Nathan LeBlanc
Gostaria de saber quando os meus problemas vão deixar de bater na minha porta, reconheço que fui eu que causei essa última. Vivian iria saber uma hora ou outra que sou eu o motivo da sua demissão, mas em minha defesa essa história é passado. Ela terá mais dor de casa quando estiver liderando o próprio hotel.
Desço para o andar que estou, espero que Vivian ainda esteja no quarto. A porta do elevador se abre, cumprimento um casal que me dá passagem para sair e logo é eles que ocupam meu lugar. Caminho pelo corredor, treinando minhas faces mais inocentes possíveis. Sim, estou disposto a apelar. Dylan parece muito comigo, posso fazer algo que lembre a ele e Vivian amoleça seu coração.
Vivian Lima Sigo de volta para o quarto, Bárbara estaria indo para o elevador, como há apenas um elevador em cada andar vou deixar que ela tenha esse tempo sozinha. Animada como estou, posso esperar um pouco até descer para tomar o meu café da manhã de frente para essa paisagem linda do mar. — Vivian? — Nathan me chama. — Vivian!Abra a porta do quarto e entro, Nathan se apressa para entrar no quarto. Provavelmente pensando que eu poderia fechar a porta e não o deixar entrar. Esse pensamento me fez sorrir, mas logo disfarço. Ainda não estou bem com ele. Me sento no sofá levando a mão a testa e fechando os olhos, será que sou uma boa atriz tanto quanto Bárbara?— Ei, tudo bem? — Sinto uma de suas mãos por cima da minha e a outra acariciando minha cabeça. — Vivian, fala comigo.Solto um suspiro doloroso, abrindo os meus olhos lentamente.— Acordei sentindo um mal-estar…— Não quis comer ontem, deve ser fraqueza.Ele se lembra do que aconteceu no corredor? Nathan está mesmo acreditando
Vivian LimaNão vi mais Barbará ao longo da viagem, uma pena. Só que não! Pelo que ouvir o Taylor dizendo, Bárbara foi embora em busca do seu médico e brinco dizendo que ela começaria a fazer plastina. Não sei se ele soube o que aconteceu no corredor de seu hotel, cheguei a encontrar a camareira daquele dia algumas vezes e em todas me cumprimentou sorrindo. Depois de ter passado toda aquela situação, parece que ela acha divertido agora. No passeio de lancha cheguei a encontrar com Gabriel, conversamos um pouco e até pensei que ele fosse junto comigo e Nathan em uma das lanchas, mas alguma coisa aconteceu e ele teve que ir em outra.As pessoas que foram conosco são divertidos, foi escolha minha compartilhar a lancha, Nathan deixou a minha escolha. Um de motivos de escolher a lancha compartilhada foi para não ficar sozinha com esse homem por muito tempo, continuo pensando em formas de atazanar ele. Já que a minha atuação de passar mal não durou muito.— Voltamos para casa amanhã. — Na
Nathan LeBlancDepois de todo o estresse com Thales e Bárbara teria mesmo que lidar com esse Gabriel Gomes? Vivian de repente se tornou a mulher mais comunicativa do mundo, pelo amor de Deus. Comigo me evita ao máximo e com um desconhecido é todo sorriso? Está de brincadeira comigo, eu me empenhando para afastar a família Curtis e ela de conversinha com aquele macho brasileiro. Acreditei que ele fosse sumir no mesmo dia para conseguir um novo celular, o filho da mãe trouxe o tablet.Consegui me livrar dele no passeio de lancha, não foi uma tarefa difícil. O jantar com Curtis foi chato, mas minha esposa não foi alvo do olhar do Sr. Curtis. Tenho feito o possível para que Vivian não tenha que passar por algum constrangimento e dor de cabeça com essas pessoas que acreditam que por ter dinheiro podem fazer qualquer coisa. No nosso passeio de lancha ontem ela chegou bem cansada, pude conhecer um pouco mais Vivian. A mulher da pele bronzeada e longo cabelo ondulado escuro, sorria e dançava
Vivian LimaO vento frio bate em meu rosto, não sendo o suficiente para afastar as lembranças. Meu peito dói, dói o quanto pude ter sido burra de não perceber que meu noivo e minha irmã eram amantes. Fui deixada no altar, parece que no último segundo meu ex teve coragem o suficiente para fugir com a cunhada. Chega a ser hilário a minha situação, em um momento minha vida está perfeita com pouco meses de vida e sendo a alegria de nossa família. No outro, seu pai decide viver uma vida longe de nós. Me abandonando no altar e esquecendo da existência de sua filha. Não os vejo desde então, faz quatro meses.Quatro meses, abandonada no altar.Quatro meses que minha filha não ver o pai.Quatro meses lutando para deixar o passado no passado.Mas a vida precisa continuar, não? Minha menina de seis meses precisa da mãe sendo forte. Engoli em seco e fecho meu casaco, saio da varanda do restaurante adentrando o hotel. Sou a gerente de um dos hotéis mais famosos do Rio de Janeiro, a responsabilidad
Nathan LeBlanc A chegada no Brasil não poderia ter sido mais calorosa, o calor do lugar me faz sentir saudades do frio de Nova York. Dylan é o que mais sente falta, meu filho esteve no Brasil uma vez. Era tão pequeno que não se lembra, tinha 2 anos e ainda pequeno não gostava do calor do país. Estamos de volta, a trabalho preciso participar de algumas conferências e ele está ciente do meu tempo corrido. Dessa vez, quis viajar comigo. Como agora mora permanente comigo, Dylan tem participado das viagens de negócio que faço. Não quis ficar com meus pais, ou com a mãe. Pensar na Bárbara faz minha cabeça doer, conseguindo me estressar mais do que o incidente na recepção.Vivian está como uma estátua, a mantenho junto a mim. Como não tenta se afastar, não a solto. A mulher será facilmente esmagada nesse elevador, é lentamente liberado espaço, mas chegando no meu andar que estou hospedado não havia soltado Vivian. A mulher da pele bronzeada em tom escuro é bonita e quando nos falamos na rec
Vivian LimaColoco as mãos na cintura e estreito meus olhos para o pequeno garoto que se aproximava. Dylan dá um sorriso tímido, sua babá o acompanhava e encolhe os ombros em um pedido de desculpas. Ontem não consegui arranjar ninguém que pudesse cuidar do Dylan, não deixaria o garoto trancado no quarto, precisava trabalhar e o que me restou foi levá-lo junto. Que Nathan não descubra que coloquei o filho dele para trabalhar junto, Dylan não é muito de falar, mas chegou uma hora que não podia mover um dedo e ele soltava uma pergunta. Ele queria saber o que eu fazia, então mostrei na prática.E esse menino é espetacular, não é uma criança mimada e com frescura. Fomos a cada canto do hotel, precisava acompanhar alguns trabalhos pessoalmente e ele até me lembrou na hora certa do buffet que foi contratado e eu precisava supervisionar.— Oi, gatinho.— Oi, Tia Vivian. — Me abraça e beijo sua cabeça.— Você me prometeu que hoje iria fazer coisas de criança. Tem uma piscina maravilhosa te esp
Vivian LimaVou para a recepção e olho o cronograma das palestras que estariam acontecendo no hotel. Procuro pelo nome de Nathan e olho o meu relógio vendo que daqui a 5 minutos, ele estaria terminando sua última palestra do dia. Me apresso para conseguir alcançá-lo, tenho acesso livre para chegar perto do palco. Corto o caminho torcendo para que Nathan seja um daqueles palestrantes que pega logo o corredor da saída não querendo contato direto com os outros. Mas ainda assim, caso optasse por ir falar com os seus ouvintes, daria para ele me ver e assim poderia acenar pedindo um pouco da sua atenção.No corredor, o vejo descer do palco. Começo a acenar disfarçadamente, um homem entra na frente de Nathan e fala algo com ele. Continuo na minha tentativa de chamar sua atenção, Nathan ergue o olhar por cima do ombro do homem e me ver. Nathan pede licença e vem na minha direção sendo seguido por dois homens, homens bem grandes. Acredito que seja os seus seguranças.— Senhorita Lima. — Me cu
Nathan LeBlanc O sorriso não deixa meus lábios, lembrando do acontecido com Vivian. O jeito dela entrega tão fácil o que pensa, não consegui evitar olhar para seus seios por cima da roupa que usava vendo a mancha de leite se formar. Não querendo que Vivian pensasse o pior de mim, mesmo suas reações deixando claro, resolvi ser direto. Só não esperava a nossa troca de conversa depois desse desconforto, Vivian me arrancou uma risada sincera pelo modo que falava. Viver com ela deve ser uma montanha-russa pelas suas emoções, mas a mulher é sincera e fala o que pensa.— Papai? Dylan e eu estamos no restaurante do hotel. Não quero que meu filho volte para a caverna que criou depois do avanço que teve ao conhecer Vivian. Ele toma seu sorvete de várias bolas de diferentes sabores. — Oi? — Bebo um pouco do suco natural de maracujá, querendo acalmar os músculos e agitação do meu corpo e ao redor. — Você não tem que trabalhar?— Tenho meia hora até o próximo compromisso.— Ah, sim. — Come mai