John olhou para as notícias do Vale vermelho, Henry estava liderando uma ofensiva contra o Arkan Eiras, que assumiu e o assassinato de Queniart.O Comandante suspirou, se sentindo esgotado de tudo aquilo, ele empurrou os papéis para longe. Estava cansado da ambição dos lobos em conseguir cada vez mais terras, porém sabia lendo todos os escritos sobre os clãs que aquilo não era apenas para dominar o Vale vermelho, Arkan que governava as terras vizinhas, Guernak, possuía um histórico de batalhas contra o Clã Taylor.Era uma loucura matar um Alfa sem estarem nem mesmo em guerra, ele não pensava que o comandante poderia puni-lo?John poderia viajar e dar sua ordem de supremo a ele, mas se sua lealdade não estivesse com John além dele ficar mais forte, ficaria totalmente livre da ligação do Supremo.Uma ligação de séculos atrás.John puxou o papel com a letra de Henry, como ele imaginou, Henry pedia para que ele não se envolvesse, John compreendia aquilo.O macho queria vingar seu sangue.O
John se sentiu momentaneamente tonto, sua visão ficou turva e ele teve que se segurar na mesa para não cair.Thomas se aproximou e tocou sua mão suavemente.— Ela vai ficar bem. A serva foi dispensada deixando-o em uma angústia que o consumia.Helena não conseguia entender o que Evy e as outras mulheres diziam, seu cérebro apenas processava a dor intensa em seu ventre.No início era uma dor fraca, que quase não a preocupou, alguns minutos depois sua bolsa estourou e as mulheres lhe disseram ser chegada a hora. Ela gritou se contorcendo na cama, a dor cada vez mais intensa a fazia acreditar que não era capaz de continuar, os intervalos cada vez menores, seu coração batia forte, ela não conseguia respirar.Cada parte do seu corpo parecia arder, tudo que ela conseguia pensar era na dor que se iniciava em sua lombar e corria até seu ventre, era como se tivesse a esfaqueando, nunca em toda a sua vida sentiu dor igual. Todo o seu rosto estava consumido pela dor, ela abria e fechava os olh
John caminhava de um lado para o outro em sua sala, suas mãos suavam e seu coração batia forte. Suas passadas eram longas e pesadas, ele pensava em Helena e seu filho, enquanto seu coração era pressionado com a preocupação e medo de algo acontecer.Thomas estava parado o observando com solidariedade, aquele momento na vida de um macho era sempre angustiante, ele se aproximou do comandante tentando acalma-lo.— John vai ficar tudo bem.O comandante o olhou e havia algo insano em seus olhos, como se estivesse novamente perdido mentalmente, Thomas percebeu como era poderosa conexão de John e Helena, sendo capaz de atravessar o tempo e resistir até mesmo a morte, o macho estava com seu coração tão acelerado que Thomas não acreditou ser possível, em todos os anos que o conhecia e todas as situações caóticas que passaram jamais, porém ele presenciou os batimentos de John se elevarem, tendo sempre encarado todas as situações com coragem e firmeza. Thomas já chegou a se perguntar há muito te
Thomas engoliu em seco e após um silêncio agourento, perguntou temendo com todas as suas forças a resposta.— O que você fez? John ouviu a pergunta de seu amigo, porém outro grito de Helena cortou o ar sendo como uma flecha disparada direto para seu coração.Ele viu suas mãos tremerem, seu coração bater descompassado, todo o seu corpo sentia o efeito daquele grito tão doloroso para ele, o cheiro de sangue inundou suas narinas, já havia sentindo o cheiro quando chegou perto da escada, contudo agora estava mais forte.Aquilo o fez descer os primeiros degraus, até sentir as mãos de Sallow em seus ombros, ele apertou e tentou vira-lo.— Isso não é para machos, John, você não está pensando direito, devido aos gritos.John sacudiu os ombros e exclamou irritado.— Isso não é para machos? Meu caro amigo, talvez você não esteja pensando direito, eu a coloquei nessa situação dolorosa, nada mais justo que eu segure sua mão.O Comandante continuou a descer as escadas até chegarem ao andar onde e
Evy caminhou até a princesa, ela estava perdendo a consciência novamente, Evy tentou desperta-la no instante em que outra contração a atingiu.A princesa gritou e todo o seu rosto era uma máscara de dor.A sacerdotisa se voltou para a parteira que mantinha um olhar de pesar, ela caminhou a passos largos até a fêmea e a puxou para um canto e perguntou:— O que podemos fazer para ajuda-la?A fêmea a encarou por alguns instantes e depois voltou seu olhar para a princesa que sofria.— Posso tentar virar o bebê, mas isso será doloroso e perigoso.— Tente! Por favor! — exclamou Helena olhando para às duas.Seus olhos cinza estavam arregalados enquanto seu rosto estava pálido e suado, Evy a ouviu repeti seu pedido até que assentiu para a parteira que fizesse seu trabalho, a sacerdotisa se voltou para o lado de Helena que chorava.A princesa segurou sua mão com força enquanto a parteira, Silycia se aproximou dela, ficando de joelhos na cama ela colocou suas mãos no topo da barriga de Helena, q
Helena sentiu o corpo pequeno e macio em seus braços, o calor do corpo do bebê. Silycia pegou panos úmidos e limpou o recém-nascido da melhor forma que pôde, e devolveu para os braços de Helena.Ela contemplou o rosto com bochechas redondas e coradas, o nariz pequeno e a boca que sugava seu dedo. Os olhos eram os mesmos de John, ela ficou encantada e não conseguiu conter as lágrimas, depois de tudo que havia chorado não sabia como ainda as tinha.Ela amamentou por alguns minutos o recém-nascido.Após alguns minutos depois que terminou de alimentar o bebê a porta se abriu e ela presenciou o comandante parado na porta, John estava paralisado olhando para o bebê em seus braços, Helena sorriu para seu comandante.Quando seus olhares se encontraram foi como se o mundo tivesse parado, como se todas as pessoas nele tivessem congelado e só houvesse ela, John e o bebê deles. Todo o seu mundo se resumia aquilo, naquele instante quando o comandante se aproximou e ela estendeu a mão para ele, Hel
Evy caminhou até o leito de Dimitri e olhou para o rosto dele, embora seus olhos azuis estivessem abertos ele, contudo não estava ali, sua alma era uma prisioneira no mundo dos mortos, e somente o deus das almas poderia reaver aquilo, ou Helena.Já haviam se passado dois meses desde o nascimento e Evy estava evitando a princesa.Enquanto Evy penteava os cabelos translúcidos de Dimitri a porta do quarto foi aberta, Evy imaginou que fosse o curandeiro para lavar Dimitri e alimentar ela não se virou.— Evy?A sacerdotisa se virou no instante que ouviu a voz da princesa, ela vestia um vestido branco e seu cabelo longo e escuro estava trançado, uma trança longa e escura descia por suas costas, ela olhou nos olhos de Evy e lentamente seu olhar recaiu sobre a mão da sacerdotisa que segurava a escova que penteava os cabelos de Dimitri.— Está cuidando dele todo esse tempo?Havia toda uma surpresa no olhar de Helena, considerando como a sacerdotisa e Dimitri haviam se tratado na biblioteca.—
Helena não podia acreditar, diante dela estava Isaac Carter, o curandeiro que Lance havia matado na noite em que tudo aconteceu, ela ficou paralisada olhando-lhe até que suas pernas falharam e Evy a segurou, olhar para o curandeiro lhe trazia trágicas memórias daquela época tão sombria.Evy a levou para um pequeno sofá e o curandeiro imediatamente se aproximou, tentando examina-la até que Evy e percebeu o que estava acontecendo.— Helena esse é Charleston Carter, irmão gêmeo de Isaac Carter.Helena engoliu em seco, seu rosto provavelmente estava pálido e seu coração batia forte, durante alguns minutos ambos cuidaram dela lhe oferecendo um chá calmante e Charleston contou sua história.Recém-chegado na ilha do Corvo, estava vivendo em Shivia fazendo suas pesquisas até acordar uma noite sentindo como se seu coração fosse explodir, seu irmão estava morto.Ele retornou para a ilha e decidiu pedir uma chance como curandeiro no castelo Chase, seu irmão amava aquele lugar e ele gostaria de vi