Dominic desliza o corpo de Vivienne contra o seu, movendo-a com uma lentidão deliberada, como se quisesse prolongar cada segundo do contato. O calor dela, misturado à energia que ainda pairava no ar, parecia incendiá-lo. Quando os pés dela tocam finalmente o chão, ele não solta. Em vez disso, sua mão sobe até o rosto dela, segurando-o com firmeza, antes de capturar seus lábios novamente em um beijo profundo, carregado de posse e desejo.Enquanto isso, as notas continuam caindo no palco, arrancando gritos e risadas do público feminino, que não escondia o fascínio pelo show. Para elas, era um espetáculo, para Dominic, um momento inteiramente dedicado à Vivienne. Mas, mesmo sabendo disso, os olhares desejosos das mulheres deixavam claro, todas queriam estar no lugar da ruiva.— Parece que consegui o dinheiro para pagar a conta do pub. — Dominic murmura, contra os lábios de Vivienne, um sorriso irônico surgindo, enquanto ele lança um olhar casual para as notas espalhadas aos seus pés.— Ta
Vivienne sente seu coração disparar, como se quisesse escapar de seu peito. Sua respiração torna-se irregular, enquanto seus olhos percorrem rapidamente a sala, decorada com flores frescas que exalavam perfume suave e preenchiam o ambiente com um ar de pureza e romance. Em frente à mesa, está Dominic, esperando por ela, parado sobre um tapete vermelho que a conduziria até ele.Por mais que fosse um casamento civil, Vivienne não consegue conter o sorriso ao perceber o cuidado nos detalhes, como se tivessem sido feitos sob medida para tornar aquele momento inesquecível. O olhar intenso de Dominic encontra o dela, fixo, admirador, carregado de algo que parecia fazer seu corpo inteiro arder. Ela sente o rubor subir ao observar sua reação ao vestido, justo, estilo sereia, abraçando sua silhueta elegantemente. Seus cabelos, soltos e mais cacheados do que o habitual, eram adornados por uma delicada coroa que sustentava um véu simples, caindo até o meio de suas costas. O buquê de rosas-brancas
Nicolas e Leon se aproximam da mesa para assinar o registro como testemunhas, enquanto Dominic e Vivienne permanecem imersos na intensidade do momento, como se nada além deles dois realmente importasse. Dominic desliza a mão no bolso interno de seu paletó e retira uma delicada caixa de veludo azul. Com um gesto pausado e carregado de significado, ele a abre, revelando um par de alianças que são verdadeiras obras de arte.A aliança dele é imponente em sua simplicidade, feita de platina pura com um acabamento escovado, conferindo uma elegância discreta, mas inegavelmente sofisticada. Cada detalhe reflete a força e a solidez do homem que a usa.Já a aliança de Vivienne é um espetáculo à parte. Feita da mesma platina polida, seu design refinado traz uma fileira contínua de diamantes brilhantes, lapidados com precisão, que captam e refletem a luz de maneira quase mágica. Cada pedra é uma declaração de delicadeza e poder, enquanto o metal reluz com um brilho quase etéreo.No interior de amb
Dominic se vira para os amigos, o rosto iluminado por um sorriso genuíno, carregado de satisfação e gratidão. Era claro, sem precisar de palavras, o quanto ele valorizava o papel deles em tornar aquele momento possível.— Dom, vocês precisam apresentar os documentos para emissão da certidão de casamento. — Leon comenta, casualmente, mas recebe um olhar de repreensão do oficial de registro. O processo correto exigia a revisão dos documentos antes da cerimônia, mas, como um favor à família de Leon, ele havia concordado com a exceção. — Em algumas horas, a certidão será emitida, incluindo a tradução multilíngue. — Declara, com um sorriso triunfante, claramente orgulhoso de sua influência no processo.— Obrigado, Leon. Sem a sua ajuda, isso nunca teria acontecido. — Dominic agradece, sua voz firme, mas carregada de gratidão. Ele lança um olhar significativo ao amigo, reconhecendo o esforço e a lealdade que tornaram aquele momento possível. — Vocês são o tipo de loucura que tenho sorte de
Dominic encosta os lábios nos dela em um beijo breve antes de abrir a porta do carro. Contorna o veículo com passos tranquilos, posiciona-se ao volante e digita o endereço do restaurante no GPS. Enquanto dirige, seus olhos, sempre atentos à estrada, captam cada movimento sutil de Vivienne. O tamborilar dos dedos dela contra a bolsa, o modo como desvia o olhar pela janela, a leve tensão nos ombros, tudo o faz concluir que algo a incomoda. O silêncio entre eles não é apenas ausência de palavras, é carregado de algo que ela reluta em dividir, mas que ele já começa a interpretar.— Você chegou a questionar sua identidade? — Dominic pergunta, rompendo o silêncio ao parar no semáforo, o tom sereno, mas a escolha das palavras cuidadosamente calculada, como se quisesse extrair a verdade sem rodeios.Vivienne ergue os olhos, surpreendida pela franqueza quase desarmante da pergunta. Por um instante, a hesitação toma conta, como se avaliasse a profundidade da resposta que estaria disposta a ofer
Dominic remove o cinto de segurança, mas antes que consiga abrir a porta do carro, Vivienne segura seu braço, parando-o no mesmo instante. O olhar dela é uma mistura de confusão e exasperação, prendendo o dele como se exigisse explicações imediatas.— Como pode falar algo assim com tanta calma? — Vivienne pergunta, sua voz tensa e baixa, mas com um fio de incredulidade que revela as mil preocupações girando em sua mente. — Não, Dominic. Sem chances. Eu não quero fazer nada que possa me colocar em problemas.Ele a observa em silêncio, os olhos fixos nos dela, intensos, mas sem qualquer traço de dureza. É um olhar calculado, quase tranquilo, como se estivesse antecipando exatamente aquela reação, já preparado para responder com precisão.— E viverá essa vida olhando por cima do ombro até quando? — Dominic retruca, sua voz firme, mas sem perder a suavidade. Há algo quase desafiador no tom, um lembrete de que a cautela dela, embora compreensível, não precisa ser um obstáculo permanente. —
Vivienne fecha os olhos, absorvendo o momento. O calor do toque dele parece se espalhar, alcançando algo dentro dela que há muito havia esquecido. Pode aquilo ser amor? A pergunta ecoa em sua mente, mas nenhuma resposta vem. Quando abre os olhos, os olhos dele estão fixos nos seus, como se esperasse uma reação, uma confirmação, mas sem pressão, apenas paciência e uma compreensão silenciosa.Ainda tenta processar tudo o que viveram em tão pouco tempo. A gravidez inesperada havia virado suas vidas de cabeça para baixo, trazendo mudanças que ela nunca imaginou enfrentar. Agora, um casamento que não parecia planejado, mas inevitável, como se fosse o único desfecho possível para eles. E o futuro? O que os aguarda? A pergunta ecoa em sua mente, cheia de incertezas, mas também de uma inesperada sensação de possibilidades.— Não pense demais, pequena. — Dominic orienta, soltando a mão dela, mas sem quebrar a conexão entre os dois. — Apenas deixe as coisas acontecerem.— Você sempre parece ler
Maximilian se aproxima novamente, suas mãos pousando no joelho de Florence, deslizando lentamente para cima, enquanto seu olhar a analisa com atenção. Ele procura algo nos olhos dela, aquela familiaridade inquietante que o faz pensar em Vivienne. Seus dedos percorrem a pele com calma, em um gesto ousado, até alcançar as coxas dela. Por um instante, ele hesita, como se estivesse avaliando o momento, e então sobe mais, os dedos se aproximando perigosamente da virilha.Antes que pudesse ir além, um tapa ecoa pelo gabinete, tão forte que vira seu rosto para o lado. Maximilian fecha os olhos por um momento, a ardência em sua pele não o incomodando tanto quanto o tom afiado que vem em seguida.— O que pensa que está fazendo? — Florence pergunta, a voz baixa, mas cortante, enquanto empurra-o com força suficiente para fazê-lo recuar. Ela desce da mesa com uma elegância estudada, ajustando a saia, enquanto caminha até sua bolsa. Com movimentos deliberados, retira de dentro um terço e o segura