Vivian LimaNão imaginei que no primeiro dia da Ketlin no mesmo teto teríamos momentos desagradáveis, Mikael quis ficar acordado até tarde e escolhei não comprar essa briga. Maitê dormiu em seu quarto, minutos depois que me deitei, Dylan pediu para dormir comigo. Pensei que ficaremos conversando e não dormiríamos, engano meu, foi questão de segundos.Não vi o Nathan entrando no quarto.Acordei com uma risada do Dylan.— Desculpa, papai.Abri meus olhos, Nathan está sentado com a mão no queixo.— Um dia de aula de Karatê e já estou vendo os resultados.Foi minha vez de rir.— Parece que alguém acordou animado.Dylan me olha com os seus olhinhos brilhando.— Tia Vivian, eu sonhei que estava lutando com um dinossauro. — Ergue os braços no ar. — E eu ganhei!— É o King Kong? — Nathan levanta rindo.— Nathan! — Tento ficar séria.Dylan cai sentado na cama olhando para o pai.— Pai, sou muito forte. — Mostra o muque dele.— Não tenho dúvidas disso, filho. — Nathan vai para o closet. — Mas a
Vivian LimaSe tinha esperança da minha amada sogra ir embora ou cair em si das tramoias que estava fazendo e a gente selar a paz, passei a ter certeza que não aconteceria. Ketlin não me dirigia a palavra, fiz o mesmo. Ela não olhava na minha cara, fazia o mesmo. Dylan era quem mais ficava sentido e ficava indeciso sobre com quem ficar quando voltava da escola.Não que tivéssemos tempo como antes, Felix começou a me orientar sobre a administração do hotel. Meu tempo com minha filha foi escasso, Nathan estava certo, havia muita coisa para ser feita. Tive minha primeira reunião com Alicia, o fato de trabalhar com ela não fez mudar o que sinto por ela.Entre meu atrito com ela ou a Ketlin, vivo com a Ketlin tranquilamente. Dá para acreditar? Talvez porque é minha sogra e não a amiguinha louca para dar para meu marido. O seu jeito que fala com Félix me mostra que é cautelosa e sabendo agir com cada um. Ele fez questão de está ao meu lado, não tenho nada de ruim para falar do meu sogro.Pe
Nathan LeBlanc Um novo dia com o mais novo programa chamado: colocar Mikael para escola. Nos últimos dias essa tem sido a tarefa mais difícil. Com Ketlin em minha casa não facilita nada, como também iria dificultar muito se ela fosse embora, infelizmente tem que reconhecer. Mikael me vê facilmente como o vilão dessa história, mandando Ketlin traria um atrito maior do que venho tentando evitar.— É simples, você só tem que vestir a sua roupa e entrar no carro com o seu irmão para ir para escola. — Ergo minhas mãos no ar, demonstrando o quanto é simples.Estou discutindo com meu filho mais novo que está apenas de cueca com as mãos na cintura achando que tem algum argumento que me faça desistir da ideia dele ir para escola.— Eu sempre tive aulas em casa com a mamãe…Voltamos para o mesmo assunto.— Você não está mais morando com a sua mãe, Mikael.— Então quero voltar a morar com a minha mamãe! — O menino fica vermelho quando começa a gritar. — Ela me ama! Ela me escuta!É, porque agor
Nathan LeBlancA nova briga dessa casa se resume a Dylan e eu querendo dar uma enorme festa de aniversário para a Maitê, “enorme” porque é desse jeito que a Viviane fala, porque para mim é uma coisa muito simples. Hoje é o último dia que os meus pais estarão aqui em casa, amanhã cedo estou indo embora. Mikael resistiu um pouco, mas a pedido da mãe aceitou frequentar a escola. Ketlin fingindo uma calma que não existe, viu que a sua luta havia sido perdida.— Ela só tem um ano… — Vivan mexe as mãos no ar tentando fazer com que a gente entenda.— Todos tiveram uma festa dessa. — Derek entra na conversa. — É muito injusto a Maitê não ter.Olha para Derek Isso suspiro com uma sinceridade profunda.— Muito obrigado, meu irmão. — Olho para a Vivian apontando para ele. — Se até Derek me entende por que você…— Nathan, cuidado com as suas próximas palavras. — Vivian estreita os olhos em minha direção.Me calo na mesma hora e cutuco o Dylan para falar por mim. Derek ri, reviro os meus olhos.—
Vivian LimaDesde que sair do Brasil sempre me questionava sobre as diferenças de cada país, a culinária, o ambiente e o modo de viver das pessoas. Há uma diferença muito grande, acredito que em todos os aspectos, quando coloquei meus pés em solo brasileiro novamente não senti aquela bola de neve que sentia quando fui embora. Estar de volta no meu país é bom, fecho os olhos sentindo o calor do sol batendo em meu rosto. A ideia era passar apenas o final de semana, os meninos não perderam a escola e Nathan e eu voltamos para nossa rotina de trabalho. Bem, eles perderam apenas dois dias de escola já que é quinta-feira e voltamos para casa no domingo.Depois de alguns meses em Nova Iorque, fiz uma procuração passando meu apartamento para minha mãe. De certa forma queria me livrar de tudo que pudesse me lembrar do que passei, como a minha condição está boa suficiente voltar para o Brasil e ficar em um hotel não seria nada de mais no meu financeiro.Outra coisa que impus com a nossa volta a
Vivian LimaAbro a porta de correr na varando dando um longo bocejo, meu cansaço ontem foi ao extremo. Restando para Nathan ficar com as crianças que depois das cinco da tarde estavam ligados no 220 novamente. São seis da manhã e me sinto renovada, saio do quarto deixado Nathan dormindo. Cuido para que quando todos acordarem ter o café da manhã reforçado.Faço o mínimo barulho possível quanto ando pelo luxoso apartamento. Daqui a pouco iremos para a praia vermelha, é a minha preferida e foi a praia que levei Nathan quando ele veio pela segunda vez para o Brasil após nos conhecermos. Ah, e com certeza almoçaremos no restaurante e bar garota da Urca. Nathan gostou demais de comer lá. As nove, teria alguém para buscar Adelaide, pegamos um carro maior para caber todos no mesmo carro.As sete e meia todos estão acordados. Os meninos aparecem sem camisa, Dylan usava uma bermuda e o Mikael apenas de sunga com a energia de todos acumulada nele. Nathan esta de bermuda também e passava a mão pe
Vivian LimaPassei o resto do dia sem ver a cara do Nathan, liguei algumas vezes e ele não atendeu, um tempo depois mandou uma mensagem avisando que logo estaria vindo. Ficar no apartamento não traria a minha paz, Dylan havia percebido meu mau humor e consequentemente ficando mais perto de mim. Fiz de tudo parmau-humora evitar não demonstrar, fomos para uma casa de jogos para crianças e eles convenceram a Adelaide a ir em um dos brinquedos. A cena foi engraçada. Meu celular toca avisando que havia chegado mensagem.Nathan: Estou a caminho, chego em vinte minutos.Visualizo a mensagem, mas não respondo. Bebo o resto de refrigerante e aviso a babá que vou no banheiro, os passos são rápidos. O lugar estava cheio e enquanto caminhava em direção ao banheiro fiquei preocupada com o tamanho da fila, mas graças a Deus, não tinha. O que era para ser apenas uma ida no banheiro acabei parando para conversar com algumas mães que estavam tão dificuldade de levar os filhos embora, trocamos algumas
Nathan LeBlanc Não imaginei que Vivian ficaria tão brava comigo, realmente pensei que seria um processo rápido e que logo encontraria com eles na praia, mas infelizmente não foi. Entrei com o pedido para colocar o meu sobrenome na certidão da Maitê, consegui agilizar em um dia o que poderia acontecer em cinco ou quinze dias. Ter contatos no lugar certo e pessoas te devendo favores, facilita muito as coisas. Vivian não precisaria se preocupar quanto a isso, apenas teria o papel para que ela assine. Queria facilitar o máximo possível, já que ela havia concordado. Mas as coisas demoraram e cheguei em um momento desagradável. Pensei que não ocorreria, talvez no último dia? Quem sabe. Não conversamos muito sobre a Amanda, não sabia ao certo qual era o sentimento de Vivian com a irmã e agora tenho certeza de que não a quer por perto. Por mim, tudo bem, está na lista das pessoas que manteremos afastados. Thales estava com o carro no início da rua, havia chegado com a Amanda e Karl havia m