Quando Regina desembarcou no Aeroporto, seus pais já estavam a esperando. Sua leve deu um longo e apertado abraço.— Meu amor, que saudade. Você está horrível Regina.— Céu!João Vicente chamou a atenção da esposa.— Obrigada mãe, também é bom ver vocês. Eu já estou convencida a procurar um médico, não se preocupe.Eles foram para casa, era incrível como nada parecia ter mudado.— Eu marquei um médico para amanhã, assim você pode descansar um pouco.— Ok. Eu vou ao shopping também, preciso dar um jeito no meu cabelo e comprar umas roupas, nada meu me serve mais.— Você não comprou nada lá em Nova Iorque? — Pouca coisa, eu não saía muito.— Sim, por isso está tão pálida.— E como foi o casamento da Céu? Ela estava feliz?— Sim, muito, foi muito bonito, mas simples. A Kelly e o Andreas não estavam exatamente exultantes. Achavam muito cedo, mas os noivos estavam impacientes.— Tomara que dê tudo certo para ela. Não precisa ir comigo ao médico, me empresta o seu carro e me passa o endere
No dia seguinte, Regina dirigiu seu carro novo até a fazenda/castelo do tio. O lugar era incrível, a propriedade havia sido projetada para parecer de fato um castelo, mas com alguns toques modernos. Desde que o tio herdou, não fez grandes modificações, achou que seria um desrespeito com o senhor Antônio, o chefe que havia lhe deixado tudo em testamento.Ela é a Céu passaram longas férias naquele lugar em sua infância. Ela conhecia cada canto da propriedade, e amava cada pedacinho de terra. Aquele era o lugar preferido dela no mundo, costumava sempre dizer, onde se sentia verdadeiramente em casa e livre. Passar aqueles dias lá seria muito bom. A senhora Morgana, que trabalhava ali desde antes dela nascer a recebeu na chegada.— Minha filha, há quanto tempo. Que bom que veio passar uma temporada conosco, esse lugar não é o mesmo sem as minhas princesas!— Que saudade Momo! Agora uma das suas princesas se casou e virou rainha.— Sim, eu vi as fotos, ela estava linda!Um empregado d acasa
Regina dormiu até tarde no dia seguinte, talvez o ar do campo já a estivesse fazendo relaxar. Levantou-se, vestiu uma calça jeans, uma regata branca bem justa e uma camisa xadrez por cima. Calçou suas botas novas e fez um rabo de cavalo em frente ao espelho. Achou sua imagem engraçada, parecia que estava fazendo cosplay de fazendeira.Quando ficou pronta desceu pra tomar café na cozinha.— Bom dia Momo, bom dia Lucia.— Bom dia, que bom que conseguiu descansar querida.— Sim, bastante. Quando eu olhei no telefone e vi que já eram 10 horas, quase pulei da cama. Eu quero dar uma caminhada para matar a saudade agora pela manhã, e tarde começar o trabalho.— Então coma todo o café que preparei, só vai sair daqui com o prato limpo. — Ok.— Só não vá muito longe, eu tenho medo de você desmaiar de fraqueza por aí e alguém demorar para te achar.— Não se preocupe, não vou me afastar muito.Ela comeu e saiu para caminhar no sol. Passou pelo pequeno lago que tinha uma ponte e ficava perto do
Ela reuniu toda a sua coragem para encará-lo de frente.— Eu soube que você é o encarregado, eu vou precisar que me ajude. Não sei se meu tio Andreas já comentou algo, estou desenvolvendo um aplicativo de controle de produção, e quero fazer personalizado aqui para o castelo. Me informaram que você é a pessoa mais indicada para me ajudar, por conhecer tudo por aqui.Ela conseguiu dizer o texto decorado sem gaguejar.Ele balançou a cabeça afirmativamente antes de responder.— Você emagreceu!Ela balançou a cabeça e trocou o peso de uma perna para a outra, demonstrando impaciência.— Ronan, eu preciso terminar esse projeto, se não eu juro que iria embora! Aliás, se fosse só pelo projeto eu iria embora, mas é complicado! Então, podemos só fazer isso, sem agir como se fôssemos velhos conhecidos, nem nada.— Mas nós nos conhecemos! Você quer que eu finja que nunca te vi?— Não, eu só quero que façamos o trabalho, conversaremos sobre o trabalho, e de preferência o mínimo possível.Ele ficou
Regina olhava tudo ao redor emocionada, aquele lugar carregava sim, muitas lembranças. Duas meninas que corriam livres pelos campos, sendo quem eram, sem precisar temer ou fingir nada. Depois duas adolescentes, que conversavam sobre sonhos e desejos, enquanto tomavam sol ou se banhavam naquelas águas. Aqueles foram momentos verdadeiramente felizes, de uma época em que apesar de tudo, ela era feliz. Só então se deu conta, que todos os seus problemas e adversidades que enfrentou pareciam tão distantes e pequenos. Quando ela conheceu ele, tudo ficou tão sem importância, ela havia sido tão feliz, estar com ele a fizera feliz, se descobrir uma nova pessoa, mais forte a deixou plena. Apesar de toda a mentira, ela havia sim evoluído, pena que foi para depois descobrir realmente o que era a tristeza, o vazio e a decepção. E agora, em um momento em que ela acreditava ser de respiro, ali estava ele novamente, não entendia porque a vida estava fazendo aquilo com ela.— Só não é mais agradável,
Na manhã seguinte, quando Regina desceu para a cozinha, Ronan já estava sentado à mesa, tomando um café na companhia de Morgana.— Você já está por aqui, por que não me chamou Momo?Disse Regina se aproximando deles.— O Ronan aproveitou para tomar um café, assim você conseguiu descansar um pouco mais.— Bom, se você já terminou, podemos ir ver a plantação Ronan.— De jeito nenhum, a Morgana estava agora mesmo me explicando sobre como você precisa cuidar da alimentação. Então senta e toma o seu café, o cafezal não vai sair do lugar.Ela olhou para Morgana que estava sentada de braços cruzados, evidentemente apoiando o discurso de Ronan. Ela suspirou e se deu por vencida, se sentando à frente dele e se servindo de café. Começou a comer em silêncio, o mais rápido possível sem se engasgar, era estranho ser observada pelos dois daquela forma.— Eu sei que você costuma ter um bom apetite Rê, mas pode mastigar antes de engolir, você vai fazer melhor a digestão dessa forma. Ronan comentou,
Ronan a carregou até o castelo em uma velocidade impressionante para alguém que carregava o peso dela nos braços.— Regina, vou te levar até o quarto. Com cuidado, não se preocupe.Ele disse, subindo rapidamente as escadas com ela no colo.— Cuidado, está doendo pra caramba!— Ronan, o que aconteceu? Por que a Regina está sendo carregada?Morgana os seguia, assustada com o fato dela estar sendo carregada.— Calma, Morgana. A Regina torceu o tornozelo, mas não parece ser grave. Vamos levá-la para o quarto e cuidar dela.— Ai, que susto! Regina, você está bem mesmo?— Estou dolorida, mas vou ficar bem. Obrigada por se preocupar, Morgana.— Agora, abra a porta que eu vou colocá-la na cama com calma.— Ronan, você é o culpado por isso!Ela disse, quando ele a depositou na cama.— Esta bem, agora a culpa é minha se você caiu, tentando me cheirar?Morgana arregalou os olhos, surpresa com a revelação dele, mas não fez nenhum comentário. Tratou de tentar acalmar os ânimos.— Calma, gente. Vam
— Eu já estou pronta, podemos ir.— Você tem certeza que já está bem? Não precisamos fazer isso hoje.Ele disse com uma preocupação polida e distante.— Eu tô legal Ronan, vamos de uma vez. Eu só preciso largar esse livro lá na cozinha.Ela se levantou, pegou o celular e o livro e eles caminharam em direção à casa. Depois foram em direção a outra parte da plantação que não haviam visto, e ela fez todas as anotações e gravações que precisava. Ele fez questão de pararem cedo, para ela almoçar.— Hoje a Momo fez uma torta de pêssegos, mal posso esperar para provar e saber se ainda tem o mesmo gosto de quando eu era criança.Ela disse, enquanto voltavam. Ronan sorriu da já conhecida gulodice dela.— Se tem o mesmo gosto eu não sei, mas ainda ótima. Ela sempre me dá alguns pedaços.— Você sempre come no alojamento dos peões?Ela quis saber, com uma curiosidade repentina.— Não, geralmente eu cozinho para mim na cabana. Mas às vezes, eu fico com eles.— As meninas comentaram que você está v