Ela reuniu toda a sua coragem para encará-lo de frente.— Eu soube que você é o encarregado, eu vou precisar que me ajude. Não sei se meu tio Andreas já comentou algo, estou desenvolvendo um aplicativo de controle de produção, e quero fazer personalizado aqui para o castelo. Me informaram que você é a pessoa mais indicada para me ajudar, por conhecer tudo por aqui.Ela conseguiu dizer o texto decorado sem gaguejar.Ele balançou a cabeça afirmativamente antes de responder.— Você emagreceu!Ela balançou a cabeça e trocou o peso de uma perna para a outra, demonstrando impaciência.— Ronan, eu preciso terminar esse projeto, se não eu juro que iria embora! Aliás, se fosse só pelo projeto eu iria embora, mas é complicado! Então, podemos só fazer isso, sem agir como se fôssemos velhos conhecidos, nem nada.— Mas nós nos conhecemos! Você quer que eu finja que nunca te vi?— Não, eu só quero que façamos o trabalho, conversaremos sobre o trabalho, e de preferência o mínimo possível.Ele ficou
Regina olhava tudo ao redor emocionada, aquele lugar carregava sim, muitas lembranças. Duas meninas que corriam livres pelos campos, sendo quem eram, sem precisar temer ou fingir nada. Depois duas adolescentes, que conversavam sobre sonhos e desejos, enquanto tomavam sol ou se banhavam naquelas águas. Aqueles foram momentos verdadeiramente felizes, de uma época em que apesar de tudo, ela era feliz. Só então se deu conta, que todos os seus problemas e adversidades que enfrentou pareciam tão distantes e pequenos. Quando ela conheceu ele, tudo ficou tão sem importância, ela havia sido tão feliz, estar com ele a fizera feliz, se descobrir uma nova pessoa, mais forte a deixou plena. Apesar de toda a mentira, ela havia sim evoluído, pena que foi para depois descobrir realmente o que era a tristeza, o vazio e a decepção. E agora, em um momento em que ela acreditava ser de respiro, ali estava ele novamente, não entendia porque a vida estava fazendo aquilo com ela.— Só não é mais agradável,
Na manhã seguinte, quando Regina desceu para a cozinha, Ronan já estava sentado à mesa, tomando um café na companhia de Morgana.— Você já está por aqui, por que não me chamou Momo?Disse Regina se aproximando deles.— O Ronan aproveitou para tomar um café, assim você conseguiu descansar um pouco mais.— Bom, se você já terminou, podemos ir ver a plantação Ronan.— De jeito nenhum, a Morgana estava agora mesmo me explicando sobre como você precisa cuidar da alimentação. Então senta e toma o seu café, o cafezal não vai sair do lugar.Ela olhou para Morgana que estava sentada de braços cruzados, evidentemente apoiando o discurso de Ronan. Ela suspirou e se deu por vencida, se sentando à frente dele e se servindo de café. Começou a comer em silêncio, o mais rápido possível sem se engasgar, era estranho ser observada pelos dois daquela forma.— Eu sei que você costuma ter um bom apetite Rê, mas pode mastigar antes de engolir, você vai fazer melhor a digestão dessa forma. Ronan comentou,
Ronan a carregou até o castelo em uma velocidade impressionante para alguém que carregava o peso dela nos braços.— Regina, vou te levar até o quarto. Com cuidado, não se preocupe.Ele disse, subindo rapidamente as escadas com ela no colo.— Cuidado, está doendo pra caramba!— Ronan, o que aconteceu? Por que a Regina está sendo carregada?Morgana os seguia, assustada com o fato dela estar sendo carregada.— Calma, Morgana. A Regina torceu o tornozelo, mas não parece ser grave. Vamos levá-la para o quarto e cuidar dela.— Ai, que susto! Regina, você está bem mesmo?— Estou dolorida, mas vou ficar bem. Obrigada por se preocupar, Morgana.— Agora, abra a porta que eu vou colocá-la na cama com calma.— Ronan, você é o culpado por isso!Ela disse, quando ele a depositou na cama.— Esta bem, agora a culpa é minha se você caiu, tentando me cheirar?Morgana arregalou os olhos, surpresa com a revelação dele, mas não fez nenhum comentário. Tratou de tentar acalmar os ânimos.— Calma, gente. Vam
— Eu já estou pronta, podemos ir.— Você tem certeza que já está bem? Não precisamos fazer isso hoje.Ele disse com uma preocupação polida e distante.— Eu tô legal Ronan, vamos de uma vez. Eu só preciso largar esse livro lá na cozinha.Ela se levantou, pegou o celular e o livro e eles caminharam em direção à casa. Depois foram em direção a outra parte da plantação que não haviam visto, e ela fez todas as anotações e gravações que precisava. Ele fez questão de pararem cedo, para ela almoçar.— Hoje a Momo fez uma torta de pêssegos, mal posso esperar para provar e saber se ainda tem o mesmo gosto de quando eu era criança.Ela disse, enquanto voltavam. Ronan sorriu da já conhecida gulodice dela.— Se tem o mesmo gosto eu não sei, mas ainda ótima. Ela sempre me dá alguns pedaços.— Você sempre come no alojamento dos peões?Ela quis saber, com uma curiosidade repentina.— Não, geralmente eu cozinho para mim na cabana. Mas às vezes, eu fico com eles.— As meninas comentaram que você está v
Regina apenas balançou a cabeça, ignorando o comentário dele.— Deixa de ser forçado Ronan, eu sei que deve estar cansado, me passa o seu número que eu te encaminho as minhas dúvidas, e você responde quando tiver um tempo.— Vejam só, o mundo gira, agora é você que está querendo meu número. Não é que eu não queira te dar, mas já que você está aqui, as faça pessoalmente, eu tenho um tempo agora, eu ia fazer um café, você quer me acompanhar?— Pode ser.Ela disse, se sentando no sofá que ele indicou. Enquanto ele preparava a bebida ela fez as perguntas e ele as respondeu pacientemente. Serviu uma xícara a ela e se sentou a seu lado à frente da lareira.Ela olhou ao redor, terminando de examinar o lugar.— Ficou realmente ótimo esse lugar.— Obrigada, eu fiz o melhor que pude com os recursos que eu tinha. Mas, na verdade, toda propriedade é maravilhosa. Você entra e sente que está em um filme de época. Qual época exatamente não tem como saber, acho que seu dono estava um tanto confuso co
Regina foi proferindo impropérios por todo o caminho de volta à sede da fazenda, xingava Ronan e a ela mesma. Entrou e foi direto para o quarto, passou rapidamente pela Morgana que estava terminando de limpar e adiantar as coisas para o outro dia. A mulher não falou nada, mas notou que ela estava bastante alterada.— Depois eles dizem que não tem nada acontecendo. Me engana que eu gosto!Murmurou a mulher mais velha para si mesma.Ela entrou em seu quarto e bateu a porta atrás de si.— Aquilo não podia ter acontecido.Agora seria quase impossível pegar no sono! Além da culpa de ser sucumbido, as lembranças dos beijos e manteriam acordada. — Deixa de drama Regina, também não foi o fim do mundo, você é solteira, ele é solteiro. Ele é solteiro?Ela estava já deitada na cama e cobriu a cabeça com as cobertas, em uma tentativa frustrada de se esconder de si mesma.Ela nem sabia se ele tinha alguém ou não. Mas de qualquer forma, ele havia retribuído os beijos, e parecia bastante entusiasma
— Por favor, só vai fazer a gente ser expulsa da festa, eu espero a semana toda pelo sábado.Ela levantou a mão para que Lucia se calasse, o movimento repentino fez com que ela se desequilibrasse um pouco.— Relaxa Lu, eu sei o que eu tô fazendo, eu tenho o controle de tudo.— Estou vendo, pelo visto só não tem o das próprias pernas, quero ver como você vai voltar para casa dirigindo nesse estado.De repente um cara a tirou para dançar e ela foi, quando a música acabou ele tentou beijá-la, mas ela o afastou e voltou para junto de Lucia.— Que nojo, como tem tarados no mundo.— Sim, por isso beber tanto é perigoso.— Eu já disse que tô legal.Quando ela percebeu Ronan veio. Sua direção. — Você está bem? Eu vi aquele idiota tentando te agarrar.— Eu estou bem, Ronan! Posso cuidar de mim mesma.— Pois eu acho que você já bebeu demais. Não vai conseguir voltar para casa.— Que saco vocês dois, eu tô bem. Não preciso que você seja minha babá, não preciso de você para nada, eu não vou faze