Em Trier, após o almoço, Vivienne e Dominic caminham lado a lado pelas proximidades da Porta Nigra, as mãos entrelaçadas em um gesto que parecia tão natural quanto respirar. O imponente portão romano se ergue à frente, como um guardião silencioso de segredos enterrados ao longo dos séculos. O sol da tarde tinge as pedras antigas com um tom dourado, projetando sombras que parecem dançar com histórias esquecidas. Vivienne desliza a ponta dos dedos pela superfície rugosa das pedras, como se tentasse se conectar à história que elas carregam.— Imagina quantas vidas passaram por aqui? — Vivienne comenta, a voz suave, mas carregada de admiração, enquanto seus olhos percorrem a estrutura que parecia tão imponente quanto eterna. — E quantas histórias ficaram enterradas? Algumas, provavelmente, para nunca mais serem encontradas.Dominic desvia o olhar das ruínas e fixa em Vivienne, capturado pelo brilho enigmático que percebe em seus olhos. Há algo nela que o cativa profundamente, uma complexid
A vendedora os conduz até os provadores, com passos firmes e discretos, mantendo o sorriso profissional que parecia parte de sua rotina. Ela organiza cuidadosamente as peças escolhidas por Vivienne, pendurando-as no interior do provador com a precisão de quem conhece bem o trabalho. Dominic, com a habitual calma que exalava controle, acomoda-se em uma das poltronas próximas, cruzando as pernas enquanto observa o ambiente com um interesse silencioso.— Senhora Wade, fique à vontade. — A vendedora orienta, o tom respeitoso acompanhado de um gesto que indica o provador. — Se precisar de algo, estarei por aqui. — Acrescenta, a voz suave, antes de fechar a porta com delicadeza. — O senhor deseja algo? — Pergunta, colocando as mãos discretamente para trás, a postura impecável e o tom profissional.— Sim. — Dominic responde, erguendo o olhar para fixá-lo nela, a expressão tranquila, mas carregada de autoridade. — Um champanhe, o melhor disponível, já que parece que vou investir uma pequena f
Dominic se levanta lentamente, seus lábios deslizando pelo corpo dela, saboreando cada centímetro de pele, até alcançar os lábios dela novamente. Ele a beija com um desejo que parece impossível de saciar, um beijo profundo e possessivo que deixa ambos ofegantes. Com um suspiro pesado, ele se afasta, encostando a testa na dela, os dois ainda compartilhando o mesmo ritmo acelerado de suas respirações.— Você é absolutamente irresistível. — Dominic murmura, os lábios roçando nos dela, a voz baixa e rouca, carregada de excitação contida. — Estou ficando perigosamente viciado em você. — Acrescenta, cada palavra pronunciada como uma confissão que fazia o corpo de Vivienne reagir, estremecendo sob o peso do desejo dele.— Parece que estou viciada também. — Vivienne confessa, a voz ofegante e carregada de libido, enquanto suas mãos deslizam lentamente pelo paletó dele, traçando cada linha de seu corpo até alcançarem a calça. Com movimentos precisos, ela abre o botão, mas o som de passos do la
Ao saírem da loja, Vivienne e Dominic fazem uma rápida parada em uma loja masculina, desta vez para compras destinadas a ele. A atividade, previsivelmente, leva bem menos tempo do que ela gastou escolhendo suas próprias roupas. Assim que finalizam, eles seguem de volta ao cartório para retirar a certidão de casamento.Com o documento nas mãos, Vivienne desliza os dedos pelas letras impressas, seus olhos fixos no papel, enquanto a incredulidade toma conta dela. Eles haviam realmente feito aquilo. A realidade do casamento, que antes parecia um impulso distante, agora pesava em suas mãos. As dúvidas começam a se infiltrar, silenciosas, mas persistentes. Qual era a probabilidade de algo tão repentino e impulsivo realmente dar certo?— Depende de nós, apenas de nós. — Vivienne sussurra, a voz baixa, mas cheia de significado, enquanto guarda a certidão na pasta cuidadosamente. — O que você disse? — Pergunta Dominic, inclinando levemente a cabeça, o olhar curioso e intenso fixo nela, como s
Dominic sorri, mas o sorriso é vazio, quase doloroso, carregado pelo peso de memórias que precederam mudanças irreversíveis em sua família. É um sorriso que reflete saudade, melancolia e a perda de algo que nunca poderá ser recuperado.— Este restaurante era da minha família. — Dominic começa, sua voz baixa, quase um sussurro, enquanto segura a mão de Vivienne e a leva aos lábios, como se aquele toque lhe desse força para continuar. — Escrevemos isso, essas palavras, quando tínhamos dez anos. Foi na última vez que estivemos aqui juntos, como uma família de verdade. — Explica, sua expressão revelando a mistura de dor e saudade que acompanha a lembrança.Vivienne o observa atentamente, e sua expressão se transforma, absorvendo o peso das palavras dele, como se pudesse sentir a dor ainda pulsante que ele carregava.— Alguns meses depois, nossos pais morreram em um acidente aéreo. — Acrescenta, a simplicidade das palavras carrega um peso que não precisava de explicação. Ele sente o aperto
Vivienne sorri suavemente ao ouvir as palavras de Dominic, sentindo o calor reconfortante de sua presença. O cansaço da longa viagem ainda pesa em seu corpo, mas o jeito como ele a segura, com tanta segurança e cuidado, como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo, faz com que tudo pareça mais leve. Sem resistir, ela recosta a cabeça em seu ombro, permitindo-se relaxar, enquanto ele a carrega pela casa envolta em sombras suaves, iluminada apenas pelos delicados raios de luz que atravessam as janelas.Dominic sobe as escadas com passos firmes, o som suave dos sapatos ecoando no silêncio, e percorre o longo corredor até parar diante de uma porta ampla e trabalhada em detalhes elegantes. Ele a abre com cuidado, revelando uma suíte refinada e acolhedora, com uma atmosfera que parecia convidar para momentos únicos.Com toda a delicadeza, ele a coloca no chão, mas suas mãos permanecem em torno dela, envolvendo-a em um abraço firme e protetor. Por um instante, seus olhos se encontram e n
A luz suave da manhã atravessa as cortinas entreabertas, tingindo o quarto com um brilho acolhedor e delicado. Vivienne desperta lentamente, ainda imersa no conforto das cobertas macias que a envolvem. Com um leve movimento, ela estende a mão para o lado da cama, mas encontra apenas o vazio. Sentando-se com cuidado, ainda tentando afastar o sono que insiste em permanecer, algo na mesinha de cabeceira chama sua atenção. Uma única rosa-vermelha repousa delicadamente sobre o móvel, o contraste de sua cor vibrante destacando-se contra o ambiente suave. Ela se estica, pegando a rosa com delicadeza, levando-a ao nariz para absorver a fragrância doce e envolvente. Vivienne pega o pequeno cartão que a acompanha. Seu coração b**e mais forte enquanto ela o abre, os olhos fixando-se na caligrafia impecável de Dominic. “Senhora Wade, bom dia. Não existem palavras suficientes para expressar o quanto sou grato por acordar ao lado da mulher que escolhi para compartilhar minha vida. Espero que cada
Dominic se inclina sobre ela, tomando seus lábios com uma intensidade que deixa claro o quanto ele a deseja. Suas mãos deslizam pelo corpo dela com um toque confiante e deliberado, encontrando o nó do roupão e desfazendo-o com facilidade, deixando o tecido deslizar para os lados, expondo sua pele.Ele recua ligeiramente, seus olhos fixos nos dela por um instante, antes de descerem devagar, explorando cada detalhe do corpo dela com uma atenção quase possessiva. O calor no olhar dele faz Vivienne se sentir, ao mesmo tempo, vulnerável e adorada, uma dualidade que acelera seu coração.— Você é minha. — Dominic afirma, sua voz rouca, mas firme, carregada de uma certeza inabalável. Suas mãos deslizam pelas curvas dela com propriedade, subindo pela linha do pescoço até segurarem o rosto dela com um toque que é, ao mesmo tempo, controlado e cuidadoso. Ele inclina o rosto apenas o suficiente para que seus olhos prendam os dela, sua intensidade quase sufocante. — E perfeita, de uma maneira que