MelinaFui até uma loja que fica próxima ao hotel e comprei cinco vestidos, cinco pares de peças íntimas, uma sandália e um chinelo. Depois fui até um restaurante de comida caseira e comprei uma quentinha, estou exausta demais para comer na rua.Compro uma bebida e por último compro o meu carregador. Chegando no quarto tomo um banho e me sento na cama para comer enquanto meu celular carrega, termino a minha refeição e o sono me vence. Estou alimentada, tomei um banho e agora só me resta descansar meu corpo.Eu durmo, tenho um terrível pesadelo em que aqueles lobos conseguem me esquartejar com seus focinhos ferozes. Acordo desesperada com uma cólica insuportável, até que me desespero ao sentir algo úmido entre minhas pernas. Ilumino com meu celular e vejo sangue.— Meus filhos, por favor, não.Começo a chorar à medida que a cólica aumenta, me vejo desesperada e sozinha. Não posso perder meus filhos, eu não posso. Me levanto da cama com essa cólica que me faz inclinar meu corpo para fre
EronAcabo cochilando no meio da madrugada e acordo com uma angústia enorme. Coloco a mão no meu peito e tento respirar com calma, mas não consigo. Minha mente vai até minha Luna que está por aí sem mim então começo a ligar pra ela.Mas não me atende, envio algumas mensagens. Ela pode ter colocado o celular no silencioso e não está vendo minha ligação por estar dormindo… Por que será que não consigo me convencer disso?Me atende, Melina… Me atende, amor. Tento falar com ela até que o dia amanhece e tenho que ir para a sede da matilha. Chegando lá não consigo trabalhar, meus olhos vão para a tela do meu celular a cada cinco segundos.Acendo a tela algumas vezes e abro na conversa com minha Luna, mas ela ainda não viu minhas mensagens. Está me
EronVolto para a cabana e assim que retorno a minha forma humana entro correndo e no chão da sala está meu telefone caído no chão com a imagem dela dormindo. Me sento, ainda nu, no chão.Cruzo minhas pernas junto ao meu corpo e seguro meu celular esperando ela acordar. Seu sono parece tão calmo e tranquilo, sinto vontade de tocar seu rosto, mas ela está longe demais para isso.Meus dedos tocam a tela, o que não é a mesma coisa, perdi a noção do tempo assistindo ela dormir tão serena e em paz longe de todo o caos que se tornou a nossa vida juntos por causa de invejosos que querem nos ver separados.— Eron? — não tinha notado que ela despertou até ouvir sua voz, eu estava tentando olhar para a direção em que fica sua barriga — Você está bem? Está tudo be
EronEu me levanto e soco a minha mesa com força abrindo uma enorme rachadura, Argus quer sair. Zeus contorna a mesa e me segura firme ao me abraçar e dizer:— Calma, alfa, sua Luna e sua alcateia dependem de você. Precisa ser frio e calculista agora, sem sentimentos ou emoções humanas.Respiro com dificuldade, lembro dos meus filhos na barriga da minha Luna até que me sento e volto ao normal. Olho para Zeus agradecido pela ajuda.— Obrigado, eu ainda não consigo lidar bem com tudo isso.— Não agradeça, eu não tive alguém para me aconselhar quando matei minha cunhada por ela matar a minha esposa. Gostaria de ter alguém ao meu lado naquela época.— E seu Beta?— Minha esposa, coincidentemente, era a minha Beta
MelinaDepois de Eron me contar que o acasalamento seria na noite de lua cheia comecei a planejar minha volta para a alcateia. Mas queria surpreendê-lo, então pedi a ajuda de uma pessoa que ficaria feliz de me ajudar nesse momento tão importante na vida do nosso alfa.Ligo para Lucas e combinamos o horário em que ele virá me buscar. Fico ansiosa por esse momento, meu alfa está tão angustiado que nos falamos pouco durante o dia. Passei meu dia desejando a noite e quando ela chegou sorri ao ver Lucas a minha espera encostado em seu carro.— Pronta para acasalar com nosso alfa, Melina? — ele pergunta.— Como assim? Pensei que apenas chegaríamos lá antes que tudo aconteça.— Sua mãe mandou que eu lhe entregasse isso. — ele me entrega uma caixa grande retangular.
Sinopse:Perseu, herdeiro do Alfa da alcateia Carvalho Negro, sempre sonhou em encontrar um amor tão profundo quanto o de seus pais. Aos quinze anos, ele e sua irmã gêmea, Alya, testemunharam a crueldade humana ao salvar uma garotinha de um sequestrador na floresta, um ato que marcou a primeira vez que Perseu tirou uma vida para proteger outra.Quinze anos depois, enquanto treina para assumir o posto de Alfa, Perseu reencontra a garotinha, agora uma mulher, e descobre que ela é sua Luna, a parceira destinada pela Deusa da Lua. Dividido entre suas responsabilidades como futuro líder e o amor inesperado por uma humana, Perseu enfrenta batalhas internas e externas. Será ele capaz de seguir seu coração e aceitar o destino que lhe foi imposto, vivendo um amor proibido e desafiando as tradições de sua alcateia?Entre dever e paixão, ele deve escolher:
AlyaTenho uma família perfeita. Amo meus pais incondicionalmente, amo minha irmã caçula, mas tenho que confessar: minha razão de viver é meu gêmeo, Perseu. Desde o nosso nascimento, nossa mãe conta que não dormíamos separados.Ela conta que até tentava colocar cada um num berço, mas chorávamos demais e só ficávamos calados coladinhos um no outro. Acho que mesmo em bolsas gestacionais separadas nosso vínculo já era forte demais.Temos uma conexão tão intensa que nossos lobos se transformaram no mesmo dia quando tínhamos seis anos de idade. Gostamos muito de correr pela floresta, mas hoje algo terrível aconteceu: Perseu matou um humano pela primeira vez.Sei que foi para salvar uma linda garotinha de cabelos negros e lisos com uma linda franjinha. Sua pele de bonequinha de porcelana e seus lábios vermelhos me fizeram lembrar a Branca de neve, uma história infantil que nossa mãe contava para nós.Meu irmão mordeu e arrancou um pedaço do pes
Lua Eu tenho uma ótima memória, na verdade, tenho memória fotográfica. Quando eu tinha cinco anos meus pais decidiram acampar com toda a família. Mas a ideia de acampar da minha mãe sempre foi diferente da do meu pai. Ele queria barracas e sacos de dormir já ela levava o trailer para ter o conforto de uma cama, televisão, geladeira e um fogão simples além de um pequeno banheiro. Era só mais uma semana no meio do mato com fogueiras, marshmallow torrados e histórias de terror até que meu dia virou uma das histórias de terror que meus familiares contavam. Eu estava brincando com a minha bola de futebol favorita, meu pai me deu uma bola rosa, amava aquela bola e acabei chutando-a para longe. A bola desceu uma pequena ribanceira. Eu era uma criança aventureira e não tive medo de me afastar dos meus pais para ir pegar minha bola, afinal não estava muito longe deles. Assi