estou pedindo paciência, não é muito.— Adam Wolf, é muito sim! — Dayse mudava o tom e o chamava pelo nome completo quando estava brava, essa atitude era sinal de que estava no seu limite com ele.— Dayse, o que está acontecendo conosco? Olhe como estamos brigando...— Adam, olhe o que está fazendo comigo... O único momento que te vi calmo e até sorrir hoje foi quando saía do galpão com a Katryna.Naquele momento, Adam percebeu que a viagem a Londres era o menor de seus problemas, Dayse havia visto ele com a ex-namorada e o ciúme havia a deixado naquele estado.— Dayse, eu estava trabalhando.— Com ela? Até onde sei trabalha sozinho!— Sim, mas algumas vezes já trabalhei com ela ao meu lado, eu... fui um idiota mais um vez. — Adam percebeu que
Logo depois foi a vez do vidro traseiro, ele saiu do carro e viu Dayse com o taco de baseball.— Não queria que eu reagisse? Pois estou reagindo! Vai falar comigo agora?Ela deu alguns golpes no carro de Adam antes que ele pudesse acreditar no que seus olhos estavam vendo e tentar intervir.— Dayse, não é a mim que tem que atacar!— É você que quer me impedir de ver minha irmã!— Dayse, pare! Por favor!— Está mandando eu parar, Adam Wolf? — O tom de ira e mágoa estava lá, tudo que Dayse guardou durante muito tempo estava sendo descontado nele, ou melhor, em seu carro. Foram anos escondendo seus sentimentos e só fazendo o que os outros queriam, mas este momento o fez perceber que ela não somente precisava de ajuda como Violeta era a linha que ele não poderia cruzar.— Não Dayse estou pedindo, estou preocupado com você, me deixe cuidar de você meu amor! Se isso for fazer você ficar bem, vamos a Londres imediatamente!Dayse soltou o taco de baseball no chão, estava ofegante e ca
UMA HISTÓRIA DE AMOR NA TERCEIRA IDADE, OS BÔNUS SERÃO SOBRE O ROMANCE A DISTÂNCIA DE MORGAN E JULIANA. ASSIM COMO TIVEMOS LAYS E JAMES, TEREMOS MAIS UM CASAL EXTRA COMO UM PRESENTE DE NATAL PARA VOCÊS.PRIMEIRO VAMOS ALINHAR OS PONTOS DESSA HISTÓRIA, VAMOS CONHECER ESSE CASAL DESDE O PRIMEIRO OLHAR ATÉ O PONTO ATUAL QUE É O NASCIMENTO DE DANIEL.Morgan chegou a casa da família Hiss pouco depois da hora do almoço, sua filha Violeta estava enciumada, uma amiga brasileira ficaria hospedada na casa de Danilo e ela quis ir antes para saber quem era.Assim que passaram pela porta as filhas buscaram com os olhos a tal Juliana, acreditavam ser uma jovem advogada que Danilo conheceu no orfanato, na sala estavam conversando Carlos e um rapaz negro de nome Bruno.Morgan o cumprimentou e olhava para o futuro genro, sabia que os ciúmes da filha sobre a tal Juliana era infundado.— Violeta, vamos até a cozinha, Juliana está lá com minha mãe. — Disse Danilo.— Vou também! — Morgan disse, ele qu
Nas semana seguinte Morgan observou Dayse, ela falava com Bruno por chamada e passava horas rindo e conversando com o brasileiro, até que se encheu de coragem e pediu a filha o número da mãe do rapaz.— Pai, te mandei uma mensagem... — Disse Dayse.— O que é?— O número da mãe do Bruno, basta você ligar.Morgan sorriu, ele foi para o escritório e pesquisou sobre a diferença de horário no Brasil, não queria de forma alguma ser inconveniente.Era uma tarde de semana quando ele resolveu fazer o primeiro contato.— Alô? — Disse Juliana.— Eu faria uma surpresa, mas só de eu falar em inglês já deve saber quem é.Juliana sorriu, não acreditou que o senhor galanteador que conheceu em outro país realmente estava demonstrando algum interesse nela.— Morgan, confesso que só o fato de ter ligado é uma surpresa.Nos dias seguintes Dayse viu o pai sorrir, xingar menos e com um semblante mais leve. Ele estava planejando uma ida ao Brasil, seria uma grande surpresa para Juliana.Depois da
Morgan e Juliana eram um casal muito respeitável, ela o levou no orfanato onde Danilo e Bruno viveram durante um tempo, as outras assistentes e a atual diretora do lugar ficaram felizes de ver Juliana ao lado de um homem, a advogada séria nunca apareceu com ninguém, mesmo nos anos da juventude era focada nos estudos e depois dedicou sua vida as crianças em situação de risco, largava tudo e entrava onde quer que fosse atrás delas para lhes dar um lar seguro e afetuoso.Eles almoçavam em casa, Juliana era rigorosa com Morgan, tanto quanto Dayse.— Juliana, seu filho não se incomoda mesmo com minha presença aqui, estou em sua casa faz duas semanas e o coitado dorme no sofá.— Morgan querido, você é bem vindo! Eu gostaria que Dayse estivesse aqui também, mas você disse que agora ela tem um noivo ciumento, que não pode nem falar com meu filho.— Adam é um bosta! Eu sempre falo isso a ela, mas ela está feliz, comprou até o vestido de noiva, estou tentando ver minha ida aos Estados Unido
Morgan puxou a cadeira da mesa para que Juliana se sentasse, agradeceu mentalmente o chá que ela preparou, realmente precisaria manter a calma naquela conversa.— Juliana minha querida, sabe que os homens da família de Danilo trabalham para mim. Sou chefe deles na Escócia.— Sei, apesar de ainda não saber exatamente o que fazem.— Eu contratei o pai de Argos como segurança de Carlos, que na época tinha nove anos. Conheci Ted na guerra, ele foi para a mesma região que eu no Afeganistão, junto com as tropas americanas, juntos Ted e eu salvamos meu amigo Leonel, ele havia caído em uma emboscada. Quando voltei para Escócia, Leonel me ajudou a me casar com a moça que eu queria, a mãe de minhas filhas. Mas Ted voltou para os Estados Unidos, nunca foi recompensado pelo ato de bravura.— Ted é o pai das crianças?— Sim, anos depois tive a oportunidade de viajar com minha esposa Rose para os Estados Unidos, encontrei Ted por acaso, as coisas para ele foram mais difíceis, ele não conseguiu
DE VOLTA A LINHA PRINCIPAL DA HISTÓRIA...Dayse correu até a porta do galpão, mas na hora de abrir a porta ela respirou fundo e o fez lentamente, não queria atrapalhar, não importava quem estava ali, só queria ter certeza de não ser sua rival, uma espiada já era o bastante.Assim que abriu um pouco a porta, ela viu a linha de sangue que escorria no chão, um cheiro estranho invadiu suas narinas e ela fechou os olhos e tapou o nariz para não vomitar, quando se recompôs, levou um susto ao ouvir um grito abafado de dor.Adam tinha acabado de queimar o braço do homem a sua frente, ele estava de costas para a porta, na mesa pronto para pegar outra coisa. Os olhos do homem machucado e de Dayse se cruzaram por um instante, ela sentiu pena do estado dele.— Vou destapar sua boca e é melhor começar a falar! Quem mandou me atacar?— Por favor senhor Wolf, sou pai de família, não tenho a informação que quer.— Claro que tem! Não veio aqui de graça, quer voltar para sua filha? Então fale!Ad