Nathan LeBlanc Um novo dia com o mais novo programa chamado: colocar Mikael para escola. Nos últimos dias essa tem sido a tarefa mais difícil. Com Ketlin em minha casa não facilita nada, como também iria dificultar muito se ela fosse embora, infelizmente tem que reconhecer. Mikael me vê facilmente como o vilão dessa história, mandando Ketlin traria um atrito maior do que venho tentando evitar.— É simples, você só tem que vestir a sua roupa e entrar no carro com o seu irmão para ir para escola. — Ergo minhas mãos no ar, demonstrando o quanto é simples.Estou discutindo com meu filho mais novo que está apenas de cueca com as mãos na cintura achando que tem algum argumento que me faça desistir da ideia dele ir para escola.— Eu sempre tive aulas em casa com a mamãe…Voltamos para o mesmo assunto.— Você não está mais morando com a sua mãe, Mikael.— Então quero voltar a morar com a minha mamãe! — O menino fica vermelho quando começa a gritar. — Ela me ama! Ela me escuta!É, porque agor
Nathan LeBlancA nova briga dessa casa se resume a Dylan e eu querendo dar uma enorme festa de aniversário para a Maitê, “enorme” porque é desse jeito que a Viviane fala, porque para mim é uma coisa muito simples. Hoje é o último dia que os meus pais estarão aqui em casa, amanhã cedo estou indo embora. Mikael resistiu um pouco, mas a pedido da mãe aceitou frequentar a escola. Ketlin fingindo uma calma que não existe, viu que a sua luta havia sido perdida.— Ela só tem um ano… — Vivan mexe as mãos no ar tentando fazer com que a gente entenda.— Todos tiveram uma festa dessa. — Derek entra na conversa. — É muito injusto a Maitê não ter.Olha para Derek Isso suspiro com uma sinceridade profunda.— Muito obrigado, meu irmão. — Olho para a Vivian apontando para ele. — Se até Derek me entende por que você…— Nathan, cuidado com as suas próximas palavras. — Vivian estreita os olhos em minha direção.Me calo na mesma hora e cutuco o Dylan para falar por mim. Derek ri, reviro os meus olhos.—
Vivian LimaDesde que sair do Brasil sempre me questionava sobre as diferenças de cada país, a culinária, o ambiente e o modo de viver das pessoas. Há uma diferença muito grande, acredito que em todos os aspectos, quando coloquei meus pés em solo brasileiro novamente não senti aquela bola de neve que sentia quando fui embora. Estar de volta no meu país é bom, fecho os olhos sentindo o calor do sol batendo em meu rosto. A ideia era passar apenas o final de semana, os meninos não perderam a escola e Nathan e eu voltamos para nossa rotina de trabalho. Bem, eles perderam apenas dois dias de escola já que é quinta-feira e voltamos para casa no domingo.Depois de alguns meses em Nova Iorque, fiz uma procuração passando meu apartamento para minha mãe. De certa forma queria me livrar de tudo que pudesse me lembrar do que passei, como a minha condição está boa suficiente voltar para o Brasil e ficar em um hotel não seria nada de mais no meu financeiro.Outra coisa que impus com a nossa volta a
Vivian LimaAbro a porta de correr na varando dando um longo bocejo, meu cansaço ontem foi ao extremo. Restando para Nathan ficar com as crianças que depois das cinco da tarde estavam ligados no 220 novamente. São seis da manhã e me sinto renovada, saio do quarto deixado Nathan dormindo. Cuido para que quando todos acordarem ter o café da manhã reforçado.Faço o mínimo barulho possível quanto ando pelo luxoso apartamento. Daqui a pouco iremos para a praia vermelha, é a minha preferida e foi a praia que levei Nathan quando ele veio pela segunda vez para o Brasil após nos conhecermos. Ah, e com certeza almoçaremos no restaurante e bar garota da Urca. Nathan gostou demais de comer lá. As nove, teria alguém para buscar Adelaide, pegamos um carro maior para caber todos no mesmo carro.As sete e meia todos estão acordados. Os meninos aparecem sem camisa, Dylan usava uma bermuda e o Mikael apenas de sunga com a energia de todos acumulada nele. Nathan esta de bermuda também e passava a mão pe
Vivian LimaPassei o resto do dia sem ver a cara do Nathan, liguei algumas vezes e ele não atendeu, um tempo depois mandou uma mensagem avisando que logo estaria vindo. Ficar no apartamento não traria a minha paz, Dylan havia percebido meu mau humor e consequentemente ficando mais perto de mim. Fiz de tudo parmau-humora evitar não demonstrar, fomos para uma casa de jogos para crianças e eles convenceram a Adelaide a ir em um dos brinquedos. A cena foi engraçada. Meu celular toca avisando que havia chegado mensagem.Nathan: Estou a caminho, chego em vinte minutos.Visualizo a mensagem, mas não respondo. Bebo o resto de refrigerante e aviso a babá que vou no banheiro, os passos são rápidos. O lugar estava cheio e enquanto caminhava em direção ao banheiro fiquei preocupada com o tamanho da fila, mas graças a Deus, não tinha. O que era para ser apenas uma ida no banheiro acabei parando para conversar com algumas mães que estavam tão dificuldade de levar os filhos embora, trocamos algumas
Nathan LeBlanc Não imaginei que Vivian ficaria tão brava comigo, realmente pensei que seria um processo rápido e que logo encontraria com eles na praia, mas infelizmente não foi. Entrei com o pedido para colocar o meu sobrenome na certidão da Maitê, consegui agilizar em um dia o que poderia acontecer em cinco ou quinze dias. Ter contatos no lugar certo e pessoas te devendo favores, facilita muito as coisas. Vivian não precisaria se preocupar quanto a isso, apenas teria o papel para que ela assine. Queria facilitar o máximo possível, já que ela havia concordado. Mas as coisas demoraram e cheguei em um momento desagradável. Pensei que não ocorreria, talvez no último dia? Quem sabe. Não conversamos muito sobre a Amanda, não sabia ao certo qual era o sentimento de Vivian com a irmã e agora tenho certeza de que não a quer por perto. Por mim, tudo bem, está na lista das pessoas que manteremos afastados. Thales estava com o carro no início da rua, havia chegado com a Amanda e Karl havia m
Vivian LimaO vento frio bate em meu rosto, não sendo o suficiente para afastar as lembranças. Meu peito dói, dói o quanto pude ter sido burra de não perceber que meu noivo e minha irmã eram amantes. Fui deixada no altar, parece que no último segundo meu ex teve coragem o suficiente para fugir com a cunhada. Chega a ser hilário a minha situação, em um momento minha vida está perfeita com pouco meses de vida e sendo a alegria de nossa família. No outro, seu pai decide viver uma vida longe de nós. Me abandonando no altar e esquecendo da existência de sua filha. Não os vejo desde então, faz quatro meses.Quatro meses, abandonada no altar.Quatro meses que minha filha não ver o pai.Quatro meses lutando para deixar o passado no passado.Mas a vida precisa continuar, não? Minha menina de seis meses precisa da mãe sendo forte. Engoli em seco e fecho meu casaco, saio da varanda do restaurante adentrando o hotel. Sou a gerente de um dos hotéis mais famosos do Rio de Janeiro, a responsabilidad
Nathan LeBlanc A chegada no Brasil não poderia ter sido mais calorosa, o calor do lugar me faz sentir saudades do frio de Nova York. Dylan é o que mais sente falta, meu filho esteve no Brasil uma vez. Era tão pequeno que não se lembra, tinha 2 anos e ainda pequeno não gostava do calor do país. Estamos de volta, a trabalho preciso participar de algumas conferências e ele está ciente do meu tempo corrido. Dessa vez, quis viajar comigo. Como agora mora permanente comigo, Dylan tem participado das viagens de negócio que faço. Não quis ficar com meus pais, ou com a mãe. Pensar na Bárbara faz minha cabeça doer, conseguindo me estressar mais do que o incidente na recepção.Vivian está como uma estátua, a mantenho junto a mim. Como não tenta se afastar, não a solto. A mulher será facilmente esmagada nesse elevador, é lentamente liberado espaço, mas chegando no meu andar que estou hospedado não havia soltado Vivian. A mulher da pele bronzeada em tom escuro é bonita e quando nos falamos na rec